Banner Portal
Regime tecnológico e ambiente de inovação para o setor de serviços de telecomunicação brasileiro
PDF

Palavras-chave

Telecomunicações. Ambiente de inovação. Regime tecnológico. Teoria evolucionária Neoschumpeteriana.

Como Citar

REZENDE, Adriano Alves de; TOYOSHIMA, Silvia Harumi. Regime tecnológico e ambiente de inovação para o setor de serviços de telecomunicação brasileiro. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 13, n. 2, p. 281–310, 2014. DOI: 10.20396/rbi.v13i2.8649080. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649080. Acesso em: 27 abr. 2024.

Resumo

Este artigo analisa o desenvolvimento do setor de serviços de telecomunicação brasileiro à luz da teoria evolucionária neoschumpeteriana. Buscou-se verificar se as características do regime tecnológico brasileiro adequam-se às do cenário internacional, mapear o ambiente de inovação onde os serviços de telecomunicação se inserem e analisar se o Estado, pós-privatização do setor, fomentou a construção de um regime tecnológico e de um ambiente de inovação capazes de promover o desenvolvimento brasileiro. A pesquisa desenvolveu-se mediante análise documental e de dados das Pesquisas de Inovação Tecnológica (2005 e 2008). O regime tecnológico foi estabelecido segundo a taxonomia de Marsili (2001). Concluiu-se que o regime tecnológico dos serviços de telecomunicação brasileiros possui similaridades com o padrão norte-americano e que o setor tende a ser supplier dominated. O ambiente de inovação demonstrou que a estrutura legal-organizacional específica para os serviços de telecomunicação não acompanha o dinamismo inovativo do setor. Já a estrutura que não é específica para sistemas de telecomunicação é que fomenta o ambiente de inovação.

https://doi.org/10.20396/rbi.v13i2.8649080
PDF

Referências

ANATEL – Agencia Nacional de Telecomunicações. Disponível em: http://www.anatel.gov.br. Acesso em: 16 jul. 2012.

BRASIL. Decreto n. 6.654, de 20 de novembro de 2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Decreto/D6654.htm. Acesso em: 30 out. 2010.

BRASIL. Lei n. 11.196, de 21 de novembro de 2005. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2005/lei/L11196.htm. Acesso em: 30 out. 2010.

BRASIL. Lei n. 10.973, de 2 de dezembro de 2004. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm. Acesso em: 30 out. 2010.

BRASIL. Decreto n. 2.534, de 2 de abril de 1998. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d2534.htm. Acesso em: 30 out. 2010.

BRASIL. Lei n. 9.472, de 16 de julho de 1997. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil/leis/L9472.htm. Acesso em: 29 ago. 2010.

BRASIL. Emenda Constitucional n. 8, de 15 de agosto de 1995. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc08.htm. Acesso em: 14 jun. 2012.

CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Disponível em: http://www.cnae.ibge.gov.br/. Acesso em: 7 out. 2011.

DROEGE, H.; HILDEBRAND, D.; FORCADA, M. H. Innovation in services: presente findings, and future pathways. Journal of Service Management, v. 20, n. 2, p. 131-155, 2009.

DOSI, G. Institutions and markets in a dynamic world. The Manchester School of Economic & Social Studies, v. 56, n. 2. p. 119-46, jun. 1988a.

DOSI, G. Sources, produces and microeconomic effects of inovation. Journal of Economic Literature, v. 26, n. 3. p.1120-171, set. 1988b.

DE NEGRI, F.; RIBEIRO, L. C. Tendências tecnológicas mundiais em telecomunicações. Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, n. 10, p.7-12, out. 2010.

DUTRA, L. S. Inovação na telecomunicação: a convergência de serviços. Inovação Uniemp, v. 3, n. 6, dez.2007. Disponível em: http://inovacao.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1808-23942007000600008&lng=pt&nrm=iso. Acesso em: 20 fev. 2013.

FRANSMAN, M. Innovation in the new ICT ecosystem. Communications & Strategies, n. 68, 4th Quarter. p. 89-110, 2007.

FRANSMAN, M. Knowledge and Industry Evolution: the mobile communications industry evolved largely by getting things wrong. In: DRUID Summer Conference 2003 on creating, sharing and transferring knowledge. Copenhagen, June, 2003.

FREITAS, F. H. As telecomunicações no Brasil e os desafios da regulação da concorrência. In: VII Congresso Internacional del CLAD sobre la reforma del estado y de la administración pública. Lisboa, 2002. Disponível em: http://unpan1.un.org/intradoc/groups/public/documents/clad/clad0044310.pdf. Acesso em: 05 ago. 2010.

GADREY, J.; GALLOUJ, F.; WEINSTEIN, O. New modes of innovation: how services benefit industry. International Journal of Service Industry Management, v. 6, n. 3, p. 4-16, 1995.

GALINA, S. V. R.; PLONSKI, G. A. Inovação no setor de telecomunicações no Brasil: uma análise do comportamento empresarial. Revista Brasileira de Inovação – RBI, v. 4, n. 1, p. 129-155, 2005.

