Banner Portal
Estratégias de transcategorização de referentes em narrativas orais amazônicas
PDF

Palavras-chave

Referenciação
Transcategorização
Narrativas amazônicas

Como Citar

MOURA, Heliud Luis Maia. Estratégias de transcategorização de referentes em narrativas orais amazônicas: um estudo das implicações sociocognitivas para o processo de construção da atividade discursiva. Línguas e Instrumentos Linguísticos, Campinas, SP, v. 23, n. 45, p. 220–255, 2020. DOI: 10.20396/lil.v23i45.8659391. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/lil/article/view/8659391. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

Objetiva-se, neste artigo, divulgar os resultados de uma investigação realizada com dez alunos do nono ano de uma escola de uma periferia do Rio de Janeiro. Filiados ao paradigma quali-quantitativo, perguntamos como os sujeitos de pesquisa entenderiam a argumentatividade presente em exemplares de três gêneros textuais: a notícia, a propaganda e a tirinha. Pautados na abordagem sociocognitivo-discursiva da Linguística Textual, propusemos atividades que possibilitassem uma análise linguístico-discursiva de exemplares dos gêneros propostos. Os resultados sugerem que a maior parte dos sujeitos consegue identificar a tese, quando presente nos textos, embora não consiga argumentar seu achado a partir das marcas linguísticas desses textos. Apesar de contar com poucos participantes, o estudo aponta para uma necessária metodologia que observe os gêneros em seu funcionamento, e que associe as escolhas linguísticas a esses objetivos, a fim de que os alunos de periferia possam acessar os diversos fatos sociais de forma includente.

https://doi.org/10.20396/lil.v23i45.8659391
PDF

Referências

ARISTÓTELES. Categorias de Aristóteles. São Paulo: Abril Cultural, 2002.

BEZERRA, P. Prefácio de As raízes históricas do conto maravilhoso. In: PROPP. V. As raízes históricas do conto maravilhoso. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

CASCUDO, L. C. Geografia dos mitos brasileiros. São Paulo: Global, 2001.

FAUCONNIER, G.; TURNER, M. The way we think. Conceptual blending and the mind’s hidden complexities. New York: Basic Books, 2002.

FERREIRA, H. A. B. D. Dicionário Aurélio de língua portuguesa. Curitiba: Editora Positivo, 2010.

FUENTES, M. O conto maravilhoso. Disponível em: <https://pt.slideshare.net/MarilzaFuentes/o-conto-maravilhoso>. Acesso em: 13 de dezembro de 2019.

KANT, I. Coleção pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 2000.

KOCH, I.G.V. Introdução à linguística textual. São Paulo: Martins Fontes, 2004.

KOCH, I. G. V.; CUNHA-LIMA, M. L. Do cognitivismo ao sociocognitivismo. In: MUSSALIM, F.; BENTES, A. C. (Org.). Introdução à linguística. v. 3: fundamentos epistemológicos. São Paulo: Cortez, 2005.

MARCUSCHI, L. A. Cognição, linguagem e práticas interacionais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MONDADA, L. A referência como trabalho interativo: a construção da visibilidade do detalhe anatômico durante uma operação cirúrgica. In: KOCH, I. G. V.; MORATO, E. M.; BENTES, A. C (orgs). Referenciação e discurso. São Paulo: Contexto, 2005.

MORAES, R. O meu dicionário de cousas da Amazônia. Brasília: Senado Federal/Conselho Editorial, 2013.

MOURA, H. L. M. Processos de recategorização de personagens afiliados ao universo lendário amazônico. Revista Estudos Linguísticos, 45 (3): p. 1147-1159, São Paulo, 2016.

MOURA, H. L. M. Atividades de referenciação em narrativas afiliadas ao universo do lendário da Amazônia: implicações sociocognitivas e culturais. Tese. (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas. Campinas, SP, 2013

PROPP, V. As raízes históricas do conto maravilhoso. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

TOMASELLO, M. Origens culturais da aquisição do conhecimento humano. São Paulo: Martins Fontes, 2003.

A revista Línguas e Instrumentos Linguísticos utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.