Banner Portal
Paula, Eunice Dias de (2014) A língua dos Apyãwa (Tapirapé) na perspectiva da Etnossintaxe. Campinas: Curt Nimuendajú. Pp. 304. ISBN 978-85-99944-43-1
PDF

Palavras-chave

Línguas Indígenas. Línguas Tupí. Tapirapé. Etnossintaxe

Como Citar

VASCONCELOS, Eduardo Alves; DA SILVA, Sâmela Ramos. Paula, Eunice Dias de (2014) A língua dos Apyãwa (Tapirapé) na perspectiva da Etnossintaxe. Campinas: Curt Nimuendajú. Pp. 304. ISBN 978-85-99944-43-1. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 15, n. 2, p. 423–430, 2015. DOI: 10.20396/liames.v15i2.8642310. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8642310. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O livro de Eunice Dias de Paula apresenta uma análise pouco comum de línguas indígenas brasileiras. Nessa análise não encontramos a tradicional descrição gramatical, nem a discussão tipológica. Por isso, é importante situar o leitor em outra perspectiva. Eunice de Paula analisa a língua dos Apyãwa colocando a comunidade de fala em primeiro plano, seguindo os pressupostos de Dell Hymes (1974, 1986). Nessa proposta, as estruturas linguísticas são resultantes de princípios básicos que norteiam a comunidade de fala, ou seja, identificar esses princípios básicos que regulam ou promovem as interações linguísticas nos permite compreender as estruturas da língua e, principalmente, porque as línguas se diferenciam. No caso dos Apyãwa, já adiantando a conclusão da autora, a cortesia e a gentileza são expressões primordiais desse povo, marcadas intrinsecamente na língua, seja nas saudações cotidianas, seja nas marcas linguísticas presentes nas narrativas míticas, seja nos cantos rituais. Em todos esses eventos, o comum é uma relação de gentileza e cortesia com outro Apyawã, com os espíritos dos antepassados ou com os Axyga, Espíritos que fazem parte da cosmologia dos Apyãwa e os acompanham, por exemplo, na construção e manutenção da Takãra.
https://doi.org/10.20396/liames.v15i2.8642310
PDF

Referências

Benveniste, Emile (1991). Problemas de linguística geral I. Campinas: Pontes/Editora UNICAMP.

Braggio, Silvia L. B. (1999). Sociedades indígenas: a escrita alfabética e o grafismo. In Silvia L. B. Braggio (org.). Contribuições da linguística para o ensino de línguas, pp. 139-190. Goiânia: Editora da UFG.

Braggio, Silvia L. B. (2001). Políticas e direitos linguísticos dos povos indígenas brasileiros. (Projeto Contato entre línguas: Línguas indígenas brasileiras em contato com o português). Pós-Doutorado, University of New Mexico.

Enfield, N. J. (2002). Ethnosyntax: Introduction. In N. J. Enfield (ed.) Ethnosyntax: Explorations in grammar & culture, pp. 3-30. London: Oxford University Press.

Ginzburg, Carlo (1991). Chaves do mistério: Morelli, Freud e Sherlock Holmes. In Umberto Eco; Thomas A. Sebeok (orgs.). O signo de três, pp. 89-129 São Paulo: Perspectiva.

Ginzburg, Carlo (2007). O fio e os rastros. Verdadeiro, falso, fictício. São Paulo: Companhia das Letras.

Gnerre, M.aurizzio (1998). Linguagem, escrita e poder. São Paulo: Martins Fontes.

Gomez-Imbert, Elsa (1996). When animals become “rounded” and “feminine” conceptual categories and linguistic classification in a multilingual setting”. In John J. Gumperz; Stephen C. Levinson (eds.). Rethinking linguistic relativity, pp. 438-469. New York: Cambridge University Press.

Hymes, Dell (1974). The ethnography of speaking. In Ben G. Blount (ed.). Language, culture, and society: A book of readings. Cambridge: Winthrop Publishers Inc.

Hymes, Dell (1986). Models of the interaction of language and social life. In John J. Gumperz; Dell Hymes (eds.). Directions in sociolinguistics: The ethnography of communication, pp. 35-71. New York: Basil Blackwell Inc.

Lévi-Strauss, Claude (1978). Mito e significado. Tradução por Antônio Marques Bessa. (Coletivo Sabotagem). Disponível em: http://200.144.182.130/cje/anexos/pierre/LEVISTRAUSSCMitoesignificado.pdf

Lucy, John. A. (1999). The scope of linguistic relativity: An analysis and review of empirical research. In John J. Gumperz; Stephen C. Levinson (eds.). Rethinking linguistic relativity, pp. 37-69. Cambridge: Cambridge University Press.

Wierzbicka, Anna (1997). Australian key words and core cultural values. Oxford: Oxford University Press. Disponível em: http://npu.edu.ua/!ebook/book/djvu/A/iif_kgpm_0195088360.pdf

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.

Copyright (c) 2015 Eduardo Alves Vasconcelos, Sâmela Ramos da Silva

Downloads

Não há dados estatísticos.