Banner Portal
Os registros linguísticos dos viajantes naturalistas Emmanuel Pohl (1782-1834) e Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853)
PDF

Palavras-chave

Viajantes naturalistas. Línguas Indígenas Brasileiras. Auguste de Saint-Hilaire. Emmanuel Pohl.

Como Citar

VASCONCELOS, Eduardo Alves. Os registros linguísticos dos viajantes naturalistas Emmanuel Pohl (1782-1834) e Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853). LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, Campinas, SP, v. 17, n. 1, p. 177–196, 2017. DOI: 10.20396/liames.v17i1.8648172. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/liames/article/view/8648172. Acesso em: 18 abr. 2024.

Resumo

Durante o primeiro quarto do século XIX, o Brasil recebeu a vista de diversos viajantes naturalistas que adentravam regiões até então pouco ou nada conhecidas pelas demais nações europeias. Ao percorrerem as províncias do interior, estes cientistas vão se deparar não somente com uma natureza ainda pouco estudada, como também com diversos povos indígenas em diferentes estágios de aproximação com as frentes de colonização. Dentre os viajantes naturalistas do primeiro quarto do século XIX, este estudo se propõe a analisar a produção de listas de palavras por Emmanuel Pohl (1782-1834) e Auguste de Saint-Hilaire (1779-1853), que realizaram sua viagem científica pelo território brasileiro quase ao mesmo tempo, inclusive percorrendo trechos comuns. Estes dois naturalistas são também os responsáveis pelos únicos registros linguísticos conhecidos dos Cayapó do Sul, do aldeamento de São José de Mossâmedes, Goiás.
https://doi.org/10.20396/liames.v17i1.8648172
PDF

Referências

Almeida, Rita Heloisa de (2006). Xakriabá – cultura, história, demandas e planos. Brasília: FUNAI.

Auroux, Sylvain (1992a). A revolução tecnológica da gramatização. Tradução de Eni Orlandi. Campinas/SP: Editora UNICAMP.

Auroux, Sylvain (1992b). Note sur les progrès de la phonétique au XVIIIe siècle. In Sylvain Auroux (org.). Histoire des idées linguistiques. Le développement de la grammaire occidentale, vol. II, pp. 598-606. Lièges/Bruxelas: Mardaga.

Auroux, Sylvain; Horde, Tristan (1992). Les grandes compilations el les modèles de mobilité. In Sylvain Auroux (org.). Histoire des idées linguistiques. Le développement de la grammaire occidentale, vol. II, pp.538-79. Lièges/Bruxelas: Mardaga.

Barbosa, Alexandre de Souza (1918). Cayapó e panará. Manuscrito disponível no Arquivo do IHGB.

Beluzzo, Ana Maria (1996). A propósito d’O Brasil dos Viajantes. Revista USP 30: 8-19.

Cabral, Teodoro (1951). Prefácio para Viagem no Interior do Brasil: empreendida nos anos de 1817 a 1821 e publicada por ordem de Sua Majestade o Imperador da Austria Francisco Primeiro, parte II, por Emmanuel Pohl. São Paulo: Instituto Nacional do Livro.

Costa, Christina Rostworowski da (2008). O príncipe Maximiliano de Wied-Neuwied e sua Viagem ao Brasil (1815-1817) (Dissertação de Mestrado). São Paulo: Universidade de São Paulo.

Christino, Beatriz Protti (2006). A rede de Capistrano de Abreu (1853-1927): uma análise historiográfica do rã-txa hu-ni-ku-ĩ em face da Sul-americanística dos anos 1890-1929 (Tese de Doutorado). São Paulo: Universidade de São Paulo.

Cruz, Aline da (2005). O resgate da língua geral―Modos de representação das unidades linguísticas da Língua Geral Brasílica e do Tupi Austral na obra de Martius (1794–1868) (Dissertação de Mestrado). São Paulo: Universidade de São Paulo.

Davis, Irvine (1966). Comparative Jê phonology. Estudos Linguísticos 1(2): 10-24.

Ehrenreich, Paul (1894). Materialen Zur Sprachekunde Brasiliens. Zeitschrift fur Ethinologie 26: 115-137.

Giraldin, Odair (1996). Cayapó e Panará: luta e sobrevivência de um povo Jê no Brasil central. Campinas/SP: Editora UNICAMP.

IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística] (2010). Censo Demográfico. Rio de Janeiro: IBGE.

Kury, Lorelai (2003). Auguste de Saint-Hilaire: viajante exemplar. Intellèctus, ano II, 1-11. Disponível em:

http://www.intellectus.uerj.br/Textos/Ano2n1/Texto%20de%20%20Lorelai%20Kury.pdf

Acesso em janeiro, 2017.

