Banner Portal
O papel das relações gramaticais na análise da transparência e da opacidade em línguas índígenas do Brasil
PDF

Palavras-chave

Relações gramaticais. Transparência. Opacidade. Gramática discursivo-funcional. Línguas indígenas do Brasil.

Como Citar

HATTNHER, Marize Mattos Dall Aglio; NAGAMURA, George Henrique; PARRA, Beatriz Goaveia Garcia. O papel das relações gramaticais na análise da transparência e da opacidade em línguas índígenas do Brasil. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 17, n. 2, p. 341–361, 2017. DOI: 10.20396/liames.v17i2.8649534. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8649534. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho tem por objetivo discutir a relevância das relações gramaticais como critério de análise para a definição dos graus de transparência e de opacidade nas diferentes línguas a partir do arcabouço teórico da Gramática Discursivo-Funcional (Hengeveld; Mackenzie 2008). Para demonstrar a aplicabilidade do critério e sua adequação ao modelo teórico adotado, analisamos as relações entre os papéis semânticos actor (ativo) e undergoer (inativo) e a função sintática sujeito expressas em uma amostra composta por doze línguas indígenas do Brasil. Em relação a esse critério, os resultados revelam i) a predominância de línguas opacas nas quais a diferença de papel semântico é neutralizada na codificação morfossintática; ii) apenas um caso de língua transparente, que codifica as funções actor e undergoer sempre com marcas diferentes.

https://doi.org/10.20396/liames.v17i2.8649534
PDF

Referências

Araujo, Gabriel Antunes (2004). A grammar of Sabanê: a Nambikwaran language. The Netherlands: Vrije Universiteit.

Aikhenvald, Alexandra Y.(2003). A grammar of Tariana, from Northwest Amazonia. Cambridge: Cambrigde University Press.

Bacelar, Laércio Nora (2004). Gramática da língua kanoê. Nijmegen: Katholieke Universiteit Nijmegen.

Bickel, Balthasar (2011). Grammatical relations typology. In Jae Jung Song (ed.). The Oxford handbook of linguistic typology, pp. 399-444. Oxford: Oxford University Press.

Camacho, Roberto Gomes (1996). O papel da estrutura argumental na variação de perspectiva. In Ingedore Grunfield Villaça Koch (org.). Gramática do português falado, pp. 259-279. Campinas: Editora da UNICAMP.

Chafe, Wallace (1970). Meaning and the structure of language. Chicago: Chicago University Press.

Cunha, Maria Angélica Furtado (2006). Estrutura argumental e valência: a relação gramatical objeto direto. Gragoatá 21: 115-131

Dik, Simon Charles (1989). The theory of functional grammar. Dordrecht: Foris.

Durie, Mark (1985). A grammar of Acehnese: On the basis of a dialect of North Aceh. Dordrecht: Foris.

Facundes, Sidney da Silva (2000). The Language of the Apurinã people of Brazil (Arawak) (Tese de doutorado). Buffalo: University of New York at Buffalo.

Farrell, Patrick (2005). Grammatical relations. Oxford: Oxford University Press.

Ferreira, Rogério Vicente (2005). Língua Matis (Pano): uma descrição gramatical (Tese de doutorado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas.

Fleck, David William (2003). A grammar of Matses (Tese de doutorado) Houston: Rice University.

Fillmore, Charles (1968). The case for case. In Emmon Bach; Robert Thomas Harms (eds.). Universals in linguistic theory, pp. 1-88. New York: Holt.

Fillmore, Charles (1977). The case for case reopened. In Peter Cole; Jerrold Sadock (eds.). Syntax and semantics 8: 59-81

Hengeveld, Kees (2011). Introduction: Transparency in functional discourse grammar. Linguistics in Amsterdam 4(2): 1-22.

Hengeveld, Kees; Leufkens, Sterre (inédito). Transparent and non-transparent languages.

Hengeveld, Kees; Mackenzie, John Lachlan (2008). Functional discourse grammar. New York: Oxford University Press.

Jackendoff, Ray (1972). Semantic interpretation in generative grammar. Cambridge, Mass.: MIT Press.

Jackendoff, Ray (1990). Semantic structures. Cambridge, Mass.: MIT Press.

Leipzig Glossing Rules (2015). Conventions for interlinear morpheme-by-morpheme glosses. Disponível em https://www.eva.mpg.de/lingua/resources/glossing-rules.php

(Acesso 10/02/2017).

Li, Charles; Thompson, Sandra Annear (1976). Subject and topic: a new typology of language. In Charles Li (org.). Subject and topic, pp. 457-489 New York: Academic Press.

Magalhães, Marina Maria Silva (2007). Sobre a morfologia e a sintaxe da língua Guajá (família Tupí-Guaraní) (Tese de doutorado). Brasília: Universidade de Brasília.

Martins, Silvana Andrade. (2004). Fonologia e gramática Dâw (Tese de doutorado). Amsterdam: Vrije Universiteit Amsterdam.

Oliveira, Christiane Cunha (2005). The language of the Apinajé people of Central Brazil (Tese de doutorado) . Eugene: University of Oregon.

Oliveira, Christiane Cunha (2014). A codificação das relações gramaticais nos complementos oracionais do Apinajé. Signótica 26(2): 287-308.

Oliveira, Rosana Costa (2007). Morfologia e sintaxe da língua xavante (Tese de doutorado). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Payne, Thomas E. (1997). Describing morphosyntax: A guide for field linguists. Cambridge: Cambridge University Press.

Pezatti, Erotilde Goretti (2014). A ordem das palavras no português. São Paulo: Parábola.

Santos, Manoel Gomes (2006). Uma gramática do Wapixana (Aruák): aspectos da fonologia, da morfologia e da sintaxe (Tese de doutorado). Campinas: Universidade Estadual de Campinas.

Stenzel, Kristine (2013). A reference grammar of Kotiria (Wanano). Lincoln: University of Nebraska Press.

A LIAMES: Línguas Indígenas Americanas utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Os artigos e demais trabalhos publicados na LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, publicação de acesso aberto, passa a seguir os princípios da licença do Creative Commons. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e a data desta publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.