Banner Portal
Companhias de seguro na economia brasileira, 1889-1914
PDF

Palavras-chave

Companhias de seguros
Primeira República
Crédito
Imperialismo
Dívida pública

Como Citar

LANNA, Beatriz Duarte; SAES, Alexandre Macchione. Companhias de seguro na economia brasileira, 1889-1914. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 29, n. 2, p. 525–547, 2020. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8662025. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Esse artigo trata da atuação das companhias de seguros no Brasil entre os anos de 1889 e 1914. Buscamos apresentar quão ampla foi a inserção dessas firmas na economia brasileira de então; constata-se que, para além da concessão de seguros marítimos, terrestres e de vida, essas companhias tiveram ativa participação financeira, concedendo crédito e financiando o Estado brasileiro por meio da contínua compra de apólices da dívida pública federal. Buscouse enfatizar a transição de uma dinâmica mercantil para outra financeira, comprovada para as companhias de seguros sobretudo a partir da década de 1890, e mostrar como a atividade seguradora no Brasil de então foi influenciada pelas novas condições do capitalismo global.

PDF

Referências

ABREU, Marcelo de Paiva; FERNANDES, Felipe T. The insurance industry in Brazil: a longterm view. Harvard Business School, 2010. (Working paper 10-109).

ALBERTI, Verena (Coord.). Entre a solidariedade e o risco: história do seguro privado no Brasil. Rio de Janeiro: FGV-RJ; Funenseg, 2001.

ALVIM, Pedro. Política brasileira de seguros. São Paulo: Ed. Manuais Técnicos de Seguros, 1980.

ALVIM, Pedro. A intervenção do Estado no mercado de seguro privado. São Paulo: Edição de Manuais Técnicos de Seguro, 1980.

BACKES, Ana Luiza. Fundamentos da ordem republicana: repensando o pacto de Campos Salles. Brasília: Plenarium, 2006.

BASTOS, Pedro Paulo Zaluth. A dependência em progresso: fragilidade financeira, vulnerabilidade comercial e crises cambiais no Brasil (1890-1954). Campinas: Unicamp. IE, 2001.

BOHRER, Saulo Santiago. Interesses seguros: as Companhias de Seguro e a Provedoria de Seguros do Rio de Janeiro (1810-1831). Dissertação (Mestrado)–Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2008.

CAIN, P. J.; HOPKINS, A. G. British imperialism: innovation and expansion, 1688-1914. London: Longman, 1993.

CARDOSO, Fernando Henrique. Dos governos militares a Prudente-Campos Sales. In: FAUSTO, Boris (Org.). História Geral da Civilização Brasileira, v. 8, t. 3. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.

CASTRO, Ana Célia. As empresas estrangeiras no Brasil, 1860-1913. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

COSTA, Ricardo Cesar Rocha da. A atividade de seguros nas primeiras décadas da República. ALBERTI, Verena (Coord.). Entre a solidariedade e o risco: história do seguro privado no Brasil. Rio de Janeiro: FGV-RJ; Funenseg, 2001.

EICHENGREEN, Barry. A globalização do capital: uma história do sistema monetário internacional. São Paulo: Editora 34, 2007.

FRITSCH, Winston. Apogeu e crise na Primeira República: 1900-1930. ABREU, Marcelo de Paiva (Org.). A ordem do progresso. Dois séculos de política econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2014.

FRANCO, Gustavo. A primeira década republicana. In: ABREU, Marcelo de Paiva (Org.). A ordem do progresso. Dois séculos de política econômica no Brasil. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2014.

FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1959.

GAMBI, Thiago Fontelas Rosado. O Banco da Ordem: política e finanças no Império brasileiro (1853-1866). São Paulo: Alameda, 2015.

GUIMARÃES, Carlos Gabriel. A presença inglesa nas finanças e no comércio no Brasil Imperial. Os casos da Sociedade Bancária Mauá MacGregor & Co. (1854-1866) e da firma inglesa Samuel Phillips & Co. (1808-1840). São Paulo: Alameda, 2012.

HILFERDING, R. O capital financeiro. São Paulo: Nova Cultural, 1985.

LÊNIN, V. O imperialismo: fase superior do capitalismo. São Paulo: Global, 1987.

HOBSBAWM, Eric. A era dos impérios. São Paulo: Paz e Terra, 1989.

HOBSON, John A. A evolução do capitalismo moderno: um estudo da produção mecanizada. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Coleção Os Economistas).

INSTITUTO DE RESSEGUROS DO BRASIL. Noções fundamentais de seguros. Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1944.

LEVY, Maria Bárbara. A indústria do Rio de Janeiro através de suas sociedades anônimas. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 1994.

LISBOA, José da Silva. Reflexões sobre o commercio de seguros. Rio de Janeiro: Imprensa Régia, 1810.

MAGALHÃES, Raphael de Almeida. O mercado de seguros no Brasil. Rio de Janeiro: Funenseg, 1997.

MATTOS, Ilmar. O tempo saquarema. A formação do Estado Imperial. São Paulo: Hucitec, 2004.

NORTH, Douglass; THOMAS, Robert Paul. An economic theory of the growth of the Western World. Economic History Review. v. XXII, n. 1, 1970.

PEARSON, Robin, Towards an historical model of services innovation: the case of the insurance industry, 1700-1914. Economic History Review, n. 2, 1997.

POLANYI, Karl. A grande transformação. Rio de Janeiro: Campus, 1980. RIPPY, Fred. British investments in Latin America, 1822-1949. Arno Press, 1966.

SAES, Alexandre Macchione; GAMBI, Thiago Fontelas Rosado. A formação das Companhias de Seguros na economia brasileira (1808-1864). História Econômica & História de Empresas, v. 12, n. 2, jul. 2009.

STONE, Irving. British direct and portfolio investment in Latin America before 1914. The Journal of Economic History, Cambridge University Press, v. 37, n. 3, 1977.

SUPPLE, Barry. Insurance in British History. In: WESTALL, Oliver. The historian and the business of insurance. Manchester: Manchester University Press, 1984.

TANNURI, Luiz Antonio. O encilhamento. São Paulo: Hucitec-Funcamp, 1981.

VILLELA, Anibal; SUZIGAN, Wilson. Política do governo e crescimento da economia brasileira, 1889-1945. Rio de Janeiro: Ipea, 1973.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2020 Economia e Sociedade

Downloads

Não há dados estatísticos.