Resumo
Por vezes condenada como escapista, outras vezes incensada como ferramenta de libertação revolucionária, a arte, de modo geral, continua sendo um tema candente tanto na academia como fora dela. Este trabalho aborda as múltiplas faces de João das Neves, diretor de “Jornada de um imbecil até o entendimento”, de Plínio Marcos, espetáculo apresentado pelo Grupo Opinião em 1968. O eixo de análise aqui proposto consiste, de certa forma, em tentar iluminar diferentes maneiras de se fazer teatro no Brasil, no caso, pelas bordas. Afinal, o diretor, recentemente falecido, se notabilizou pelo engajamento político ou “legítimo”, como lembra Eric Hobsbawm noutro contexto, dando vazão à capacidade de lançar ideias e desafios, em plena ditadura militar, propondo então indagações que ecoam até os dias de hoje.
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