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Cacos como patrimônio
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Palavras-chave

Cerâmicas
Louças
Herança
Patrimônio cultural

Como Citar

MEDEIROS, Maria Eduarda Soares Dias de; EVARISTO, Vanessa Dantas; HISSA, Sarah de Barros Viana. Cacos como patrimônio: o saber-fazer e o saber-usar. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 19, n. 00, p. e024005, 2024. DOI: 10.20396/rap.v19i00.8675508. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8675508. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

O patrimônio cultural brasileiro permeia várias facetas e diferentes valores, dentre eles o valor da memória. Ao pensar em patrimônio, diversos exemplos vêm à nossa mente, mas principalmente notórias expressões culturais e construções monumentais. Neste artigo propomos um olhar para a materialidade cotidiana, as louças valorizadas na herança, mas também as cerâmicas de barro, cujo saber-fazer é passado por gerações. Buscamos elevar essa materialidade como patrimônio cultural para além do olhar arqueológico, evidenciando os aspectos sensíveis contidos nas argilas. Nesse sentido, reforçamos que a distância entre o que entendemos como patrimônio arqueológico e como patrimônio cultural nada mais é do que um reflexo da ruptura epistemológica entre o período histórico e o presente contemporâneo.

https://doi.org/10.20396/rap.v19i00.8675508
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