Banner Portal
Uma avaliação exploratória do Fundo Setorial da Saúde
PDF

Palavras-chave

Fundos setoriais. Financiamento tecnológico. Inovação. Saúde.

Como Citar

Uma avaliação exploratória do Fundo Setorial da Saúde. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 10, n. 2, p. 343–370, 2011. DOI: 10.20396/rbi.v10i2.8649019. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649019. Acesso em: 25 maio. 2025.

Resumo

A instituição dos Fundos Setoriais (FS), dentro do contexto do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), significou uma mudança importante no financiamento tecnológico brasileiro, por tratar setores industriais dentro de suas particularidades. O objetivo do presente artigo é estudar o Fundo Setorial da Saúde (CT-Saúde), valendo-se de base de dados inédita disponibilizadas pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Dentre os principais resultados, pode-se destacar (i) participação modesta do CT-Saúde dentro dos financiamentos ao Sistema Setorial de Inovação da Saúde; (ii) objetivos próximos às políticas de saúde pública (especificamente às necessidades do SUS); (iii) baixa relevância das firmas industrias e pouca interação entre estas e universidades e institutos de pesquisa e (iv) fragmentação das estratégias de financiamento, a se contar os repasses realizados por demais CT de financiamento horizontal.
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, E. M. National systems of innovation and Non-OECD countries: notes about a rudimentary and tentative typology. Brazilian Journal of Political Economy, São Paulo, v. 19, n. 4, p.35-52, out./dez. 1999.

ALBUQUERQUE, E. M.;CASSIOLATO, J. E. As especificidades de inovação do setor saúde. Revista de Economia Política, v. 22, n. 4 (88), out./dez. 2002.

BASTOS, V. D. Fundos públicos para ciência e tecnologia. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 10, n. 20, p. 229-260, dez. 2003.

BRESCHI, S.; MALERBA, F. Sectoral Innovation Systems: technological regimes, schumpeterian dynamics, and spatial boundaries. In: EDQUIST, C. (Ed.). Systems of Innovation: technologies, institutions and organizations. London: Pinter, 1997, p. 130-156.

CALIARI, T.; RUIZ, R. M. A indústria farmacêutica e os medicamentos genéricos: as intenções políticas e os impactos não planejados. In: SALERNO,M. J.; DE NEGRI, J. A.; TURCHI, L. M.; Morais, J. M. (Orgs.). Inovação: estudos de jovens pesquisadores brasileiros. 1 ed. São Paulo: Papagaio, v. 2, 2010, p. 392-428.

CHAVES, C. V.; ALBUQUERQUE, E. M. Desconexão do sistema de inovação do setor saúde. Economia Aplicada, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 523-539, out./dez. 2006.

CONSOLI, D.; MINA, A. An evolutionary perspective on health innovation systems. Journal of Evolutionary Economics, n. 19, p, 297-319, 2009.

CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO (CGU). Relatório de auditoria anual de contas da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Disponível em: http://www.cgu.gov.br/relatorios/ra224559/RA224559.pdf. Acesso em: 2 jun. 2010.

DE NEGRI, J. A., KUBOTA. L. C. (Orgs.). Políticas de Incentivo à Inovação Tecnológica no Brasil. Ipea, Brasília, 2008. 607p.

DE NEGRI, J. A.; DE NEGRI, F.; LEMOS, M. B. O impacto do Programa FNDCT sobre o desempenho e o esforço tecnológico das empresas industriais brasileiras. In.: DE NEGRI, J. A.; KUBOTA. L. C. (Orgs.). Políticas de incentivo à inovação tecnológica no Brasil. Brasília: Ipea, 2008.

FINEP – Financiadora de Estudos e Projetos. Objetivos do CT-Saúde. Disponível em: http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/ct_saude/ct_saude_ini.asp. Acesso em: 30 abr. 2010.

FREEMAN, C. The National System of Innovation in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, n. 19, p. 5-24, 1995.

GADELHA, C. A. G.; QUENTAL, C.; FIALHO, B. C. Saúde e inovação: uma abordagem sistêmica das indústrias da saúde. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, n. 1, p. 47-59, jan./fev. 2003.

GADELHA, C. A. G. O complexo industrial da saúde: desafios para uma política de inovação e desenvolvimento. In.: BRASIL, Ministério da Saúde. Saúde no Brasil: contribuições para a agenda de prioridades de pesquisa. Brasília: Ministério da Saúde, 2004.

GADELHA, C. A. G. Complexo econômico-industrial da saúde: visão geral. Seminário Valor Econômico, 2010.

GELIJNS, A.; ROSENBERG, N. The changing nature of medical technology development. In.: ROSENBERG, N.; GELIJNS, A.; DAWKINS, H. Sources of medical technology: universities and industry. Washington: National Academy, 1995 (Medical Innovation at the Crossroads, v. 5).

HICKS, D.; KATZ, J. Hospitals: the hidden research system. Science and Public Policy, v. 23, n. 5, p. 297-304, October 1996.

LUNDVALL, B-A. (Ed.), National Systems of Innovation: towards a theory of innovation and interactive learning. London: Pinter Publishers, 1992.

LUNDVALL, B-A.; JOHNSON, B.; ANDERSEN, E. S.; DALUM, B. National systems of production, innovation and competence building. Research Policy, 31, 213–231, 2002.

MALERBA, F. Sectoral systems of innovation and production. Research Policy, n. 31, p. 247-264, 2002.

MALERBA, F. Sectoral Systems of Innovation: concepts, issues and analyses of six major sectors in Europe. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

MCKELVEY, M. Evolutionary innovation: the bussiness of biotechnology. Oxford: Oxford University Press, 1996.

MCKELVEY, M.; ORSENIGO, L.; PAMMOLLI, F. Pharmaceuticals analyzed through the lens of a sectoral innovation system. In.: MALERBA, F. Sectoral Systems of Innovation: concepts, issues and analyses of six major sectors in Europe. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.

MILANEZ, A. Y. Os fundos setoriais são instituições adequadas para promover o desenvolvimento industrial do Brasil? Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v. 14, n. 27, p.123-140, jun. 2007.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, n. 13, p. 343–373, 1984.

PHARMACEUTICAL RESEARCH AND MANUFACTURERS OF AMERICA (PhRMA). About the Biopharmaceutical Sector. Disponível em: http://www.phrma.org/issues/aboutbiopharmaceutical-sector Acesso em: 11 maio 2011.

PEREIRA, N. M. Fundos setoriais: avaliação das estratégias de implementação e gestão. Brasília: Ipea, 2005 (Texto para discussão, n. 1.136).

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.