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Mudanças climáticas e a tarefa dos ecossocialistas
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Palavras-chave

Mudanças climáticas, Ecossocialismo, Reformas

Como Citar

SÁ BARRETO, Eduardo. Mudanças climáticas e a tarefa dos ecossocialistas: pelo abandono do voluntarismo geológico. Economia e Sociedade, Campinas, SP, v. 30, n. 1, p. 211–234, 2021. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/ecos/article/view/8665615. Acesso em: 10 nov. 2024.

Resumo

O artigo se lança à difícil tarefa de realizar uma dura crítica interna. Diante do conhecimento disponível sobre as mudanças
climáticas, o campo marxista tem demonstrado profunda reticência em soar o alarme do risco existencial. Essa paralisia
traduz-se na reprodução de uma práxis pulverizada, enrijecida, pouco ambiciosa e que se satisfaz com sucessos parciais e
pequenos avanços. Argumenta-se ao longo do texto que mesmo essa concepção modesta de “sucesso parcial” ou “pequenos
avanços” é insustentável no quadro geral dos desafios climáticos diante da humanidade. Para construir o raciocínio,
estabeleço três pontos de diálogo com os posicionamentos dos ecossocialistas: (i) a vocação espontaneamente emancipatória
e ecológica das lutas populares, (ii) o potencial transformador do acúmulo sistemático de pequenos avanços e reformas e
(iii) a possibilidade de “ganhar tempo” via pequenos avanços e reformas. Por fim, a última seção aborda o perigo do efeito
desmobilizador diante do reconhecimento explícito das transformações climáticas que afetarão dramaticamente a
humanidade nas próximas décadas.

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Referências

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