Resumo
Neste estudo, descrevemos e analisamos a estrutura do verbo na língua Apinayé, falada por aproximadamente 1.300 pessoas habitantes em sete aldeias situadas no extremo norte do Tocantins. Adotamos critérios morfológicos, sintáticos e semânticos, e daremos prioridade, em primeiro lugar, aos critérios morfossintáticos, visto que os verbos ocupam posições estruturais de dois tipos, dependendo do modo de indicar o objeto. Segundo Ham (1979: 01), os verbos em Apinayé possuem duas formas de raiz: a forma comprida, que ocorre somente quando o verbo é seguido de outras palavras na mesma frase; e a forma curta, na qual o verbo aparece em posição final na frase. Os verbos da primeira classe indicam, através do prefixo, que o objeto está implícito; já a forma curta tanto é usada com objeto explícito quanto com objeto implícito, quando as duas formas de prefixo ocorrem.Referências
CALLOW, John Campbell (1962). The Apinayé language: phonology an grammar. London: University of London. Tese de Doutorado.
HAM, Patrícia; Waller, Helen; Koopman, Linda (1979). Aspectos da língua Apinayé. Brasília: Summer Institute of Lingüístics (SIL).
HAM, Patrícia (1961). Apinayé grammar. Arquivo Lingüístico. Brasília: Summer Institute of Lingüístics (SIL).
KOOPMAN, Linda (1976). Classulas Semânticas na língua Apinayé. Série Lingüística. Brasília: Summer Institute of Linguistics (SIL). N. 5, p. 301 330.
RODRIGUES, A.D. (1986). Línguas Brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola.
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