Banner Portal
Arqueotextura e o esboço de uma antecipação: o principio simétrico na escrita dos atos, materiais e ambientes.
PDF

Palavras-chave

Teoria arqueológica. Teoria antropológica. Etnografia. Simetria. Escrita

Como Citar

NOVAES, Luciana de Castro Nunes. Arqueotextura e o esboço de uma antecipação: o principio simétrico na escrita dos atos, materiais e ambientes. Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 12, n. 1[20], p. 47–69, 2018. DOI: 10.20396/rap.v12i1.8652675. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8652675. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Esse artigo possui como objetivo discutir os vínculos científicos estabelecidos entre ato e analogia, em sua dimensão sincrônica, enquanto método na associação com a etnografia e em sua dimensão diacrônica, enquanto modo de explanação temporal. Em seguida a escrita da Arqueologia é descentralizada a partir do princípio simétrico e colocada à questão sobre como descrever os materiais e os ambientes. Como terceiro tópico é apresentado panorama crítico dos contrastes convergência entre Arqueologia e Etnografia, e como quarto tópico é narrada à dimensão oculta da materialidade como um aspecto da associação do religioso pela ciência arqueológica.

https://doi.org/10.20396/rap.v12i1.8652675
PDF

Referências

AB’ SABER, Aziz Nacib “O homem dos terraços de Xingó”. Cadernos de Arqueologia. Aracaju: UFS / CHESF - Petrobrás / PAX, Documento 6,1997, 14p.

ASCHER, R. Analogy in archaeological interpretation. Southwestern Journal of Anthropology, v. 17, p. 317-325, 1961.

BEZERRA, Marcia. Os sentidos contemporâneos das coisas do passado: reflexões a partir da Amazônia. , n.7, julho, Campinas: LAP/NEPAM/UNICAMP, 2013.

BLOOR, David. Conhecimento e imaginário social. São Paulo: UNESP, 2009.

CASTAÑEDA, Q. E. The ‘Ethnographic Turn’ in Archaeology. Research Positioning and Reflexivity in Ethnographic Archaeologies. In: CASTAÑEDA, Q. E MATTHEWS, C. N. (Eds.). Ethnographic Archaeologies: reflections on stakeholders and archaeological practices. Plymouth: Altamira Press, 2008, p. 25-61.

CABRAL, Mariana Petry. No tempo das pedras moles: arqueologia e simetria na floresta. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Pará, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia, Belém, 2014.

CALDERÓN, Valentin. Breve notícia sobre a arqueologia de duas regiões do Estado da Bahia. PRONAPA, Resultados preliminares do 4o ano - 1968 - 1969, Museu Paraense Emílio Goeldi, Belém-PA, 15p. 1971.

COPÉ, Silvia Moehlecke. Narrativas espaciais das ações humanas. História e aplicação da arqueologia espacial como teoria do médio alcance: o caso das estruturas semi-subterrâneas do planalto Sul-brasileiro. Revista de Arqueologia, SAB, volume 19, 2006.

CLIFFORD, James. A Experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: UFRJ, 1998.

DAVID, Nicholas and KRAMER, Carol. Teorizando a etnoarqueologia e a analogia. Horiz. antropol. [online]. 2002, vol.8, n.18, pp.13-60.

Eremites de Oliveira, J. 2006. Cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira: um estudo por ocasião da discussão sobre tradicionalidade da ocupação Kaiowá na terra indígena Sucuri'y. Revista de Arqueologia SAB. 19 29-49.

FAGAN, B. 1998. From Black Land to Fifth Sun. Reading, Mass.: Addison-Wesley.

Gnecco, C. 2009. Arqueo-etnografia de Tierradentro. Revista de Arqueologia SAB. 26 (1): 16-27.

GONZÁLEZ RUIBAL, A. (ed.). Arqueología Simétrica. Un Giro Teorico sin Revolucion Paradigmática, Complutum 18, 287–291.

GOULD, R. A. Living Archaeology. New York: Cambridge University Press, 1980.

GOULD, R. & SCHIFFER, M.B. 1981. Modern material culture: The archaeology of us. New York: Academic.

HARAWAY, Donna; et al (orgs.) 2009. Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica Editora.

HARRISON, R. 2011. Surface assemblages. Towards and archaeology in and of the present. Archaeological Dialogues 18(2): 141-61.

HECKENBERGER, M.; NEVES, E. & PETERSEN, J. De onde surgem os modelos? As origens e expansões Tupi na Amazônia Central. Revista de Antropologia; USP; v.41; nº1; 1998; p.69 -96.

INGOLD, Tim. 2015. Prólogo e Parte I. Estar vivo: ensaios sobre movimento, conhecimento e descrição. Rio de janeiro, Vozes.

INGOLD, Tim. 2016. Chega de Etnografia! In: Educação (Porto Alegre), v. 39, n. 3.

Joyce, Rosemary, “Writing Historical Archaeology,” in Dan Hicks and Mary C. Beaudry, eds., The Cambridge Companion to Historical Archaeology. Cambridge: Cambridge University Press, 2006: 48-65.

JOHNSON, Mathew. Teoria Arqueológica. Barcelona: Ariel. 2000.

