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Brasilidade, encantaria e resistência
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Palavras-chave

Discurso
Brasilidade
Silêncio
Resistência
Poético

Como Citar

FRANÇA, Glória; CHAVES, Tyara Veriato. Brasilidade, encantaria e resistência: o silêncio e essa “coisa de outra ordem”. Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas, SP, v. 25, n. esp, p. 153–165, 2022. DOI: 10.20396/lil.v25iesp.8671418. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8671418. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Fundamentando nosso olhar desde uma perspectiva discursiva que interseccione/questione discursos sustentados na colonialidade, parece-nos incontornável o conceito de silêncio elaborado por Orlandi (1992) para compor uma reflexão que busque os movimentos de dominação e as práticas de resistência em torno da brasilidade. Assim, colocamos a noção de silêncio na encruzilhada teórico-política que busca caminhos possíveis diante das marcas da colonialidade (Simas, 2019; Gonzalez [1984] 2020; Mbembe [2013] 2018). Tal gesto parece abrir os caminhos para sentidos cujas formas apontam tanto para as práticas coloniais/contemporâneas de violência, silenciamento e esquecimento, como para movimentos-outros que passam pelo encanto das cantorias, das giras, dos corpos dançantes, das brincadeiras, dos tambores, de uma brasilidade que fala em outro tom.

https://doi.org/10.20396/lil.v25iesp.8671418
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