Banner Portal
Infraestrutura e desenvolvimento econômico
PDF

Palavras-chave

Desenvolvimento econômico
Política industrial
Política de infraestrutura

Como Citar

SEBBEN, Fernando Dall’Onder. Infraestrutura e desenvolvimento econômico: proposta de um modelo analítico. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 27, n. 3, p. 971–996, 2018. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8657073. Acesso em: 5 maio. 2024.

Resumo

Este trabalho apresenta um modelo analítico para analisar o impacto das políticas públicas de infraestrutura no desenvolvimento econômico. Para tanto, utiliza duas varáveis principais: 1) padrão de relacionamento entre os setores público e privado, que representa o grau de cooperação entre os setores público e privado (autonomia inserida); 2) política infraestrutural, classificadas como horizontais, quando seu princípio norteador é a busca pela eficiência e têm como foco o fortalecimento de vantagens comparativas, e verticais, quando sua essência é a busca pela construção de capacidades produtivas e tecnológicas, articuladas à indústria, e seu foco é a criação de vantagens competitivas. Essa combinação dá origem a quatro tipos ideais, que correspondem a resultados esperados em políticas públicas: Estado Neo-utilitário, Estado Autônomo, Estado Facilitador e Estado Desenvolvimentista. O resultado apresenta um modelo analítico que permite classificar e avaliar satisfatoriamente as políticas públicas de infraestrutura e seu resultado esperado em termos de desenvolvimento econômico.

PDF

Referências

ACEMOGLU, D.; ROBINSON, J. Why nations fail: the origins of power, prosperity and poverty. New York: Crown, 2012.

ANDRADE, C. Inovação, assunto à espera de uma retórica esclarecedora. Valor Econômico, São Paulo, 09 jul. 2013. Entrevista com Mariana Mazzucato. Disponível em: http://www.valor.com.br/cultura/3192022/inovacao-assunto-espera-de-uma-retoricaesclarecedora. Acesso em: 02 mar. 2014.

BANCO MUNDIAL. World Development Report 1994: infrastructure for development. Washington, D. C.: World Bank, 1994.

BANCO MUNDIAL. Infrastructure strategy for FY12-15. Washington D. C.: World Bank, 2012.

BRASIL. Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. Estudo da dimensão territorial para o planejamento: estudos prospectivos – escolhas estratégicas. Brasília: MP, 2008. Disponível em: http://www.planejamento.gov.br/ secretarias/upload / Arquivos/spi/PPA/publicacoes_antigas/plan_territorial/estudo_de_plan_ter/vol_IV_estudos_ prospectivos_escolhas_estrategicas.pdf. Acesso em: 10 dez. 2013.

CIMOLI, M.; FERRAZ, J.; PRIMI; A. Science, technology and innovation policies in global open economies: the case of Latin America and the Caribbean. Revista Globalización, Competitividad y Gobernabilidad, Washington D. C, v. 3, n. 1, Feb. 2009.

CIMOLI, M.; PORCILE, G. Learning, technological capabilities and structural dynamics. In: OCAMPO, J. A.; ROS, J. (Org.). The Oxford handbook of Latin American economics. Oxford: Oxford University Press, 2011.

CHANG, H. Kicking away the ladder: development strategy in historical perspective. London: Anthem Press, 2002.

COUTINHO, L.; FERRAZ, J.C.; NASSIF, A.; OLIVA, R. Industrial Policy and Economic Transformation. In: SANTISO, J.; DAYTON-JOHNSON, J. (Ed.). The Oxford Handbook of Latin American Political Economy. Oxford: Oxford University Press, 2012.

CUNHA, A. et al. O Brasil diante da ascensão chinesa: os riscos da especialização regressiva. Austral: Revista Brasileira de Estratégia e Relações Internacionais, Porto Alegre, v. 1, n. 2, p. 135-175, jul./dez. 2012 .

CUNHA, A.; PERFEITO, P.; PERGHER, N. Estado e política de desenvolvimento no Brasil (2003-2014). In: HENKIN, H. (Org.). Política industrial e internacionalização. Porto Alegre: UFRGS/CEGOV, 2014. p. 36-70.

DRUMMOND, C. No jogo econômico, a China goleia o Brasil. Carta Capital, São Paulo, 13 jul. 2014. Economia. Disponível em: http://www.cartacapital.com.br/economia/no-jogoeconomico-a-china-goleia-o-brasil-9134.html. Acesso em: 29 set. 2014.

EVANS, P. O Estado como problema e solução. Lua Nova, São Paulo, n. 28-29, p. 107-157, 1993.

