Resumo
Em função da execução de pesquisas arqueológicas e antropológicas em antigas colônias de internamento de doentes de hanseníase nos estados do Pará e do Amazonas, o artigo apresenta as convergências entre as memórias e as concepções nativas de patrimônio. O diálogo ocorre a partir das narrativas suscitadas entre os diferentes grupos sociais residentes nesses locais. Com isso, caracterizamos as perspectivas dos atuais moradores sobre o passado desses leprosários, ampliando as possibilidades apontadas em outras pesquisas.
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