Banner Portal
Prefixos relacionais em Jê e Karajá: um estudo histórico-comparativo
PDF

Palavras-chave

Makro jê. Lingua Karajá. Línguas tupi. Linguas karib. Relacionais.

Como Citar

RIBEIRO, Eduardo Rivail. Prefixos relacionais em Jê e Karajá: um estudo histórico-comparativo. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 4, n. 1, p. 91–101, 2012. DOI: 10.20396/liames.v4i1.1427. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/1427. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho compara os chamados ‘prefixos relacionais’ em diferentes línguas do tronco Macro-Jê, dando ênfase especial às famílias Jê e Karajá. Prefixos relacionais, que marcam a contigüidade ou nãocontigüidade do núcleo de um sintagma com relação a seu determinante, ocorrem em pelo menos cinco das doze famílias do tronco Macro-Jê: Jê, Boróro, Ofayé, Karirí (Rodrigues 1994) e Karajá (Ribeiro 1996). Tal mecanismo ocorre também em línguas Tupí e Karíb (Rodrigues 1994), o que pode sugerir que sua presença em diversas famílias do tronco Macro-Jê seja antes um fenômeno areal do que evidência de origem genética comum. A comparação preliminar entre Karajá e Jê que apresentamos aqui, no entanto, sugere que prefixos relacionais podem ser reconstruídos para a língua ancestral comum às duas famílias, corroborando, assim, a hipótese acerca da unidade genética de pelo menos parte do tronco.
https://doi.org/10.20396/liames.v4i1.1427
PDF

Referências

BOSWOOD, J. (1973). Evidências para a inclusão do Aripaktsá no filo Macro-Jê. In Bridgeman, L. (ed.), Série Lingüística 1, p. 67-78. Brasília: SIL.

CAVALCANTE, Marita P. (1987). Fonologia e morfologia do Kaingáng: o dialeto de São Paulo comparado com o do Paraná. Campinas: Unicamp. Tese de Doutorado.

DAVIS, Irvine. (1966). Comparative Jê phonology. Estudos Lingüísticos: Revista Brasileira de Lingüística Teórica e Aplicada, 1:2.10-24.

DAVIS, Irvine. (1968). Some Macro-Jê relationships. IJAL, 34.42-7.

DIXON, Robert & Aikhenvald, Alexandra (editors) (1999). The Amazonia Languages. Cambridge University Press.

DOURADO, Luciana (1990). Classificadores de nomes em Panará. In Seki, Lucy (ed.), Lingüística Indígena e Educação na América Latina, 387-94. Campinas: Editora da Unicamp.

EHRENREICH, Paul (1894). Materialien zur Sprachenkunde Brasiliens, I: die Sprache der Caraya (Goyaz), Zeitschrift für Ethnologie, 26.20-37, 49-60.

GUDSCHINSKY, Sarah C. (1971). Ofaié-Xavánte, a Jê language. In Gudschinsky, S. (ed.), Estudos sôbre Línguas e Culturas Indígenas, 1-16. Brasília: SIL.

HALL, Joan; MCLEOD, Ruth and MITCHELL, Valerie. (1987). Pequeno Dicionario Xavánte-Portugues/Portugues-Xavánte. Brasilia: SIL.

HAM, P., WALLER, H. and KOOPMAN, L. (1979). Aspectos da Língua Apinayé. Brasília: SIL. HENRY, Jules. (1935). A Kaingáng text. IJAL, 8.172-218.

HAM, P. (1948). The Kaingáng language. IJAL, 14.194-204.

KRIEGER, Wanda & Krieger, Guenther (1994). Dicionário Escolar Xerente-Português, Português-Xerente. Rio de Janeiro: Junta das Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira.

LAPENDA, Geraldo (1968). Estrutura da Língua Iatê, Falada pelos Índios Fulniôs de Pernambuco. Recife: Universidade Federal de Pernambuco.

MASON, J. A. (1950). The languages of South American Indians. In Steward, Julian H. (ed.), Handbook of South American Indians, Vol. VI, 157-317. Washington: Smithsonian Institution.

MCLEOD, R. and MITCHELL, V. (1977). Aspectos da Língua Xavante. Brasília: SIL.

NICHOLS, Johanna (1988). On alienable and inalienable possession. In Shipley, William (editor), In Honor of Mary Haas: Proceedings from the Haas Festival Conference on Native American Linguistics. Berlin: Mouton de Gruyter.

POPJES, J. & POPJES, J. (1986). Canela-Krahô. In Derbyshire, D. and Pullum, G. (eds.), Handbook of Amazonian Languages, vol. I, 128-99. Berlin: Mouton de Gruyter.

RIBEIRO, Eduardo (2002). Relational prefixes and the ‘Macro-Jê hypothesis.’ Trabalho apresentado no Workshop on Structure and Constituency of the Languages of the Americas (WSCLA 7). Edmonton, Canada: University of Alberta.

RIBEIRO, Eduardo (2002a). On the grammaticalization of an antipassive marker in Karajá and Karirí. Trabalho apresentado no Workshop on American Indigenous Languages (WAIL 2002). Santa Bárbara: Universidade da Califórnia.

RODRIGUES, Aryon. (1962). Comparação das línguas Umutína e Boróro. In Schultz, Informações Etnográficas sobre os Umutina, Revista do Museu Paulista, n. s., 13.100-15.

RODRIGUES, Aryon. (1985). Evidence for Tupi-Carib relationships. In Harriet Klein and Louisa Stark (eds.), South American Indian Languages, Retrospect and Prospect, 371-404. Austin: University of Texas Press.

RODRIGUES, Aryon. (1994). Grammatical Affinity among Tupí, Karíb, and Macro-Jê. Unpublished manuscript. Brasília: Universidade de Brasília.

RODRIGUES, Aryon. (1999). Macro-Jê. In R.M. Dixon and Alexandra Aikhenvald (Eds.), The Amazonian Languages, 165-206. Cambridge: Cambridge University Press.

RODRIGUES, Aryon. (2000). Flexão relacional no tronco linguístico Macro-Jê. Trabalho apresentado no Encontro da ABRALIN/SBPC. Brasília, julho de 2000.

RODRIGUES, Aryon. (2000a). ‘Ge-Pano-Carib’ versus ‘Jê-Tupí-Karib’: sobre relaciones lingüísticas prehistóricas en Sudamérica. In Miranda. Luis (editor), Actas del I Congreso de Lenguas Indígenas de Sudamérica, Tomo I, 95-104. Lima: Universidad Ricardo Palma.

WIESEMANN, Ursula (1971a). Dicionário Kaingáng-Português, Português-Kaingáng. Brasília: SIL.

WIESEMANN, Ursula (1971b). The pronoun systems of some Macro-Jê languages. In Wiesemann, Ursula (ed.), Pronominal Systems, 359-80. Tübingen: Gunther Narr Verlag.

WIESEMANN, Ursula (1978). Os dialetos da língua Kaingáng e o Xokléng. Arquivos de Anatomia e Antropologia do Instituto de Antropologica Professor Souza Marques, 3.199-217.

A LIAMES: Línguas Indígenas Americanas utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Os artigos e demais trabalhos publicados na LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, publicação de acesso aberto, passa a seguir os princípios da licença do Creative Commons. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e a data desta publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.