Banner Portal
Arqueoturismo no cerrado e na amazônia: Dois pedaços de um mesmo pote
PDF

Palavras-chave

Turismo arqueológico. Brasília. Oficina lítica. Amazônia. Marajó

Como Citar

GODOY, Renata de. Arqueoturismo no cerrado e na amazônia: Dois pedaços de um mesmo pote. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 9, n. 2[12], p. 87–107, 2016. DOI: 10.20396/rap.v9i2.8642870. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8642870. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este artigo compara o Turismo Arqueológico, ou Arqueoturismo, em duas situações distintas no Brasil: um conjunto de sítios paleolíticos no Distrito Federal e um sítio colonial, onde o turismo tem sido explorado na Amazônia Brasileira, no Pará. Em Brasília, fruto de uma pesquisa de doutorado, o turismo foi analisado como uma opção de uso e de gestão do patrimônio com baixíssima visibilidade e consequente baixo potencial turístico. E na Amazônia, fruto de uma pesquisa em andamento de pós-doutoramento, o turismo tem sido avaliado enquanto ferramenta de preservação e de inclusão do público. Nas duas pesquisas, constata-se uma grande expectativa dos públicos em relação ao aproveitamento turístico, e o baixo aproveitamento da atividade nos sítios analisados até o momento. Nos dois estudos, notam-se benefícios de natureza coletiva, elencados como capitais simbólicos.

https://doi.org/10.20396/rap.v9i2.8642870
PDF

Referências

AAS, C.; LADKIN, A.; FLETCHER, J. Stakeholder collaboration and heritage management. Annals of Tourism Research, v. 32, n. 1, p. 28-48, 2005.

ALFONSO, L. P. O Patrimônio Arqueológico e sua Vinculação a Circuitos Turísticos não Convencionais no Brasil. História e-história. 4, 2009.

BAWAYA, M. Archaeotourism. In: VITELLI, K. D. e COLWELL-CHANTHAPHONH, C. (Ed.). Archaeological Ethics. Walnut Creek: AltaMira Press, 2006. p.158-164.

BEZERRA, M. Por uma Bricolage do Passado: Patrimônio Arqueológico, Artesanato e Comunidades Locais na Vila de Joanes, Ilha do Marajó, Amazônia. In: MONTENEGRO, M. e BUENOS, L. M. (Ed.). Multivocalidad y Activaciones Patrimoniales en Arqueología: Perspectivas desde Sudamerica. Buenos Aires: Universidad de Buenos Aires, 2014. p.no prelo.

BONIFACE, P. Tourism and Cultures: Consensus in the making? In: BONIFACE, P. e ROBINSON, M. (Ed.). Tourism and Cultural Conflicts. London: Biddles, 1999. p.287-306.

BONIFACE, P.; FOWLER, P. J. Heritage and tourism in "the global village". New York: Routledge, 1993.

BOURDIEAU, P. O Poder Simbólico. Rio de Janeiro: Bertran, 2000.

CALDWELL, L. Heritage tourism: a tool for economic development. In: WELLS, P. A. (Ed.). Keys to the Marketplace: Problems and Issues in Cultural and Heritage Tourism. Middlesex: Hisarlik, 1996. p.125-131.

CERQUEIRA, M.; PEREIRA, E. Arqueoturismo no estado do Amazonas - da teoria à prática: o caso da Gruta do Batismo Cadernos do LEPAARQ, v. XI n. 22, p. 168-186, 2014.

COGSWELL, R. Grassroots issues in cultural tourism. In: WELLS, P. A. (Ed.). Keys to the Marketplace: Problems and Issues in Cultural and Heritage Tourism. Middlesex: Hisarlik, 1996. p.1-17.

DARVILL, T. Value systems in archaeology. In: COOPER, M. A.;FIRTH, A., et al (Ed.). Managing archaeology. London: Routledge, 1995. p.40-50.

EASTERLING, D. Residents and Tourism: what is really at stake? Journal of Travel & Tourism Marketing v. 18, n. 4, p. 49-64, 2005.

