Banner Portal
Ancestrais, tartarugas e moisés – interface dialógica entre arqueologia e antropologia na etnografia dos hupd’äh (Rio Negro)
PDF

Palavras-chave

Ancestralidade. Etnoarqueologia. Hupd’äh
Maku

Como Citar

POUGET, Frederic Mario Caires; RAMOS, Danilo. Ancestrais, tartarugas e moisés – interface dialógica entre arqueologia e antropologia na etnografia dos hupd’äh (Rio Negro). Revista Arqueologia Pública, Campinas, SP, v. 8, n. 1[9], p. 6–22, 2015. DOI: 10.20396/rap.v8i1.8635662. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rap/article/view/8635662. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

O artigo visa problematizar a noção de ancestralidade, recurso conceitual comum aos temas de patrimônio e à interpretação arqueológica. Para tanto, utilizamos aportes teóricos da antropologia e da arqueologia em diálogo com a experiência etnográfica junto aos Hupd’äh - Maku (Alto Rio Negro). Esse povo parece associar um aspecto de ancestralidade da mitologia bíblica judaica cristã às sua própria noção de ancestralidade. Pretende-se demonstrar como os contextos arqueológicos associados etnograficamente podem complexificar as noções de patrimônio (material e imaterial) e de ancestralidade. 

https://doi.org/10.20396/rap.v8i1.8635662
PDF

Referências

ALBERTI, Benjamin et al. “Worlds Otherwise: Archaeology, Anthropology, and Ontological Difference”. Current Anthropology, 52.6 p. 896-912. 2011

ATHIAS, Renato. Hupdah-Maku/Tukano: les rélations inègales entre deux societés du Uaupés Amazonien (Brésil). Tese. Doutorado em Antropologia. Université de Paris X Nanterre, Paris. 1995.

ATHIAS, Renato. Os Hupd'äh. In. RAMIREZ, Henri. A Língua dos Hupd'äh do Alto Rio Negro. São Paulo, ed. Associação Saúde Sem Limites, 2006.

BENJAMIN, Walter. “The Work of Art in the Age of Mechanical Reproduction.” In Illuminations (Trans. Harry Zohn), edited by W. Benjamin, p.217–251. London: Fontana. 1992

BEZERRA, Marcia. “Um breve ensaio sobre patrimônio arqueológico e povos indígenas”.Revista da SAB. v. 24, n° 2 DEZEMBRO, v. 24, n. 1, p. 74-85. 2011.

BEZERRA, Marcia. “Os Sentidos Contemporâneos Das Coisas Do Passado: Reflexões A Partir Da Amazônia”. Revista de Arqueologia Pública, Campinas, n° 7, julho 2013.

BÍBLIA, Livro Êxodo. Bíblia Sagrada. Edição Pastoral, São Paulo, ed. Paulus, 1990a.

BINFORD, L. R. “Methodological considerations of the archaeological use of ethnographic data”. In: LEE, R. B.; DEVORE, I. (Eds.). Man the Hunter. New York: Aldine:p.268-273. 1968

BINFORD, L. R. “Smudge pits and hide smoking: the use of analogy in archaeological reasoning”. American Antiquity, v. 32, n° 1:p.1-12, 1967

CANCLINI, N. G.. “O Patrimônio Cultural e a Construção Imaginária do Nacional”. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, 23: p.94-115. 1994.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela. “Pontos de vista sobre a floresta amazônica”. Revista Mana. Museu Nacional, Rio de Janeiro. Vol.4 n 1. p. 23-45, 1998.

CARNEIRO DA CUNHA, Manuela . “Espace funéraire, eschatologie et culte des ancêtres: encore le probléme des paradigmes africains". In: Societé International des Américanistes.

(Org.). Actes du LLéme Congrès International des Américanistes. Paris: CNRS, v. 2, p. 276-295. 1976

COELHO DE SOUZA, Marcela. “A cultura invisível: conhecimento indígena e patrimônio imaterial”. In: Anuário Antropológico/2009, Brasília, v. 1 :149-174, 2010.

DELEUZE.G. & GUATTARI, F. Mil platôs. Vol 1. São Paulo, Ed. 34, 1995.

