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Casas de turma da ferrovia do contestado, Santa Catarina
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Palavras-chave

Patrimônio industrial
Arqueologia industrial
Ferrovia
Casas de turma

Como Citar

LINO, Jaisson Teixeira; MATIAS, Everson Semler; ARAUJO, Fabio. Casas de turma da ferrovia do contestado, Santa Catarina: um olhar arqueológico. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 13, n. 2, p. 79–96, 2019. DOI: 10.20396/rap.v13i2.8657323. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8657323. Acesso em: 4 dez. 2024.

Resumo

Pelo prisma arqueológico o presente artigo discute a contribuição histórica das casas de turmas, habitações destinadas a abrigar os funcionários responsáveis pela construção e manutenção da Linha Sul da ferrovia que ligou São Paulo ao Rio Grande do Sul, na segunda década do século XX. Não apenas a lente – da arqueologia – utilizada para analisar o passado é distinta, como é distinta também a parcela de personagens sobre a qual este estudo se debruça: os funcionários da Estrada de Ferro São Paulo – Rio Grande. Fazer emergir algum subsídio histórico, para a melhor investigação e consequente compreensão da industrialização da região do Contestado, no meio oeste do Estado de Santa Catarina, tanto das casas de turmas quanto dos turmeiros é o objetivo deste artigo. Para tanto, as reflexões contidas neste estudo projetam-se sobre dois elementos basilares: um alicerce bibliográfico e um alicerce arqueológico. As casas de turma foram estruturas habitacionais construídas ao longo da via-férrea e que serviram como moradia para famílias de trabalhadores deste empreendimento, seja durante a construção, seja durante a manutenção da ferrovia já em funcionamento.

https://doi.org/10.20396/rap.v13i2.8657323
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