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A grafia das línguas gerais (Tupi) no século XVIII
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Palavras-chave

Línguas gerais. Família tupi-guarani. Ortografia. Historiografia linguística.

Como Citar

CRUZ, Aline da. A grafia das línguas gerais (Tupi) no século XVIII. LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 7, n. 1, p. 7–24, 2012. DOI: 10.20396/liames.v7i1.1452. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/1452. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Em 1863, o naturalista Karl Friedrich von Martius (1794 – 1868) publicou os Glossaria Linguarum Brasiliensium, uma coleção de vocabulários e listas de palavras sobre língua indígenas brasileiras. Nesse material, incluiu dois documentos que registravam línguas gerais (fam. Tupi-Guarani) do século XVIII: o Diccionario da Lingua Geral Brasílica, que registra a língua falada na Amazônia e o Diccionario de Verbos do Tupi Austral, que registra a língua que teria sido falada em São Paulo. Para von Martius, a língua geral amazônica era superior àquela falada em São Paulo, Cuiabá e Rio Grande do Sul. A partir da análise comparativa dos critérios de notação utilizados nos dois materiais, esta pesquisa procurou mostrar que as oscilações de representação das unidades lingüísticas no Diccionario de Verbos podem ter levado von Martius a manifestar opiniões depreciativas sobre o Tupi Austral em relação à Língua Geral Brasílica.
https://doi.org/10.20396/liames.v7i1.1452
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