Kury, Lorelai (2001). Viajantes naturalistas no Brasil oitocentista: experiência, relato e imagem. História, ciências e saúde – Manguinho, VIII (Supl.): 863-880.

Lemos da Silva, Joaquim (1882). Os índios Cayapós. Manuscrito disponível no Arquivo do IHGB.

Lowie, Robert H (1946). The Southern Cayapó. In Julian H. Steward (ed.). Handbook of South American Indians, vol. 1, pp. 519-20. New York: Cooper Square Publishers INC.

Moraes, Rubens B. (1940). Prefácio para Viagem ao Rio Grande do Sul e resumos das viagens ao Brasil, Província Cisplatina e Missões do Paraguai, por Auguste de Saint-Hilaire. São Paulo: Martins editora.

Mota, Lucio Tadeu (2006). A revista do Instituto Histórico e Geográfico e Brasileiro (IHGB) e as populações indígenas no Brasil do II Reinado (1839-1889). Diálogos 10 (1): 117-142.

Nimuendajú, Curt (1952). Os Gorotire. Revista do Museu Paulista – Nova Série V: 427-453.

Nunes, José Horta (2006). Dicionários no Brasil: análise e história do século XVI ao XIX. Campinas: Pontes.

Orlandi, Eni Puccinelli (1994). A natureza e os dados. Cadernos de Estudos Linguísticos 27 (1): 47-57.

Pohl, Johann Emmanuel (1832-1837). Reise im Innern von Brasilien: Auf allerhoechsten befehl seiner majestat des kaisers von osterreich, franz des ersten. Wien: A Strauss’s Sel Witwe & J B Wallishausser. 2v.

Pohl, Johann Emmanuel (1951). Viagem no Interior do Brasil: empreendida nos anos de 1817 a 1821 e publicada por ordem de Sua Majestade o Imperador da Austria Francisco Primeiro. Tradução de Teodoro Cabral. São Paulo: Instituto Nacional do Livro. Parte I-II.

Pohl, Johann Emmanuel (1976). Viagem no interior do Brasil. Tradução de Milton Amado e Eugenio Amado. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Rios, José. A. (2009). Saint-Hilaire no Brasil. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 444: 187-202.

Rodrigues, Aryon Dall’Igna (1993). Línguas indígenas: 500 anos de descobertas e perdas. DELTA 9 (1): 83-103.

Saint-Hilaire, Auguste de (1830). Voyage dans les Province de Rio de Janeiro et de Minas Geraes. Paris: Grimbert et Derez.

Saint-Hilaire, Auguste de (1833). Voyage dans le District des Diamans et sur le Litoral du Brésil. Paris: Librairie GIDE

Saint-Hilaire, Auguste de (1847-1848). Voyage aux sources du Rio de. S. Francisco et dans la province de Goyaz. Paris: Arthus Bertrand.

Saint-Hilaire, Auguste de (1851). Voyage dans les Provinces de Saint-Paul et Sant-Catherine. Paris: Arthus Bertrand.

Saint-Hilaire, Auguste de (1833 [1974a]). Viagem pelo distrito dos Diamantes e litoral do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1974b). Viagem ao Espírito Santo e Rio Doce. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1975a). Viagem pelas Províncias do Rio de Janeiro e Minas Gerais. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1975b). Viagem às nascentes do Rio São Francisco. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1975c). Viagem à província de Goiás. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1976). Viagem à província de São Paulo. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Saint-Hilaire, Auguste de (1978). Viagem a Curitiba e província de Santa Catarina. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: EDUSP.

Schaden, Egon (1954). Os primitivos habitantes do Estado de São Paulo. Revista de História, (São Paulo) 18: 396-411.

Silva, José Pereira da (2006). Viagem ao Brasil de Alexandre Rodrigues Ferreira. Revista SOLETRAS 11: 131-143.

Trubetzkoy, Nikolay (No prelo). Princípios de fonologia. Tradução de Wilmar D’Angelis. Título original: Grundzüge der Phonologie (1939).

Wied-Neuvied, Maximiliano (1820 [1958]). Viagem ao Brasil. Rio de Janeiro: Companhia Editora Nacional.

A LIAMES: Línguas Indígenas Americanas utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Os artigos e demais trabalhos publicados na LIAMES: Línguas Indígenas Americanas, publicação de acesso aberto, passa a seguir os princípios da licença do Creative Commons. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e a data desta publicação.

Downloads

Não há dados estatísticos.