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As relações de escopo entre tempo e aspecto em línguas indígenas da família Pano
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Palabras clave

Aspecto. Tempo. Línguas indígenas Pano. GDF. Hierarquias implicacionais.

Cómo citar

SOUZA, Edson Rosa Francisco de; FELIPE, Paulo Henrique Pereira Silva de. As relações de escopo entre tempo e aspecto em línguas indígenas da família Pano. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 17, n. 2, p. 363–388, 2017. DOI: 10.20396/liames.v17i2.8649548. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8649548. Acesso em: 2 jul. 2024.

Resumen

O objetivo do artigo é analisar, com base no modelo teórico da Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld e Mackenzie 2008), as formas de expressão das categorias de tempo e aspecto em línguas indígenas da família Pano (matis, shanenawa, shawã, arara, katukina, yawanawá e huariapano), considerando-se o princípio de ordenação dessas categorias gramaticais com relação ao predicado da oração, bem como as relações semânticas de escopo entre tais categorias quanto aos níveis e as camadas de organização da gramática. Como resultados, verificamos que a ordenação das categorias de tempo e aspecto nas línguas da amostra tende a respeitar as relações semânticas de escopo entre elas (Hengeveld 2011), mantendo o seguinte padrão: v(erbo)-a(specto)-t(empo)-m(odo). Notamos ainda que o aspecto qualitativo tende a se colocar mais próximo do predicado verbal, por funcionar como operador qualitativo, ao passo que o aspecto quantitativo tende a se posicionar um pouco mais distante do predicado, por funcionar como modificador do estado de coisas como um todo. Essas duas noções aspectuais estão, em geral, sob o escopo da categoria de tempo e a categoria de modo (ilocução), por sua vez, coloca-se mais distante da base, escopando tempo e aspecto.

https://doi.org/10.20396/liames.v17i2.8649548
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