Resumo
Durante o Império, a inovação na agricultura foi marcada por iniciativas do Estado central. Esta tendência, então mundial, visava promover instituições estatais ou patrocinadas pelo Estado para auxiliar os produtores nos esforços de modernização de um setor ainda crucial. Nessa época, já se tinha longa experiência de globalização – de três a quatro séculos para a América –, sobretudo para produções agrícolas requerendo condições ambientais tropicais, mas destinadas a mercados na zona temperada, particularmente europeia: açúcar, café, cacau, algodão, etc. Na esteira de tradições seculares – medievais cristãs e islâmicas e, nos Tempos Modernos, das iniciativas de ordens como os Jesuítas, atentos aos desdobramentos técnicos chineses (PERES, 2009) –, as autoridades brasileiras também se esforçaram, no século XIX, em promover novas atividades e, sobretudo, melhorias nas já instaladas – entre elas a sacaricultura –, tanto em termos técnicos como de formação de quadros...
Referências
ANDRADE, M. C. de. Introdução. In: MILET, H. A. Os quebra-quilos e a crise da lavoura. São Paulo: Global, INL, 1987.
Annais do Congresso Agrícola do Recife, 1878. Trabalhos. Recife: Cepa/PE, 1978.
ARANTES, A. Silva. Colônia Orfanológica Isabel. RBHE, n. 20, p.105-136, 2009.
ARAÚJO, N. de A. A Escola Agrícola de São Bento das Lages e a institucionalização da agronomia no Brasil (1877-1930). Dissertação (Mestrado em História). Feira de Santana: UFBA/UNEFS, 2006.
AROUCHA, D. C. A urbanidade do açúcar, transporte do produto no Recife do século XIX. Monografia. Recife: UFPE Departamento de História, 2014.
ARRAIS, R. O pântano e o riacho: a formação do espaço público no Recife do século XIX. São Paulo: Humanitas/FFLCH – USP, 2004.
AUROI, C.; HELG, A. Latin America 1810-2010. Dreams and legacies. London: Imperial College Press, 2012.
BARBALHO, N. Dicionário do açúcar. Recife: Massangana, 1984.
BERNARDES, D. Notas sobre a formação social do Nordeste. Lua Nova, São Paulo, n. 71, 2007.
BOMPASTOR, S. C. O discurso da Sociedade Auxiliadora da Agricultura de Pernambuco em Fins do Império: 1875-1885. Dissertação (Mestrado). Recife: Programa de Pós-Graduação em História da UFPE, 1988.
BRASIL. Relatório ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. 1866. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 15 jun. 2014.
BRASIL. Relatório ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. 1862-1863. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 15 jun. 2014.
BRASIL. Relatório ao Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. 1864. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 15 jun. 2014.
CARVALHO, J. M. de. A construção da ordem. Rio de Janeiro: Campus, 1980.
CARVALHO, J. M. de. Teatro de sombras: a política imperial. São Paulo: Vértice, 1988.
CHACON, V. Henrique Milet, engenheiro e economista do Pernambuco do século XIX. Recife: IAA/Museu do Açúcar, 1973.
DABAT, C. R. A produção de açúcar nas fronteiras da modernidade: o percurso de Henrique Augusto Milet. CLIO, Recife, v. 32, n. 2, 2012.
DEAN, W. A ferro e a fogo. A história da devastação da mata atlântica brasileira. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
DIÁRIO DE PERNAMBUCO, 06/12/1859.
DOM PEDRO II. Viagem a Pernambuco em 1859. Recife: Arquivo Público Estadual, 1952.
EISENBERG, P. L. Modernização sem mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.
FREYRE, G. Um engenheiro francês no Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio, 1960.
HOFFNAGEL, M. J. From Monarchy to Republic in Northeast Brazil: the case of Pernambuco, 1868-1895. Ph.D. Indiana University, 1975.
LAMOUNIER, M. L. Da escravidão ao trabalho livre: a lei de locação de serviços de 1879. Campinas: Papirus, 1988.
LEVINE, R. A velha usina. Pernambuco na Federação brasileira 1889-1937. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1980.
MAIA, N. de S. F. Açúcar e transição para o trabalho livre em Pernambuco, 1874-1904. Recife: Fundação Antônio dos Santos Abranches – Fasa, 1985.
MELLO, E. C. de. O Norte agrário e o Império. 1871-1889. 2a ed. revisada. Rio de Janeiro: Topbooks, 1999.
MELO, J. C. de. Modernização e mudanças: o trem inglês nos canaviais do Nordeste (1852*-1902). Tese (Doutorado). Recife: UFPE PPGH, 2000.
MINTZ, S. W. O poder amargo do açúcar. Recife: EDUFPE, 2010.
PERES, V. H. L. Os trabalhadores chineses do açúcar. Monografia. Recife: UFPE, Departamento de História, 2009.
PERNAMBUCO. Relatório do Presidente da Província de Pernambuco. 1860. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 06 jun. 2014.
PERNAMBUCO. Relatório do Presidente da Província de Pernambuco. 1861. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 06 jun. 2014.
PERNAMBUCO. Relatório do Presidente da Província de Pernambuco. 1863. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 06 jun. 2014.
PERNAMBUCO. Relatório do Presidente da Província de Pernambuco. 1869. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 06 jun. 2014.
PERNAMBUCO. Relatório do Presidente da Província de Pernambuco. 1870. Disponível em: http://www.crl.edu/brazil/provincial. Acesso em: 06 jun. 2014.
ROGERS, T. Geneticistas da gramínea doce em campos decadentes: variedades de cana-de-açúcar, agrônomos e plantadores na abordagem da modernização agrícola (1930-1964). CLIO, Recife, v. 26, n. 2, 2009.
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SCHWARCZ, L. M. O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
SCHWARTZ, S. B. Segredos internos. Engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das Letras, 1988.
SILVA, E. H. O lugar do índio. Conflitos, esbulhos de terras e resistência indígena no século XIX: o caso de Escada-PE (1860-1880). Dissertação (Mestrado). Recife: UFPE-PPGH, 1995.
SIMON, M. S. O Jardim Botânico de Olinda (1811-1854). Monografia. Recife: UFPE, Departamento de História, 2010.
SOUZA, M. Â. de A. Posturas do Recife imperial. Tese (Doutorado). Recife: UFPE, 2002.
O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.