Banner Portal
Complexo de serviços e taxa de câmbio real: o caso do Brasil
PDF

Palavras-chave

Taxa de câmbio real. Complexo de serviços. Liquidez internacional

Como Citar

RESENDE, Marco Flávio da Cunha. Complexo de serviços e taxa de câmbio real: o caso do Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 15, n. 3, p. 577–602, 2016. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8642905. Acesso em: 2 maio. 2024.

Resumo

As quatro explicações para a trajetória da taxa de câmbio real de longo prazo de uma economia correspondem ao modelo de diferenciais de produtividade de Balassa (1964) e Samuelson (1964), ao modelo de dotação relativa de fatores (Heckscher-Ohlin), ao modelo de gostos não homotéticos de Bergstrand (1991) e ao modelo de diferenciais de desenvolvimento do “complexo de serviços” de Lemos (1988). Os três primeiros modelos estão testados na literatura empírica sobre o tema. Estimou-se, neste trabalho, um modelo para a taxa de câmbio real brasileira visando a testar a hipótese do diferencial de desenvolvimento do “complexo de serviços”. Os resultados encontrados corroboram a hipótese de aderência do modelo para o caso brasileiro.

Abstract

There are four different explanations in the international trade literature for the long-term course of the real exchange rate: the productivity-differential model (Balassa, 1964; and Samuelson, 1964), the relative-factor-endowments model (Heckscher-Ohlin), Bergstrand’s (1991) nonhomothetic tastes model, and the differentials of the “service complex” development model (Lemos, 1988). An equation for the Brazilian real exchange rate was estimated in this paper (1955-1999) and a proxy variable for the differentials of the services sector development were included in the equation. The econometric procedures were based on the Engle-Granger and Johansen methods. The results do not reject the hypothesis put forward in this paper.

Key words: Real exchange rate. Service complex. International liquidity

PDF

Referências

AMADO, A. M. Minsky e o ciclo econômico: uma análise para economias periféricas. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA POLÍTICA, 8, Florianópolis, 2003. Anais… BALASSA, B. The purchasing-power parity doctrine: a reappraisal. The Journal of Political Economy, Chicago, v. 72, n. 6, Dec. 1964.

BALASSA, B. An empirical demonstration of classical comparative cost theory. Review of Economics and Statistics, Cambridge, v. 45, n. 3, Aug. 1963.

BERGSTRAND, J. H. Structural determinants of real exchange rates and national price levels: some empirical evidence. The American Economic Review, Nashville, v. 81, n. 1, Mar. 1991.

CARVALHO, F. J. C. Mr. Keynes and the Post Keynesians: principles of macroeconomics for a monetary production economy. Edward Elgar, 1992.

________. Sobre a endogenia da oferta de moeda: réplica ao professor Nogueira da Costa. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 13, n. 3 (51), jul./set. 1993.

CASTRO, A. S.; CAVALCANTI, M. A. F. H. Estimação de equações de exportação e importação para o Brasil – 1955/95. Pesquisa e Planejamento Econômico, v. 28, n. 1, abr. 1998.

CHAREMZA, W.; DEADMAN, D. New directions in econometric practice: general to specific modelling, cointegration and vector autoregression. 2. ed. Cheltenham: Edward Elgar, 1997.

CROCCO, M. A. The concept of degrees of uncertainty in Keynes, Shackle, and Davidson. Nova Economia, Belo Horizonte, v. 12, n. 2, jul./dez. 2002.

DOORNIK, J. A.; HENDRY, D. F. PcGuive 8.0 – an interactive econometric modelling system. Oxford: Oxford University, 1994.

DORNBUSH, R. Purchasing power parity. In: EATWELL, J.; MILGATE, M.; NEWMAN, P. The New Palgrave. New York: Macmillan, 1987.

DOSI, G.; FABIANI, S.; FREEMAN, C. The process of economic development: introducing some stylized facts and theories on technologies, firms and institutions. Industrial and Corporate Change, v. 3, n. 1, 1994.

DOW, S. C. Macroeconomic thought: a methodological approach. Oxford: Blackwell, 1985.

________. Money and the economic process. Aldershot: Edward Elgar, 1993.

________. Post Keynesian monetary theory for an open economy. Journal of Post Keynesian Economics, v. 9, n. 2, 1986/87.

________. International liquidity preference and endogenous credit. In: HARVEY, J. T.; DEPREZ, J. (Org). Foundations of international economics: post-Keynesian perspectives. Routledge, 1999.

