Banner Portal
O Marcador de Posse Alienável em Karirí: Um Morfema Macro-Jê Revisitado
PDF

Palavras-chave

Línguas da América do Sul. Línguas amazônicas. Documentação linguística. Linguística antropológica. Línguas amazônicas. Índios da América do Sul.

Como Citar

RIBEIRO, Eduardo Rivail. O Marcador de Posse Alienável em Karirí: Um Morfema Macro-Jê Revisitado. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 2, n. 1, p. 31–48, 2012. DOI: 10.20396/liames.v2i1.1403. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/1403. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

This paper is a result of an ongoing project of lexical compilation and grammatical analysis of Karirí (also known as Kirirí), an extinct indigenous language from Northeast Brazil. Although two of its dialects are known only through short wordlists (Martius 1867), two of them were fairly welldocumented—Kipeá (Mamiani 1877, 1942), on which this paper is based, and Dzubukuá (Nantes 1896). Karirí has been included in the Macro-Jê stock (Rodrigues 1986, 1999), although in rather hypothetical terms. However, in spite of the lack of  comprehensive lexical comparison to date, recent studies have shown very suggestive cases of grammatical affinities between Karirí and other Macro-Jê languages. One of them, first mentioned by Rodrigues (1992a: 386), is the existence, in Jê, Maxakalí, Boróro, and Karirí, of an apparently cognate morpheme marking alienable possession, although the evidence for the existence of this morpheme in Karirí provided then was quite cursory. The main purpose of the present work is to provide further support for the existence of the marker of alienable possession in Karirí. In addition, this paper briefly discusses the syntactic nature of genitive constructions containing such a morpheme and the existence, in the Jê family, of another morpheme of similar functions, probably reconstructible for Proto-Jê and cognate with a Tupí-Guaraní prefix.
https://doi.org/10.20396/liames.v2i1.1403
PDF

Referências

AZEVEDO, Gilda Maria Corrêa de. (1965). Língua Kiriri: descrição do dialeto Kipeá. Dissertação de mestrado. Brasília: Universidade de Brasília.

BANDEIRA, Maria de Lourdes. (1972). Os Kariris de Mirandela: Um Grupo Indígena Integrado. Estudos Baianos 6. Salvador: Universidade Federal da Bahia.

BARBOSA, A. Lemos. (1956). Curso de Tupi Antigo. Rio de Janeiro: Livraria São José.

BARBOSA, A. Lemos. (1970). Pequeno Vocabulário Português-Tupi. Rio de Janeiro: Livraria São José.

BOSWOOD, Joan. (1973). Evidências para a Inclusão do Aripaktsá no Filo Macro-Jê. Arquivo Lingüístico, 171. Brasília: SIL.

CABRAL, Ana Suelly Arruda Câmara & Rodrigues, Aryon (orgs.). (2001). Estudos sobre Línguas Indígenas I. Belém: UFPA.

CABRAL, Ana Suelly Arruda Câmara (2002). Atas do I Encontro Internacional do Grupo de Trabalho sobre Línguas Indígenas da ANPOLL, Tomos I e II. Belém: UFPA.

CAVALCANTE, Marita Pôrto. (1987). Fonologia e morfologia do Kaingáng: o dialeto de São Paulo comparado com o do Paraná. Tese de doutorado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas.

COSTA, Lucivaldo Silva da. (2002). Prefixos relacionais no Xikrín. In Cabral & Rodrigues (2002), Tomo I, 81-85.

CROWELL, Thomas. (1977). The phonology of Boróro verb, postposition and noun paradigms. In Arquivos de Anatomia e Antropologia 2.159-178. Rio de Janeiro: Instituto de Antropologia Prof. Souza Marques.

CROWELL, Thomas. (1979). A grammar of Boróro. Tese de Doutorado, Cornell University.

CROWELL, Jan. (1981). Gramática Pedagógica Borôro. Arquivo Lingüístico, 64. Brasília: SIL.

DAVIS, Irvine. (1966). Comparative Jê phonology. Estudos Lingüísticos: Revista Brasileira de Lingüística Teórica e Aplicada, 1:2.10-24.

DOURADO, Luciana Gonçalves. (2001). Aspectos morfossintáticos da língua Panará (Jê). Tese de doutorado. Campinas: Unicamp.

DOURADO, Luciana Gonçalves. (2002). A expressão da posse em Panará. In Cabral & Rodrigues (2002), Tomo I, 96-103.

FERREIRA, Marília. (2001). Aspectos das classes de palavras em Parkatêjê: uma abordagem tipológico-funcional. In Cabral & Rodrigues (2001), 147-166.

HAM, Patricia. (1961). Apinayé Grammar. Arquivo Lingüístico, 108. Brasília: SIL.

HAM, Patricia, Waller, Helen, & Koopman, Linda. (1979). Aspectos da Língua Apinayé. Brasília: SIL.

HENRY, Jules. (1935). A Kaingáng text. IJAL, 8.172-218.

HENRY, Jules. (1948). The Kaingáng language. IJAL, 14.194-204.

INSTITUTO SOCIOAMBIENTAL. (2000). Povos Indígenas no Brasil 1996/2000. São Paulo.

KINDELL, Gloria. (1961). Fonêmica Kaingáng. Arquivo Lingüístico, 39. Brasília: SIL.