FIGUEIREDO, A. M. L. A Função Turística do Patrimônio: questionamentos sobre a idéia de sustentabilidade do turismo cultural. Caderno Virtual de Turismo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 5, n. 4, p. 43-49, 2005.

FIGUEIREDO, S. J. D. L.; PEREIRA, E. S.; BEZERRA, M. Turismo e Gestão do Patrimônio Arqueológico. Belém: IPHAN, 2012. 196.

FIGUEIREDO, S. L.; PEREIRA, E.; BEZERRA, M. Turismo e Gestão do Patrimônio Arqueológico. Belém: Instituito do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, 2012.

FUNARI, P. P. A.; PINSKY, J., Eds. Turismo e Patrimônio Cultural. São Paulo: Editora Contexto, 1st ed. 2001.

GODOY, R. D. Public Archaeology and Heritage Value(S): learning from urban environments in central Brazil. 2012. 303 (PH.D.). Department of Anthropology, University of Florida, Gainesville.

GODOY, R. D. O Público e a Arqueologia: uma reflexão sobre os efeitos do turismo em sítios amazônicos. Plano de Estágio Pós-Doutoral. Belém: Universidade Federal do Pará. Programa de Pós-Graduação em Antropologia - PPGA. Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior – CAPES 2014.

GOVERNO. Amazônia. 2015a. Acesso em: 20 de Dezembro. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biomas/amaz%C3%B4nia

GOVERNO. Cerrado. 2015b. Acesso em: 20 de Dezembro. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biomas/cerrado

GRÜNEWALD, R. D. A. Indigenismo, turismo e mobilização étnica. In: GRABURN, N.;BARRETTO, M., et al (Ed.). Turismo e antropologia: Novas abordagens. São Paulo: Papirus Editora, 2009. p.97-118.

GUIMARÃES, A. M. Aproveitamento Turístico do Patrimônio Arqueológico no Municipio de Iranduba, Amazonas. 2012. (Doutorado). MAE/USP, Universidade de São Paulo, São Paulo.

GUTIERREZ, E. et al. Linking communities, tourism & conservation: a tourism assessment process. Washington: Conservation International,The George Washington University 2005.

HECKENBERGER, M. J. Entering the Agora: archaeology, conservation, and indigenous peoples in the Amazon. In: COLWELL-CHANTHAPHONH, C. e FERGUSON, T. J. (Ed.). Collaboration in archaeological practice: engaging descendant communities. Walnut Creek: AltaMira 2008. p.243-272.

JAMAL, T. B.; GETZ, D. Collaboration theory and community tourism planning. Annals of Tourism Research, v. 22, n. 1, p. 186-204, 1995.

LIMA, H. P.; MORAES, B. M.; PARENTE, M. T. V. "Tráfico" de material arqueológico, turismo, e comunidades ribeirinhas: experiências de uma arqueologia participativa em Parintins, Amazonas. Revista de Arqueologia Pública, n. 8, p. 61-77, 2013.

LOVATA, T. R. Archaeology as Built for the Tourists: The Anasazi Cliff Dwellings of Manitou Springs, Colorado. International Journal of Historical Archaeology v. 15, n. 2, p. 194-205, 2011.

LOW, S. M.; TAPLIN, D.; SCHELD, S. Rethinking urban parks: public space and cultural diversity. Austin: University of Texas Press, 2005. 226.

LUCAS, M. T. Applied archaeology and the construction of place at Mount Calvert, Prince George‟s County, Maryland. In: SHACKEL, P. A. e CHAMBERS, E. J. (Ed.). Places in Mind: Public Archaeology as Applied Anthropology. London, New York Routledge, 2004. p.119-134.

MACHADO, N. T. G.; LOPES, S. N.; GHENO, D. A. Arqueologia Histórica e a Problemática do Patrimônio: discussões acerca da preservação, turismo e educação patrimonial no Vale do Taquari. História, São Paulo, v. 28, n. 1, p. 575-587, 2009.

MANZATO, F. Turismo arqueológico no estado de São Paulo. História e-história. 4: 1-11 p. 2005.

MCDAVID, C. From „traditional‟ archaeology to public archaeology to community action. In: SHACKEL, P. A. e CHAMBERS, E. J. (Ed.). Places in Mind: Public Archaeology as Applied Anthropology. London, New York: Routledge, 2004. p.35-56.