JONES, Siân .The Archaeology of Ethnicity. Constructing identities in the past and present. Londres, Routledge, 1997

KENT, S. Understanding the use of space: an ethnoarchaeological approach. In: KENT, S. (Ed.). Method and theory for activity area research: an ethnoarchaeological approach. New York: Columbia University Press, 1987. p. 1-60.

LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. 2ª edição. Rio de Janeiro: Editora 34, 2009.

LATOUR, Bruno. 2012. Introdução; Parte I. Reagregando o Social: uma introdução à Teoria do Ator-Rede. Salvador: EDUFBA.

LATOUR, Bruno. 2015. Faturas/Fraturas: da noção de rede à noção de vínculo. In: Revista Ilha, v.17, n.2.

LITTLE, Barbara J. Text-Aided Archaeology, ed. by Barbara J. Little, pp. 1–6. CRC Press, Boca Raton, FL, 1992.

MAUSS, Marcel (2003 [1912]). Sociologia e Antropologia. São Paulo: Cosac & Naify.

MENESES, Ulpiano T. B. A cultura material no estudo das sociedades antigas. In: Revista de História, n.115, FFLCH, São Paulo, 1998.

NOVAES, Luciana de Castro N. 2013. A borda do mar como um lugar cultural: Arqueologia de Praias e a dialética étno-marítima do patrimônio imaterial do sítio da Preguiça, Salvador/Bahia. Tese de doutorado. Laranjeiras, PROARQ. Universidade Federal de Sergipe, pp.255, 2017.

RABINOW, P. Antropologia da razão: ensaios de Paul Rabinow. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.

RENFREW, C. 1994. The Archaeology of Religion. In Renfrew, C. and Zubrow, E. (eds), The Ancient Mind. Cambridge: Cambridge University Press, pp. 47–54.

SÁ, Guilherme. 2013. No mesmo galho: antropologia de coletivos humanos e animais. Rio de Janeiro: 7Letras.

SANTOS GRANERO, Fernando. The Occult Life Of Things: native amazonian theories of materialization and personhood. Tucson, University of Arizona Press, 2009.

SCHIAVETTO, S. N. de O. Identidades, discurso e poder: Estudos da arqueologia contemporânea. São Paulo: Annablume/Fapesp, 2005.

Senatore, Maria Ximena; Zarankin, Andrés. Perspectivas Metodológicas en Arqueología Histórica. Reflexiones sobre la utilización de la evidencia documental. Páginas sobre Hispanoamérica Colonial. n 4. PRHISCO-CONICET, Buenos Aires 1996-7.

Shanks M e C. Tilley 1987, Re-Constructing Archaeology: Theory and Practice. Cambridge: Cambridge University Press

STRATHERN, Marilyn. 2014. Sem cultura e sem natureza: o caso Hagen. In: O Efeito Etnográfico e Outros Ensaios.

SYMANSKI, L. C. P. O Domínio da Tática: práticas religiosas de origem africana nos engenhos de Chapada dos Guimarães (MT). Vestígios - Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, v. 1 (2), p. 7-36, 2007.

Silva, F. A. 2000. As Tecnologias e Seus Significados. Um Estudo da Cerâmica sob uma Perspectiva Etnoarqueológica. Tese de Doutorado. Departamento de Antropologia/ Faculdade de Ciências Humanas, USP. São Paulo. 244p.

Silva, F. A. Etnoarqueologia: uma perspectiva arqueológica para o estudo da cultura material. Métis: História & Cultura , Caxias do Sul, 8 (16): 121-139, 2009.

TARDE, Gabriel. 2007. A variação universal; A ação dos fatos futuros; Os possíveis. In: Monadologia e Sociologia e Outros Ensaios. São Paulo: Cosac Naify.

Trigger, Brice. A História do Pensamento Arqueológico. São Paulo : Odysseus, 2004.

TUHIWAI SMITH, L. Decolonizing Methodologies: Research and Indigenous Peoples. London & New York: Zed Books Ltd,1999.

VARGAS, Eduardo Viana. Gabriel Tarde e a diferença infinitesimal. In: Monadologia e Sociologia e Outros Ensaios. São Paulo: Cosac Naify.

WOBST, H. M. The archaeo-ethnology of Hunter-Gatherers or the tyranny of the ethnographic ecord in archaeology. American Antiquity, v. 43, n. 2, p. 303- 309, 1978. WYLIE, A. An analogy by any other name is just as analogical: a commentary on the Gould-Watson dialogue. Journal of Anthropological Archaeology, 1982. v. 1, p. 382-401.

WEBMOORE, T. & WITMORE. Coisas são nós! Um comentário sobre as relações humano/coisas sob a bandeira da Arqueologia “Social”. VESTÍGIOS – Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica Volume 10 | Número 2 | Julho – Dezembro 2016.

WHITE, Hayden. The value of narrativity in the representation of reality. Critical Inquiry, Chicago, v. 7, n. 1, “On Narrative”, p. 5-27, outono 1980.

VIVEIROS DE CASTRO, Eduardo. A inconstância da alma selvagem. São Paulo, Cosac Naify, 2002.

VIVEIROS DE CASTRO, E. e DANOWSKI, Debora. 2014. Há mundo porvir? Ensaio sobre os medos e os fins. Desterro (Florianópolis): ISA.

Revista Arqueologia Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.