Resumo
A presente pesquisa foi realizada na comunidade indígena da aldeia Gapgir que está localizada no município de Cacoal, estado de Rondônia. Teve como objetivo mapear os sinais utilizados por um grupo de alunos indígenas surdos do Povo Paiter Suruí, que se comunicam e se expressam por meio de sinais próprios criados na necessidade de comunicação. O suporte metodológico foi orientado pela metodologia de pesquisas pós-críticas em educação que acreditam ser possível pesquisar sem um método previamente definido (Paraíso 2012). A pesquisa fundamentou-se nos Estudos Culturais e nos Estudos Surdos. Os pressupostos teóricos tiveram como referência nos trabalhos das pesquisadoras surdas Perlin (2010), da língua de sinais indígena Vilhalva (2012), e dos estudos culturais Hall (2006) que podem fundamentar as pesquisas de registro da língua de sinais indígenas na perspectiva da valorização da cultura e identidade. Os trabalhos de Leite e Quadros (2014) contribuíram para mostrar a importância do registro das variedades de línguas de sinais do Brasil e que todas essas pesquisas na área de língua de sinais de grupos distantes dos grandes centros urbanos, particularmente os indígenas, contribuem para que essas línguas não desapareçam. Como resultado, registrou-se sinais próprios desses indígenas que surgiram para suprir a necessidade de comunicação entre seus pares na escola com influência da visualidade, que é uma marca importante na cultura surda.
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