Banner Portal
Indústria de Alta Tecnologia: uma tipologia baseada na intensidade de P&D e no desempenho comercial
PDF

Palavras-chave

Alta tecnologia. Fragmentação da produção. Comércio exterior.

Como Citar

RAUEN, André Tortato; FURTADO, André Tosi. Indústria de Alta Tecnologia: uma tipologia baseada na intensidade de P&D e no desempenho comercial. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 13, n. 2, p. 405–432, 2014. DOI: 10.20396/rbi.v13i2.8649084. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649084. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

Este artigo tem por objetivo construir e discutir uma tipologia de indústrias nacionais de alta tecnologia fundamentada na intensidade tecnológica e no desempenho comercial. Para tanto, apoia-se no conceito de fragmentação da produção, contrastando-o com teorias tradicionais de comércio internacional. Para definir a posição das diferentes economias, optou-se por uma análise matricial que cruza indicadores compostos selecionados, resultando numa análise de quadrantes. Essa análise encontrou quadro grupos de países: líderes tecnológicos superavitários; líderes tecnológicos deficitários; seguidores tecnológicos superavitários; e seguidores tecnológicos deficitários. Concluiu-se que as teorias tradicionais de comércio internacional explicam apenas parte desta tipologia e que uma compreensão mais completa, obrigatoriamente, precisa considerar a fragmentação da produção enquanto lógica dominante das cadeias produtivas globais.

https://doi.org/10.20396/rbi.v13i2.8649084
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, E. National systems of innovation and non-OECD countries: notes about a rudimentary and tentative “typology”. Revista Brasileira de Economia Política, v. 19, n. 4(76), 1999.

ARRUDA, M.; VERMULM, R.; HOLLANDA, S. Inovação tecnológica no Brasil: a indústria em busca de competitividade global. São Paulo: Anpei, 2006.

BRAGA, J. C. de S. Alemanha: império, barbárie e capitalismo avançado. In: FIORI, J. L. (Org.). Estados e moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.

CARNEIRO, R. Impasses do desenvolvimento: a questão produtiva. Campinas: IE/Unicamp, 2008 (Texto para discussão, n. 153).

CASTELLS, M. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.

CHESNAIS, F. A mundialização do capital. São Paulo: Xamã, 1996.

COMTRADE. United Nations Commodity Trade Statistics Database. Disponível em: http://comtrade.un.org/db/. Acesso em: 10 fev. 2013.

DEDRICK, J.; KRAEMER, K. Personal computing, innovation in global industries. Washington, DC: National Academy Press, 2008.

DICKEN, P. Global Shift. 5.ed. New York: Guilford Press, 2007.

DOSI, G.; PAVITT, K; SOETE, L. The economics of technological change and international trade. Brighton: Wheatshaf, 1990.

FAN, G.; Wang, X. China towards 2020: growth performance and sustainability. In: OCDE. Growth and sustainability in Brazil, China, Indonesia and South Africa. Paris, 2010.

ERNST, D.; KIM, L. Global production networks, knowledge diffusion, and local capability formation. Research Policy, n. 31, p. 1417-1429, 2002.

FREEMAN, C.; SOETE, L. A economia da inovação industrial. Campinas: Editora Unicamp, 2008 (Clássicos da Inovação).

FURTADO, A. T.; CARVALHO, R. Q. Padrões de intensidade tecnológica da indústria brasileira: um estudo comparativo com países centrais. In: KON, A. Indústria, trabalho e tecnologia: subsídios à política pública. São Paulo: EITT/PUC-SP, 2005.

GIAMBIAGI, F. A política fiscal do governo Lula: qual é o limite para o aumento do gasto público? Rio de Janeiro: Ipea, 2004.

GOMES, F. Conflito social e welfare state: Estado e desenvolvimento social no Brasil. RAP, v. 40, n. 2, p. 201-236, 2006.

GUERRIERI, P.; MILANA, C. Changes and trends in the world trade in high technology products. Cambridge Journal of Economics, v. 19, n. 1, p. 225-242, February 1995.