GALINA, S. V. R; PLONSKI, G. A. Desenvolvimento global de produtos no setor de telecomunicações – uma taxonomia para a participação brasileira. In: 2o Congresso Brasileiro de Gestão de Desenvolvimento de Produtos. Anais... São Carlos: CBGDP, 2000.

GALLOUJ, F.; WINDRUM, P. Services and services innovation. Journal of Evolutionary Economics, n. 19, p. 141-148, 2009.

GUIDOLIN, S. M.; MARTINELLI, O. Regimes tecnológicos da indústria brasileira: uma contribuição para a análise empírica. In: 36o Encontro Nacional de Economia. Anais... Salvador: Anpec, 2008.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC 2008. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Anual de Serviços. Rio de Janeiro: IBGE, 2008.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação Tecnológica 2005 – PINTEC 2005. Rio de Janeiro: IBGE, 2007.

IUT – International Telecommunication Union. Disponível em: http://www.itu.int/en/Pages/default.aspx. Acesso em: 10 jul. 2011.

KUBOTA, L. C. A inovação tecnológica das firmas de serviços no Brasil. In: DE NEGRI, J. A.; KUBOTA, L. C. (Orgs.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006.

MALACHIAS, C. S.; MEIRELLES, D. S. Regime tecnológico, ambiente de inovação e desempenho empresarial no setor de serviços: um estudo exploratório das empresas de tecnologia da informação. RAI – Revista de Administração e Inovação, v. 6, n. 2, p. 58-80, 2009.

MALERBA, F.; ORSENIGO, L. Technological regimes and firm behavior. Industrial & Corporate Change, v. 2, n. 1, p. 45-72, 1993.

MARSILI, O. The anatomy and evolution of industries: technological change and industrial dynamics. Northampton: Edward Elgar Publishing Inc., 2001.

MC – Ministério das Comunicações. Disponível em: www.mc.gov.br. Acesso em: 6 jun. 2012.

MCT – Ministério da Ciência e Tecnologia. Disponível em: www.mct.gov.br. Acesso em: 7 out. 2011.

MEIRELLES, D. S. O conceito de serviço. Revista de Economia Política, v. 26, n. 1, p. 119-136, jan./mar. 2006.

MELO, M. C. S. A dinâmica da inovação no setor de telecomunicações: uma análise a partir de dados da Pintec. FACEF Pesquisa, v. 12, n. 3, p. 349-364, 2009.

MILES, I. Services in the new industrial economy. Futures, v. 25, n. 6, p.653-672, 1993.

MIOZZO, M.; SOETE, L. Internationalization of services: a technological perspective. Technological Forecasting and Social Change, v. 67, p.159-185, 2001.

NASCIMENTO, P. A. M. Capacitações científicas do Brasil em telecomunicações: o que se pode depreender da evolução recente da produção de artigos na área? Radar – Tecnologia, Produção e Comércio Exterior, n. 10, p. 13-24, out. 2010.

NELSON, R. R.; WINTER, S. G. An evolutionary theory of economic change. Cambridge, Massachusetts: Harvard University, 1982.

OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Manual de Oslo. 3. ed. Brasília: Finep, 2005.

PAVITT, K. Sectorial patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, n. 13,pp. 343-373, 1984.

PORTAL DA TELEFONIA. Disponível em: http://ensino.univates.br/~tcnpaulo/telefoniacelular5.html. Acesso em: 30 maio 2011.

PRIEGER, J. E. Regulation, innovation, and the introduction of new telecommunications services. The Review of Economic and Statistics, v. 84, n. 4, p. 704-715, 2002.

REDETEC – Rede de Tecnologia do Rio de Janeiro. Como criar um ambiente de inovação nas empresas. Rio de Janeiro: Redetec, 2008.

REZENDE, A. A. de. Aplicação de um modelo evolucionário para o segmento brasileiro de telefonia móvel. Dissertação (Mestrado em Economia). Viçosa, Universidade Federal de Viçosa, 2011.

SANTA RITA, L. P.; SBRAGIA, R. Inovação em serviços como condicionante da competitividade na telefonia móvel. Revista Científica Ciências Administrativas, v. 12, n. 1, p. 83-97, ago. 2006.

SILVA, A. M.; DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. In: DE NEGRI, J. A. de; KUBOTA, L. C. (Orgs.). Estrutura e dinâmica do setor de serviços no Brasil. Brasília: Ipea, 2006, p.15-33.

SUNDBO, J.; GALLOUJ, F. Innovation in services. Oslo: Step Group, 1998 (SI4S Synthesis Paper, S2).

TEIXEIRA, R.; LACERDA, D. P.; HEXSEL, A.; CASTAGNO JUNIOR, R. Fatores determinantes da competitividade na indústria de telecomunicações e repercussões para a estratégia. Revista de Administração e Contabilidade da Unisinos – BASE, v. 2, n. 1, p. 15-26, jan.-abr. 2005.

TETHER, B. Do services innovative (differently). Manchester: CRIC, Nov. 2004 (CRIC Discussion Paper, n. 66).

TIDD, J.; BESSANT, J.; PAVITT, K. Integrating technological, market and organisational change. Chichester: John Wiley and Sons Ltd., 2001.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.