EVANS, P. Autonomia e parceria: estados e transformação industrial. Rio de Janeiro: Ed. da UFRJ, 2004.

FONSECA, P. C. D. Desenvolvimentismo: a construção do conceito. 2014. Disponível em: http://www.centrocelsofurtado.org.br/arquivos/image/201309121650480.Conceito%20Desen volvimentismo%20-%20Pedro%20Fonseca.pdf. Acesso em: 20 nov. 2014.

FRANKO, P. The Puzzle of Latin American Development. Lanham: Rowman & Littlefield, 2003.

FURTADO, C. Cultura e desenvolvimento em época de Crise. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1984.

GADELHA, C. A. G. Política industrial: uma visão neo-schumpeteriana sistêmica e estrutural. Revista de Economia Política, São Paulo, v. 21, n. 4 (84), p. 149-171, out./dez. 2001.

HAUSMANN, R. Structural transformation and economic growth in Latin America. In: OCAMPO, J. A.; ROS, J. (Ed.). The Oxford handbook of Latin American economics. Oxford: Oxford University Press, 2011.

HERRLEIN JUNIOR, R. Estado democrático e desenvolvimento no Brasil contemporâneo: um ensaio de economia política. Porto Alegre: UFRGS/DECON, 2011. (Texto para Discussão, n. 1).

HIRSCHMAN, Albert O. Estratégia do desenvolvimento econômico. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.

LIN, J.; CHANG, H. Should industrial policy in developing countries conform to comparative advantages or defy it? A debate between Justin Lin and Ha Joon Chang. Development Policy Review, London, v. 27, n. 5, p. 483-502, 2009.

MAZZUCATO, M. The entrepreneurial state: debunking public vs private sector myths. Atenas: Anthem, 2013.

MCKINSEY. Infrastructure productivity: how to save $1 trillion a year. 2013. Disponível em: http://www.mckinsey.com/insights/engineering_construction/infrastructure_productivity. Acesso em: 09 jan. 2015.

NORTH, D.; WEINGAST, B. Constitutions and Commitment: the evolution of institutions governing public choice in 17th Century England. Journal of Economic History, Cambridge, v. 49, n. 4, p. 803-832, Dec. 1989.

OCAMPO, J. A. Globalização e desenvolvimento. In: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL. Desenvolvimento e globalização: perspectivas para as Nações. Rio de Janeiro: BNDES, 2002. p. 299-232.

PERES, W.; PRIMI, A. Theory and practice of industrial policy. evidence from the Latin American experience. Serie Desarrollo Productivo, Santiago, n. 137, fev. 2009.

PEREZ, C. Technological revolution and financial capital. The dynamics of bubbles and golden ages. Cheltenham: Edward Elgar, 2002.

POLANYI, K. A grande transformação. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

REINERT, E. Diminishing returns and economic sustainability: the dilemma of resourcebased economies under a free trade regime. In: STEIN, H.; HESSELBERG, J.; HVEEM, H. (Ed.). International trade regulation, national development strategies and the environment: towards sustainable development? Oslo: Centre for Development and the Environment, 1996. p. 119-150.

RODRIK, D. industrial policy for the twenty-first century. Washington D. C., Nov. 2004. (CEPR Discussion Papers, n. 4767).

RODRIK, D. Industrial policy: don’t ask why, ask how. Middle East Development Journal, Cairo, v. 1, n. 1, p. 1-29, 2008.

SEBBEN, F. D. O. Infraestrutura e desenvolvimento: estudo de caso sobre IIRSA e COSIPLAN. Tese (Doutorado em Estudos Estratégicos Internacionais)–UFRGS, Porto Alegre.

SHAPIRO, H. State intervention and industrialization: the origins of the Brazilian automotive industry. The Journal of Economic History, Cambridge, v. 49, n. 02, p. 448-450, Jun. 1989.

SEN, A. K. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.

SKOCPOL, T. States and social revolutions. Cambridge: Cambridge University Press, 1979.

UNITED NATIONS CONFERENCE ON TRADE AND DEVELOPMENT – UNCTAD. Trade and Development Report 2014. Genebra: Unctad, 2014.

UNITED NATIONS INDUSTRIAL DEVELOPMENT ORGANIZATION – UNIDO. Competitive Industrial Performance Report 2012/2013. Viena, 2013.

VAN EVERA, S. Guía para estudiantes de Ciencia Política. Barcelona: Gedisa, 2002.

WADE, R. H. After the crisis: industrial policy and the developmental state in low-income countries. Global Policy, Durham, v. 1, n. 2, p. 150-161, 2010.

A Economia e Sociedade utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.