KRIEGER, Wanda Braidotti & Krieger, Guenther Carlos (organizadores). (1994). Dicionário Escolar Xerénte/Português, Português/Xerénte. Rio de Janeiro: Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista.

LARSEN, Thomas. (1984). Case marking and subjecthood in Kipeá Kirirí. BLS 10:189-205.

MCLEOD, Ruth & MITCHELl, Valerie. (1977). Aspectos da Língua Xavánte. Brasília: SIL.

MAMIANI, Luiz Vincencio. (1877) [1699]. Arte de Grammatica da Lingua Brasilica da Naçam Karirí. 2a. edição. Rio de Janeiro: Bibliotheca Nacional.

MAMIANI, Luiz Vincencio. (1942) [1698]. Catecismo da Doutrina Christãa na Lingua Brasilica da Nação Karirí. Lisboa. (Edição facsimilar, Rio de Janeiro: Biblioteca Nacional).

VON MARTIUS, Carl Friedrich. (1867). Beiträge zur Sprachenkunde Amerika’s zumal Brasiliens, vol. II: Wörtersammlung brasilianischer Sprachen. Leipzig: Friedrich Fleisher.

MEADER, Robert E. (1978). Índios do Nordeste: Levantamento sobre os Remanescentes Tribais do Nordeste Brasileiro. Brasília: SIL.

NANTES, Bernardo de. (1896) [1709]. Katecismo Indico da Lingua Karirís. Lisboa. (Edição facsimilar publicada por Julio Platzmann, Leipzig).

NICHOLS, Johanna. (1988). On alienable and inalienable possession. In Shipley, William (editor), In Honor of Mary Haas: From the Haas Festival Conference on Native American Linguistics, 557-609. Berlin, New York, Amsterdam: Mouton de Gruyter.

POPJES, Jack & Popjes, Jo. (1986). Canela-Krahô. In Derbyshire, Desmond & Pullum, Geoffrey (editores), Handbook of Amazonian Languages, vol. I, 128-199. Berlin: Mouton de Gruyter.

RIBEIRO, Eduardo Rivail. (1996). Morfologia do verbo Karajá. Dissertação de mestrado. Goiânia: Universidade Federal de Goiás.

RIBEIRO, Eduardo Rivail. (2002). Relational prefixes and the ‘Macro-Jê hypothesis.’ Trabalho apresentado no 7th Workshop on Structure and Constituency in the Languages of the Americas. University of Alberta at Edmonton, Canada.

RIBEIRO, Eduardo Rivail. (2002a). On the grammaticalization of an antipassive marker in Karajá and Karirí. Trabalho apresentado no Workshop on American Indian Languages (WAIL 2002). Santa Barbara: University of California.

RIBEIRO, Eduardo Rivail. (2002b). Prefixos relacionais no tronco Macro-Jê: um estudo histórico-comparativo. Trabalho apresentado no II Encontro Macro-Jê, Campinas, maio de 2002.

RODRIGUES, Aryon. (1948). Notas sôbre o sistema de parentesco dos índios Kiriri. Revista do Museu Paulista (Nova Série) 2:193-205.

RODRIGUES, Aryon. (1953). Morfologia do verbo Tupi. In Letras 1.121-152. Curitiba.

RODRIGUES, Aryon. Línguas Brasileiras: Para o Conhecimento das Línguas Indígenas. São Paulo: Edições Loyola.

RODRIGUES, Aryon. (1992). Grammatical affinities among Tupí, Karíb, and Macro-Jê. Unpublished manuscript. Universidade de Brasília.

RODRIGUES, Aryon. (1992a). Um marcador Macro-Jê de posse alienável. Anais da 44a Reunião Anual da SBPC, p. 386. São Paulo: SBPC.

RODRIGUES, Aryon. (1997). Nominal classification in Karirí. Opción 22.65-79.

RODRIGUES, Aryon. (1999). Macro-Jê. In Aikhenvald & Dixon (editors), The Amazonian Languages. Cambridge: Cambridge University Press.

RODRIGUES, Aryon. (2000). Flexão relacional no tronco lingüístico Macro-Jê. Trabalho apresentado na Reunião Anual da ABRALIN/SBPC, julho de 2000, a ser publicado no Boletim da ABRALIN.

RODRIGUES, Aryon. (2000a). ‘Ge-Pano-Carib’ versus ‘Jê-Tupí-Karib’: sobre relaciones lingüísticas prehistóricas en Sudamérica. In Miranda. Luis (editor), Actas del I Congreso de Lenguas Indígenas de Sudamérica, Tomo I, 95-104. Lima: Universidad Ricardo Palma.

WIESEMANN, Ursula. (1978). Os dialetos da língua Kaingáng e o Xokléng. Arquivos de Anatomia e Antropologia 3.199-217. Rio de Janeiro: Instituto de Antropologia Prof. Souza Marques.

WIESEMANN, Ursula. (1981). Dicionário Kaingáng-Português, Português-Kaingáng, 2a. edição. Brasília: SIL.

A LIAMES: Línguas Indígenas Americanas utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Os artigos e demais trabalhos publicados na LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, publicação de acesso aberto, passa a seguir os princípios da licença do Creative Commons. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e a data desta publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.