Hirsch, S. Location of industry and international competitiveness. Oxford: Clarendon Press, 1967.

HIRSCH-KREINSEN, H. “Low-tech” innovations. Industry & innovation, v. 15, n. 1, p.19-43, 2008.

HIRSCH-KREISEN, H. et al. Low-tech industries and knowledge economy: state of the art and research challenges. Oslo: Pilot Projetc, 2003.

HOBDAY, M. Os sistemas de inovação do leste e do sudeste asiático: comparações entre o crescimento do setor eletrônico promovido pelo sistema FEO e pelas ETNS. In: KIM, L.; NELSON, R. (Eds.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005 (Clássicos da Inovação).

HOBSBAWM, E. Era dos extremos: o breve século XX. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

HOU, C.; GREE, S. National systems supporting technical advance in industry: the case of Taiwan. In: NELSON, R. (Ed.). National innovation systems: a comparative analysis. Oxford University Press, 1993.

Humphrey, J.; Schmitz, H, Governance in global value chains. IDS Bulletin, v. 32, p. 19-23, 2002.

IBGE. Sistema IBGE de Recuperação Automática. Disponível em: http://www.sidra.ibge.gov.br/.

INEGI. Banco de Información Económica. Disponível em: http://dgcnesyp.inegi.org.mx/cgi-win/bdieintsi.exe/NIVR250090#ARBOL. Acesso em: 20 jul. 2011.

INEGI. Indicadores sobre actividades científicas e tecnológicas. Disponível em: http://www.inegi.org.mx/inegi/default.aspx?s=est&c=126. Acesso em: 20 jul. 2011.

INEP. Censo da Educação Superior. 2008. Disponível em: http://www.inep.gov.br/superior/censosuperior/default.asp. Acesso em: 21 out. 2011.

KECK, O. The national system for technological innovation in Germany. In: NELSON, R. (Ed.). National innovation systems: a comparative analysis. Oxford University Press, 1993. KIM, L. National system of industrial technology in a developing country: a model. In: NELSON, R. (Ed.). National innovation systems: a comparative analysis. Oxford University Press, 1993.

KECK, O. O sistema de inovação sul-coreano em transição. In: KIM, L.; NELSON, R. (Eds.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005 (Clássicos da Inovação).

KRUGMAN, P. Increasing returns and economic geography. Journal of Political Economy, n. 99, 1991.

LALL, S. A mudança tecnológica e a industrialização nas economias de industrialização recente da Ásia: conquistas e desafios. In: KIM, L.; NELSON, R. (Eds.) Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005 (Clássicos da Inovação).

LALL, S.; ALBALADEJO, M.; ZHANG, J. Mapping fragmentation: electronics and automobiles in East Asia and Latin America. QEH, 2004 (Working paper series, n. 115).

LALL, S.; WEISS, J.; ZHANG, J. The ‘sophistication’ of exports: a new measure of products characteristics. QEH, 2005 (Working paper series, n. 123).

LEE, K. O aprendizado tecnológico e o ingresso de empresas usuárias de bens de capital na Coréia do Sul. In: KIM, L.; NELSON, R. (Eds.). Tecnologia, aprendizado e inovação: as experiências das economias de industrialização recente. Campinas: Editora Unicamp, 2005 (Clássicos da Inovação).

LINDEN, G.; KRAEMER, K.; DEDRICK, J. Who captures value in a global innovation system? The case of Apple’s Ipod. Personal Computer Industry Center, Jun. 2007.

MACHER, J. T.; MOWERY, D. C. (Eds.). Innovation in global industries: U.S. firms competing in a new world. Board on Science, Technology, and Economic Policy (STEP). Washington DC: The National Academies Press, 2008. Disponível em: http://books.nap.edu/openbook.php? record_id=12112&page=R1.

MOWERY, D.; ROSENBERG, N. Trajetórias da inovação: a mudança técnica nos Estados Unidos da América no século XX. Campinas: Editora Unicamp, 2005 (Clássicos da Inovação).