MCGIMSEY, C. R. Public Archaeology. New York: Seminar Press, Inc, 1972.

MCKERCHER, B.; CROSS, H. D. Cultural Tourism: the partnership between Tourism and Cultural Heritage Management Binghamton: Haworth 2002.

MELLO, P. J. C.; DANTAS, J. D. M. M. Situação atual da atividade turística em São Cristóvão (Sergipe, Brasil). Revista de Arqueologia Pública, LAP/NEPAM/UNICAMP, n. 9, p. 95-110, 2014.

MERRIMAN, N. Introduction: diversity and dissonance in public archaeology. In: MERRIMAN, N. (Ed.). Public Archaeology. London: Routledge, 2004. p.1-17.

MIRANDA, R. D. S. Turismo Arqueológico: a potencialidade turística dos naufrágios, tesouros de terra e mar existentes no município de Mostardas-RS. 2010. (Bachelor). Curso de Turismo, Universidade Luterana do Brasil, Torres.

MOREIRA, G. L. Análise do Potencial Arqueoturístico na Comunidade de Moju-PA. V Encontro Nacional da Anppas. Florianópolis 2010.

NUŇES, T. Touristic Studies in Anthropological Perspective. In: SMITH, V. L. (Ed.). Hosts and Guests: the Anthropology of Tourism. Philadelphia: University of Pensylvania Press, 1989. p.265-279.

ONUMA, R. M. S. Turismo Arqueológico na cidade de São Paulo, em particular sobre o Pátio do Colégio. 2007. (Bachelor). Curso de Turismo, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” São Paulo.

PEREIRA, E.; FIGUEIREDO, S. L. Arqueologia e Turismo na Amazônia: Problemas e Perspectivas. Cadernos do LEPAARQ, v. 2, n. 3, p. 21-35, 2005.

PINTER, T. L. Heritage Tourism and Archaeology: critical issues. The SAA Archaeological Record 5: 9-11 p. 2005.

PORIA, Y.; BUTLER, R.; AIREY, D. The core of heritage tourism. Annals of Tourism Research, v. 30, n. 1, p. 238-254, 2003.

ROBINSON, M. Cultural conflicts in tourism: inevitability and inequality. In: BONIFACE, P. e ROBINSON, M. (Ed.). Tourism and Cultural Conflicts. London: Biddles, 1999. p.1-32.

SCATAMACCHIA, M. C. M. Turismo e Arqueologia. São Paulo: Aleph, 2005.

SCHAAN, D. P.; MARQUES, F. L. Por que não um filho de Joanes? Arqueologia e comunidades locais em Joanes, Ilha de Marajó. Revista de Arqueologia/Sociedade de Arqueologia Brasileira, São Paulo, v. 25, n. 1, p. 106-124, 2011.

SEABRA, G. Apresentação. In: SEABRA, G. (Ed.). Turismo de base local: identidade cultural e desenvolvimento regional. João Pessoa: Editora Universitária/UFPB, 2007. p.11-13.

SHACKEL, P. A. Introduction: Working with Communities – Heritage Development and Applied Archaeology. In: SHACKEL, P. A. e CHAMBERS, E. J. (Ed.). Places in Mind: Public Archaeology as Applied Anthropology. London, New York: Routledge, 2004. p.1-16.

SMITH, M. K. Issues in Cultural Tourism Studies. London: Routledge, 2003.

SWARBROOKE, J. The future of the past: Heritage tourism into the 21st century. In: SEATON, A. V. (Ed.). Tourism: The State of the Art. New York: John Wiley & Sons, 1994. p.222-229.

UNESCO. World Heritage List - Brasília. 2015. Acesso em: 20 de Dezembro. Disponível em: http://whc.unesco.org/en/list/445.

VELOSO, T. P. G.; CAVALCANTI, J. E. A. O turismo em sítios arqueológicos: algumas modalidades de apresentação do patrimônio arqueológico. Revista de Arqueologia, n. 20, p. 155-168, 2007.

Revista Arqueologia Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.