Resumo
O trabalho analisa as especificidades da geração de inovações por empresas de pequeno porte, destacando-se, em especial, as possibilidades advindas das interações de pequenas empresas com instituições de ensino/pesquisa em arranjos produtivos locais. Apresenta-se, inicialmente, uma discussão teórico/conceitual fundamentada em desenvolvimentos recentes do enfoque neo-schumpeteriano. Na seqüência, são apresentados alguns dados de duas aglomerações presentes no estado de Minas Gerais, a saber, a aglomeração de empresas de eletrônica/telecomunicações de Santa Rita do Sapucaí e a de biotecnologia de Belo Horizonte. A pesquisa de campo obteve dados, nos quais as conclusões deste trabalho se baseiam, sobre a geração de inovações bem como sobre as fontes de informação utilizadas pelas empresas neste processo.Referências
Acs, J.Z.; Audretsch, D.B., Innovation and Small Firms, Massachusetts: MIT Press, 1990.
Audretsch, D.B. Small Business in Industrial Economics: the new learning. Revue d’Economie Industriell, n. 67, 1994.
Audretsch, D.B.; Vivarelli, M., “Small firms and R&D spillovers: Evidence from Italy”, Revue d’Economie Industriell, n.67, 1994.
Baêta, A.M.C. et al.. Small And Medium-Sized Biotechnology Companies in The State of Minas Gerais – Innovation And Clusters Development. 6th Conference on Technology Policy and Innovation: Integrating Regional and Global Iniciatives in the Learning Society. KIOTO: ICTPI KANSAI Science City, 2002.
Baptista, R.; Swann, P, “Do firms in clusters innovate more?”, Research Policy, n.27, p.525-540, 1990.
BIOMINAS. Parque Nacional de Empresas de Biotecnologia. Mimeo, BIOMINAS, Belo Horizonte, 2001.
Carlsson, B.O., “Flexibility and the theory of the firm”, International Journal of Industrial Organization, n.7, p.179-203, 1989.
Cassiolato, J.E.; Szapiro, M., Arranjos e sistemas produtivos e inovativos locais no Brasil. IE/UFRJ, Rio de Janeiro, 2002. Disponível em www.ie.ufrj.br/redesist.
Cassiolato, J.E.; Brito, J.N.P.; Vargas, M.A., “Arranjos cooperativos e inovação na indústria brasileira”, in Negri, J.A.; Salerno, M.S. (orgs.), Inovações, Padrões Tecnológicos e Desempenho das Firmas Industriais Brasileiras, Rio de Janeiro: IPEA, 2005.
Dosi, G., “Sources, Procedures, and Microeconomics Effects of Innovation”, Journal of Economic Literature, vol. XXVI, p.120-1171, set., 1988.
Fajnzylber, P., Fatores de Competitividade e Barreiras ao Crescimento no Pólo de Biotecnologia de Belo Horizonte, Belo Horizonte: Departamento de Economia/CEDEPLAR, 2001.
FIEMG, Cluster de Biotecnologia: Belo Horizonte – Minas Gerais/Brasil, Mimeo, FIEMG, Belo Horizonte, 2000.
FINEP, CNI e MCT, A indústria e a questão tecnológica, Brasília, 2002.
Galli, R.; Teubal, M., Paradigmatic Shifts in National Innovation Systems. Systems of Innovation: Technologies, Institutions and Organizations, Londres e Washington:. Pinter, p.342-70, 1997.
INATEL, Santa Rita do Sapucaí. Disponível em: www.inatel.br. Acesso em: 17 ago.2004.
Instituto Euvaldo L., “Diagnóstico do Setor de Biotecnologia em Minas Gerais – Desafios Rumo a 2010”, Resumo Executivo, Belo Horizonte, 2004.
Judice, V.M.M.; Baêta, A.M.C., “Clusters em Bioindústria e Biotecnologia em Minas Gerais - habitats construídos de inovação, competitividade e desenvolvimento regional. Gestão & Tecnologia”, Revista Fundação Pedro Leopoldo, Pedro Leopoldo: v.1, p.155-70, 2002.
Lemos, M.B., A Construção de Redes Locais de Inovação sob Condições Periféricas: o Caso da Biotecnologia na Aglomeração de Belo Horizonte, CEDEPLAR/ UFMG, 1998.
OECD, Small and Medium-sized Enterprises: Technology and Competitiveness, Paris, 1993.
OECD, Boosting Innovation – The Cluster Approach, Paris, 1999.
Pavitt, K., “Some foundations for a theory of the large innovating firm”, in Dosi, G.; Giannetti, R.; Toninelli, P.A., Technology and Enterprise in a Historical perspective, Oxford: Clarendon Press, 1992.
PINTEC, Pesquisa Industrial Inovação Tecnológica 2000, FINEP, IBGE, MCT e MPOG, Rio de Janeiro, 2000.
PINTEC, Pesquisa Industrial Inovação Tecnológica 2000, FINEP, IBGE, MCT E MPOG, Rio de Janeiro, 2003.
Piore, M.J.; Sabel. C.F., The Second Industrial Divide: Possibilities for Prosperity, Nova York: Basic Books, 1984.
Rizzoni, A., “Technology and organization in small firms: an interpretative framework”, Revue D’Économie Industriell, n.67, 1994.
Rothwell, R.; Beesley, M., “The importance of technology transfer”, in Barber, J.; Metcalfe, J.S.; Porteus, M., Barriers to Growth in Small Firms, Londres e Nova York: Routledge, 1989.
Sabel, C. et al., Regional prosperities compared: Massachussets and BadenWürttemberg. HILPERT, U. Regional Innovation and Decentralization – High tech industry and government policy, Londres: Routledge, 1991.
Souza, M.C.A.F., Pequenas e médias empresas na reestruturação industrial. Ed. SEBRAE, 1995.
Steindl, J., Pequeno e grande capital, São Paulo: Ed. Hucitec/Ed. Unicamp, 1990.
Storey, D.J.; Tether, B.S., “Public policy measures to support new tecnology-based firms in the European Union”, Research Policy, v.26, n.9, p.1.037-1.057,1998.
Symeonidis, G., “Innovation, Firm Size and Market Structure: Schumpeterian Hypotheses and some new themes”, Paris: OECD Economic Studies, n.27, 1996.
Tether, B.S.; Smith, I.J.; Thwaites, A.T., “Smaller enterprises and innovation in the UK: the SPRU Innovations Database revisited”, Research Policy, n.26, p.19-32, 1997.
Utterback, J.M., Dominando a Dinâmica da Inovação, Rio de Janeiro: Ed. Qualitymark, 1996.
O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.