MST. Science and Technology Statistics Year Book. 2007. Disponível em: http://www.most.cn/eng/statistics/2007/index.htm. Acesso em: 02 ago. 2013.

NBSC. China Statistical Year Book. 2007. Disponivel em: http://www.stats.gov.cn/tjsj/ndsj/2007/indexeh.htm. Acesso em: 01 out. 2011.

NELSON, R.; ROSENBERG, N. (Eds.). National innovation systems: a comparative analysis. Oxford University Press, 1993.

NSF. Science and engineering indicators, 2010. Disponível em: http://www.nsf.gov/statistics/seind10/appendix.htm. Acesso em: 01 out. 2011.

OCDE. Frascati manual: proposed standard practice for surveys on research and experimental development. Paris, 2002.

OECD.STATS. Disponível em: <http://stats.oecd.org/Index.aspx>. Acesso em: 10 maio 2013.

Ohlin, B. Interregional and international trade. Cambridge: Harvard University Press, 1933.

OSÓRIO, L. O dilema alemão no sistema interestatal capitalista contemporâneo. In: XIV Encontro Regional da ANPUH-RIO. Anais..., 2010.

PALMA, G. Gansos voadores e patos vulneráveis: a diferença da liderança do Japão e dos Estados Unidos no desenvolvimento do sudeste asiático e da América Latina. In: FIORI, J. (Ed.). O poder americano. 2. ed. Petrópolis: Vozes, 2005.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, n. 13, p. 343-373, 1984.

PORTER, M. Competition in global industries. Cambridge: Harvard Business School Press, 1986.

RICARDO, D. Princípios de economia política e tributação. São Paulo: Nova Cultural, 1996 (1817) (Coleção Os economistas).

SINGSTAT. Key annual indicators. Disponível em: http://www.singstat.gov.sg/stats/stats.html. Acesso em: 10 maio 2013.

SMITH, K. Industrial structure, technology intensity and growth: issues for policy. In: DRUID CONFERENCE, 1999.

SMITH, K. What is the ‘knowledge economy’? Knowledge-intensive industries and distributed knowledge bases. In: DRUID CONFERENCE, 2000.

SRHOLEC, M. High-tech exports from development countries: a symptom of technology spurts or statistical illusion? Oslo: Kiel Institute, 2007.

STEHNKEN, T. The German innovation system at a glance: governance and strategies. In: Workshop Innovation and Opportunities for Cooperative Projects Brazil – Germany. Rio de Janeiro, Inmetro, ABDI e FHG, ago. 2010. 30 slides.

STURGEON, T. Modular production networks: a new American model of industrial organization. MIT, 2002 (Working paper IPC-02-003).

SUZIGAN, W.; FURTADO, J. Instituições e políticas industriais e tecnológicas: reflexões a partir da experiência brasileira. Est. econ., v. 40, n. 1, p. 7-41, jan./mar. 2010.

TAN, Z. Product cycle theory and telecommunications industry – foreign direct investment, government policy, and indigenous manufacturing in China. Telecommunications Policy, n. 26, 2002.

UNCATDstats. Disponível em: http://unctadstat.unctad.org/UnctadStatMetadata/Documentation/AboutUNCTADstat.html Acesso em: 05 ago. 2013.

VERNON, R. International investment and international trade in the product life cycle. Quartely Journal of Economics, n. 80, p. 190-207, 1966.

WELLS, L. A product life cycle for international trade. Journal of Marketing, v. 32, p. 1-6, 1968.

WEVER, K. Negotiating competitiveness: employment relations and organizational innovation in Germany and the United States. Harvard Business Scholl Press, 1995.

ZEITOUM, C. Novas funções e acumulo de competências nas empresas prestadoras de serviços por contrato: um estudo a partir do caso da FLEXTRONICS. Dissertação (Mestrado em Política Científica e Tecnológica). Instituto de Geociências, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2009.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.