EPPS, Petience. A grammar of Hup. 2005. 799 f. Ph.D Dissertation -Linguistic anthropology. University of Virginia and Max Planck Institute for Evolutionary Anthropology. Virginia. 2005.

EREMITES DE OLIVEIRA, J. “Cultura material e identidade étnica na arqueologia brasileira: um estudo por ocasião da discussão sobre a tradicionalidade da ocupação kaiowá da Terra Indígena Sucuri'y”. Revista de Arqueologia (Sociedade de Arqueologia Brasileira. Impresso), v. 19: 29-50, 2007.

ERIKSON, Philippe. “Faces from the Past. Just how'Ancestral'are Matis' Ancestor Spirit'Masks?”, In Time and Memory in Indigenous Amazonia. Anthropological Perspectives.

FAUSTO, Carlos & HECKENBERGER, Michael. Gainesville: University Press of Florida, p. 219-242, 2007.

FAUSTO, Carlos & HECKENBERGER, Michael. (Eds.)Time and Memory in indigenous Amazonia: anthropological perspectives. University Press of Florida, 2007.

GNECCO, C. & AYALA, P. (Eds.) Indigenous Peoples and Archaeology in Latin America. Left Coast Press, 2011.

GONÇALVES, J.R. 2003. “O Espírito e a Matéria: o patrimônio como categoria de pensamento”. Habitus, v. 1, n° 2:459-468, 2003.

GOW, Peter. An Amazonian myth and its history. New York, Oxford University Press, 2001.

HODDER, I. The present past. NewYork, Pica Press, 1982.

HOUSEMAN, Michael & SEVERI, Carlo. Naven ou le donner à voir Essai d'Interprétation de l'Action Rituelle. Paris: CNRS-Éditions, 2009.

HUGH-JONES. S. “Coca, Beer, Cigars and Yagé”. In: GOODMAN, J.; LOVEJOY, P. & SHERRAT, A. (org.). Consuming Habits: Drugs in History and Anthropology. New York, Routledge, p. 47-66 .1995.

INGOLD, Tim. The perception of the environment. London, Routledge, 2000.

LYDON, Jane; RIZVI, Uzma Z. (Ed.). Handbook of postcolonial archaeology, New York. Left Coast Press. 2010.

MYERS, F. R. “Ancestral Connections: Art and an Aboriginal System of Knowledge. Howard Morphy- Review”. American Ethnologist, 22: 1040–1041. 1995.

NEVES, Eduardo G. “A Arqueologia na Antropologia Brasileira: História Indígena sem Paleoetnografias Passado”. ANPOCS, 1998.

POUGET, F. M. C. Práticas arqueológicas e alteridades indígenas. 2010. Dissertação de Mestrado. Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. 2010.

PYBURN, K. A. “Why Archaeology Must Be a Science”. Habitus, 3 (2): 221-240, 2005.

REID, Howard. Some aspects of movement, growth and change among the Hupdu Maku Indians of Brazil. . 1979. Dissertation. Faculty of Archaeology and Anthropology, University of Cambridge. . 1979

SEVERI, Carlo. La memoria ritual. Castilla, Ediciones Abya-Yala, 1996.

SILVA, Fabíola A. “Etnoarqueologia: uma perspectiva arqueológicapara o estudo da cultura material”. MÉTIS: história & cultura, v. 8, n°. 16, jul./dez. 2009.

TAYLOR, Anne C. “L'oubli des morts et la mémoire des meurtres: expériences de l'histoire chez les Jivaro”, Terrain, Paris, n° 28, 1998.

TURNER, Victor. The forest of symbols: aspects of Ndembu ritual. Ithaca: Cornell University Press, 1967.

TURNER, Victor. O processo ritual: estrutura e anti-estrutura. Petrópolis: Vozes, 1974.

TURNER, Victor. From ritual to theatre: the human seriousness of play. New York: PAJ Publications, 1982.

TURNER, Victor. The anthropology of performance. New York: PAJ Publications, 1988.

SCHOUTEN, André-Kées. Do estruturalismo ao perspectivismo, uma história de vencedores nas terras baixas sul americanas. 2010. [no prelo]

WRIGHT, Robin. História indígena e do indigenismo no Alto Rio Negro. São Paulo, ed. ISA/ Mercado das Letras, 2005.

Revista Arqueologia Pública utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

Downloads

Não há dados estatísticos.