Resumen
Apresentamos uma reanálise dos numerais da língua juruna, trazendo dados novos em relação ao trabalho anterior (Fargetti 2007), também comparados a dados de registros escritos anteriores da língua. Discutimos brevemente o conhecimento atual sobre sistemas numéricos de línguas indígenas brasileiras, os fatores que levariam a sua grande diferenciação, e as possibilidades conhecidas de expansões.
Citas
Collins, I. Vaughn (1962). Formulário dos vocabulários padrões para estudos comparativos preliminares nas línguas indígenas brasileiras – Juruna. Rio de Janeiro: Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Comrie, Bernard (2013). Numeral bases. In Matthew Dryer S.; Martin Haspelmath (eds.). The world atlas of language structures online. Leipzig: Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology (Available online at http://wals.info/chapter/131. Accessed on 10/6/2014).
Coudreau, Henri (1977 [1896]). Viagem ao Xingu. Belo Horizonte: Editora Itatiaia.
D’ambrosio, Ubiratan (2010). Volta ao mundo em 80 matemáticas. Scientific American Brasil, Edição Especial Etnomatemática 35: 6-9. 2ª edição.
Everett, Daniel L. (2005). Cultural constraints on grammar and cognition in Pirahã: another look at the design features of human language. Current Anthropology 46(4): 621-646.
Fargetti, Cristina Martins (1992). Análise fonológica da língua jurúna. Campinas: IEL-UNICAMP (Dissertação de mestrado).
Fargetti, Cristina Martins (2007). Estudo fonológico e morfossintático da língua juruna. Muenchen: LINCOMEUROPA.
Fargetti, Cristina Martins (2010). Para um inventário da língua juruna – Relatório Final. Araraquara: UNESP; Brasília: IPHAN.
Fargetti, Cristina Martins (2011). Política linguística entre os juruna. In Ana María Cestero Mancera; Isabel Molina Martos; Florentino Paredes García (eds.). Actas del XVI Congreso Internacional de la ALFAL, pp. 3265-3272. (Alcalá de Henares 6-9 de junio de 2011).
Ferreira, Mariana Kawal Leal (org.) (2002). Ideias matemáticas de povos culturalmente distintos. São Paulo: Editora Global.
Frank, Michael C.; Everett, Daniel; Fedorenko, Evelina; Gibson, Edward (2008). Number as a cognitive technology: Evidence from Pirahã language and cognition. Cognition 108: 819-824. doi:10.1016/j.cognition.2008.04.007.http://lchc.ucsd.edu/mca/Mail/xmcmail.2014-12.dir/pdf2Yb7JAO0ZG.pdf. Accessed on 15/7/2014.
Green, Diane (1997). Diferenças entre termos numéricos em algumas línguas indígenas do Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi-CNPq. Série Antropologia 13(2): 179-207. Available at: http://www.sil.org/americas/brasil/publcns/ling/NumBrasi.pdf. Accessed on 15/7/2014.
Huford, James (2010 [1975]). The linguistic theory of numerals. Nova York: Cambridge University Press.
ISA (2008). Projeto político pedagógico da escola estadual indígena de educação básica central Kamadu Povo Yudja. Aldeia Tuba tuba/Parque Indígena do Xingu.
Lima, Suzi de Oliveira (2014). The grammar of individuation in counting. Amherst: University of Massachusets. (Ph.D. dissertation).
Lima, Tania Stolze (1996). O dois e seu múltiplo: reflexões sobre o perspectivismo em uma cosmologia Tupi. Mana 2(2): 21-47. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-93131996000200002
Lima, Tania Stolze (1995). A parte do Cauim – etnografia juruna. Rio de Janeiro: UFRJ. (Tese de doutorado).
Louro, Ronaldo Leme (1979). Formulário dos vocabulários padrões para estudos comparativos preliminares nas línguas indígenas brasileiras – Juruna. Rio de Janeiro: Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Medeiros, Nádia Maria Jorge; Miranda, Maxwell Gomes (2009). Análise preliminar dos quantificadores numéricos e não-numéricos em Krenak (Família Botocudo) In Dermeval da Hora (org.). Anais do VI Congresso Internacional da ABRALIN, pp. 3944-3949. João Pessoa: Idea Editora. Available at: http://etnolinguistica.wdfiles.com/localfiles/site:abralin2009/medeiros.pdf Accessed on 5/11/2011.
Nimuendaju, Curt (1932). Idiomas indígenas del Brasil. Revista del Instituto de Etnología de la Universidad Nacional de Tucumán, tomo II: 543-618. Tucumán.
Nimuendaju, Curt (1928). Wortliste der Šipáia-Sprache. Anthropos 23: 821-850.
Nimuendaju, Curt (1929). Wortliste der Šipáia-Sprache. Anthropos 24: 863-896.
Owens, Kay (2001). The work of Glendon Lean on the counting systems of Papua New Guinea and Oceania. Mathematics Education Research Journal 13: 47-71.
Passes, Alan (2006). Do um à metáfora. Para um entendimento da matemática pa’ikwené (palikur). Revista de Antropologia 49(1): 245-281. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.phppid=S003477012006000100008&script=sci_arttext Accessed on 5/11/2011.
Rodrigues, Aryon Dall’Igna (1986). Línguas Brasileiras. Para o conhecimento das línguas indígenas. São Paulo: Loyola.
Scandiuzzi, Pedro Paulo (2009). Educação indígena x educação escolar indígena: Uma relação etnocida em uma pesquisa etnomatemática. São Paulo: Editora UNESP.
Steinen, Karl von den (1942) O Brasil Central – expedição em 1884 para a exploração do Rio Xingu. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
Villas Boas, Cláudio; Villas Boas, Orlando (1989). Xingu – o velho Káia (conta a história do seu povo). Porto Alegre: Kuarup.
Winter, Werner (1999). When numeral systems are expanded. In Jadranka Gvozdanović (ed.). Numeral types and changes worldwide (Trends in Linguistics: Studies and monographs), pp. 43-53. Berlin; New York: Mouton de Gruyter.
LIAMES: Lenguas Indígenas Americanas utiliza la licencia de Creative Commons (CC), preservando así la integridad de los artículos en ambiente de acceso abierto.