Banner Portal
Sistema de marcação de caso em Terena (Aruak)
PDF (Português (Brasil))

Keywords

Língua indígenas. Sistema de caso. Terena. Aruak.

How to Cite

CARDOSO, Valéria Faria. Sistema de marcação de caso em Terena (Aruak). LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 59–78, 2017. DOI: 10.20396/liames.v17i1.8646402. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8646402. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

O presente artigo propõe uma análise dos mecanismos de codificação de caso em terena, uma língua classificada como pertencente à família aruak. A análise dar-se-á a partir da abordagem funcional-tipológica baseada nos trabalhos de Palmer (1994), Blake (1994); e, principalmente, nos trabalhos de Dixon (1979 e 1994). Em terena, as funções gramaticais S, A e O, quando codificadas pelos mecanismo de referência cruzada, marcação morfológica de caso e ordem de constituintes apontam para distintos alinhamentos, ora nominativo/acusativo, ora ergativo/absolutivo, resultantes de uma marcação fluída e cindida de caso orientado para o nominativo/absolutivo. A análise de tal cisão é aqui consolidada à medida que se pondera a respeito dos fatores condicionadores de cisão intransitiva, o que assinalar para o seguinte: é o condicionamento dado pela natureza semântica dos SNs o principal fator condicionador da intransitividade cindida na língua terena.

https://doi.org/10.20396/liames.v17i1.8646402
PDF (Português (Brasil))

References

ABA-Associação Brasileira de Antropologia (1954). Convenção para a grafia dos nomes tribais. Revista de Antropologia 2(20): 150-152.

Aikhenvald, Alexandra Y. (1999). The Arawak language family. In R. M. W. Dixon; Alexandra Y. Aikhenvald (orgs.). The Amazonian languages, pp. 64-106. Cambridge: Cambridge University Press.

Blake, Barry J. (1994). Case. Cambridge: Cambridge University Press.

Bouquiaux, Luc; Thomas Jacqueline M. C. (1992). Studying and describing unwritten language. Dallas: SIL.

Butler, Nancy Evelyn. (2003). The multiple functions of the definite article in Terena. Série Linguística. SIL. Disponível em:

http://www-01.sil.org/americas/brasil/publcns/ling/TNArticl.pdf

Butler, Nancy Evelyn.; Ekdahl, Elizabeth Muriel (2012). Aprenda Terena, vol. 1. Versão Online em:

http://www-01.sil.org/americas/brasil/publcns/edu/AprTE-V1.pdf

Butler, Nancy Evelyn; Ekdahl, Elizabeth Muriel (2014). Aprenda Terena, vol. 2. Versão Online:

http://www-01.sil.org/americas/brasil/publcns/edu/AprTE-V1.pdf

Cardoso, Valéria F. (2012). Ergatividade, acusatividade e sistemas cindidos. In Edson Rosa (org.). Funcionalismo linguístico: Análise e descrição, pp. 225-247. São Paulo: Editora Contexto.

Comrie, Bernard (1981). Language universals and linguistic typology. Syntax and morphology. Chicago: Chicago University Press.

Comrie, Bernard; Smith, Norval (1977). Lingua descriptive series: questionaire. Lingua 42: 1-72.

Dixon, R. M. W. (1979). Ergativity. Language 55(1): 59-138.

Dixon, R. M. W. (1994). Ergativity. Cambridge: Cambridge University Press.

Matthewson, Lisa (2004). On the methodology of semantic fieldwork. International Journal of American Linguistics 70 (4): 369-415.

Mithun, Marianne (1991). Active/agentive case marking and its motivation. Language 67(3): 510-546.

Nascimento, Gardenia. B. N. (2012). Aspectos gramaticais da língua terena (Dissertação de mestrado). Belo Horizonte: UFMG.

Palmer, Frank R. (1994). Grammatical roles and relations. Cambridge: Cambridge University Press.

Rosa, André M. (2010). Aspectos morfológicos do Terena (Aruák) (Dissertação de mestrado). Três Lagoas, MT.: UFMS/CPTL.

Rosa, Andréa M.; Souza, Claudete C. (2011). O verbo em terena: morfemas flexionais. In Pedro Dercir Oliveira (org.). Estudos linguísticos: gramática variação, pp. 137-162. Campo Grande: Editora UFMS.

Rodrigues, Aryon D. (1994). Línguas brasileiras: para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola.

Rodrigues, Aryon D. (2013). Línguas indígenas brasileiras. Brasília, DF: Laboratório de Línguas Indígenas da UnB. Disponível em: http://www.laliunb.com.br. Acesso em: 01 de setembro de 2016.

Samarin, William J. (1967). Field linguistics: A guide to linguistic field work. New York: Holt, Rinehart and Winston.

Seki, Lucy (1990). Kamaiurá (Tupi-Guaraní) as an active-stative language. In Doris L. Payne (ed.). Amazonian Linguistics: Studies in Lowland South American Languages, pp. 367-391. Austin, Texas: University of Texas Press.

Silva, Denise (2013). Estudo lexicográfico da língua terena: proposta de um dicionário bilíngue terena-português (Tese de doutorado): Araraquara: UNESP.

Souza, Ilda (2008). Koenukunoe emo ´u: a língua dos índios kinikinau (Tese de doutorado). Campinas: UNICAMP.

Zúñiga, Fernando (2006). Deixis and alignment. Inverse systems in indigenous languages of the Americas. Amsterdam, Philadelphia: John Benjamins.

The LIAMES: Línguas Indígenas Americanas uses the Creative Commons license (CC), thus preserving the integrity of the articles in an open access environment.

Downloads

Download data is not yet available.