FAGERBERG, J. Technology and international differences in growth rates. Journal of Economic Literature, v. 32, Sept. 1994.

FREEMAN, C. The National System of Innovation in historical perspective. Revista Brasileira de Inovação, v. 3, n. 1, jan./jun. 2004.

HARRIS, R. I. D. Using co-integration analysis in econometric modelling. Prentice Hall/ Harvester Wheatsheafe, University of Portsmouth, 1995.

HOLLAND, M.; PEREIRA, P. L. V. Taxa de câmbio real e paridade de poder de compra no Brasil. Revista Brasileira de Economia, v. 53, n. 3, jul./set. 1999.

HSIEH, D. The determination of the real exchange rate. Journal of International Economics, Amsterdam, v. 12, n. 3/4, May 1982.

KEYNES, J. M. A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1988a.

________. Teorias alternativas da taxa de juros. Literatura Econômica, v. 9, n. 2, p. 147- 158, 1987. In: IPEA-INPES, Instituto de Planejamento Econômico e Social – Instituto de Pesquisas. Clássicos da literatura econômica. Rio de Janeiro, 1988b.

________. A teoria ex ante da taxa de juros. Literatura Econômica, v. 9, n. 2, p. 165-172, 1987. In: IPEA-INPES, Instituto de Planejamento Econômico e Social – Instituto de Pesquisas. Clássicos da literatura econômica. Rio de Janeiro, 1988c.

LEMOS, M. B. Espaço e capital: um estudo sobre a dinâmica Centro x Periferia.

Campinas. Tese (Doutorado em Economia)–Instituto de Economia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1988.

LOCATELLI, R.; SILVA, J. Câmbio real e competitividade das exportações brasileiras. Revista Brasileira de Economia, Rio de Janeiro, v. 45, n. 4, out./dez. 1991.

LOPEZ, J. Mexico’s crisis: financial modernization and financial fragility. Banca Nazionale del Lavoro Quarterly Review, v. 50, n. 201, 1997.

MACKINNON, J. G. Critical values for co-integration tests. In: ENGLE, R. F.; GRANGER, C. W. J. Long run economic relationships. Oxford University Press, 1991.

MATOS, G. B. B. P.; RESENDE, M. F. C. Determinantes da taxa de câmbio real no Brasil: 1971-2002. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 33, Natal, 2005.

Anais...

MINSKY, H. P. Integração financeira e política monetária. Economia e Sociedade, Campinas, n. 3, dez. 1994.

________. Stabilizing an unstable economy. New Haven: Yale University Press, 1986.

PAULA, L. F. R.; ALVES JÚNIOR, A. J. External financial fragility and the 1998-1999 Brazilian currency crisis. Journal of Post Keynesian Economics, v. 22, n. 4, 2000.

PERRON, P. The great crash, the oil price shock, and the unit root hypothesis. Econometrica, Chicago, v. 57, n. 6, Nov.1989.

PLIHON, D. A ascensão das finanças especulativas. Economia e Sociedade, Campinas, n. 5, dez. 1995.

REIMERS, H. E. Comparisons of tests for multivariate co-integration. ChristianAlbrechts University, Kiel, 1991. (Discussion Paper, n. 58).

RESENDE, M. F. C.; AMADO, A. Liquidez internacional e ciclo reflexo: algumas observações para a América Latina. In: ENCONTRO NACIONAL DE ECONOMIA, 33, Natal, 2005. Anais...

________. Inserção internacional, arranjos financeiros e crescimento na economia brasileira. Tese (Doutorado em Economia)–Universidade de Brasília, Brasília, 2003.

_______. O padrão dos ciclos de crescimento da economia brasileira: 1947-2003. Economia e Sociedade, Campinas, v. 14, n. 1 (24), p. 1-192, jan./jun. 2005.

________. Crescimento econômico, disponibilidade de divisas e importações no Brasil: um modelo de correção de erros. Pesquisa e Planejamento Econômico, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, ago. 2001.

RICARDO, D. Princípios de economia política e tributação. 2. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

SAMUELSON, P. Theoretical notes on trade problems, Review of Economics and Statistics, Cambridge, v. 46, n. 2, May 1964.

STUDART, R. Investment finance in economic development. London: Routledge, 1995.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.