Banner Portal
Orquestrando parques tecnológicos como Política Pública para o desenvolvimento econômico regional
PDF

Palavras-chave

Parque tecnológico
Desenvolvimento regional
Sistema paulista de ambientes de inovação
São Paulo

Como Citar

SERRA, Maurício Aguiar. Orquestrando parques tecnológicos como Política Pública para o desenvolvimento econômico regional: uma avaliação do Sistema Paulista de Ambientes de Inovação. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 22, n. 00, p. 1–33, 2023. DOI: 10.20396/rbi.v22i00.8671062. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8671062. Acesso em: 30 abr. 2024.

Resumo

Visando acelerar a complexidade da economia do Estado de São Paulo, o Sistema Paulista de Ambientes de Inovação (SPAI) foi concebido para orquestrar a implantação de parques tecnológicos em alguns dos seus municípios. Após praticamente uma década de existência, esta política regional começa a ser questionada no que diz respeito ao desempenho dos seus parques, que deveriam gerar impactos positivos nas regiões onde se localizam. A origem destes questionamentos está no divórcio entre o arcabouço e o desenho institucional do SPAI e a lógica do modelo da política de parques tecnológicos. O principal objetivo deste artigo é analisar a forma pela qual o SPAI tem orquestrado os incentivos para que os parques tecnológicos paulistas promovam o desenvolvimento regional. Para tanto, a metodologia empregada neste artigo combinou pesquisa qualitativa e a construção de um modelo lógico de parques tecnológicos.

https://doi.org/10.20396/rbi.v22i00.8671062
PDF

Referências

ALBAHARI, A. Heterogeneity as a Key for Understanding Science and Technology Park Effects. In: AMOROSO, S.; LINK, A.; WRIGHT, M. (Eds.), Science and Technology Parks and Regional Economic Development. Palgrave Advances in the Economics of Innovation and Technology. London: Palgrave Macmillan, p. 143-157, 2019.

ALLEN, J. Third Generation Science Parks. Manchester, UK: Manchester Science Parks, 2007.

ARRETCHE, M. Tendências no estudo sobre avaliação. In RICO, E. (Org.), Avaliação de políticas sociais: Uma questão em debate. São Paulo: Cortez/Instituto de Estudos Especiais, p. 29-49, 1999.

ARRETCHE, M. Uma contribuição para fazermos avaliações menos ingênuas. In BARREIRA, M. C.; CARVALHO, M. C. (Orgs.), Tendências e perspectivas na avaliação de políticas e programas sociais. São Paulo: IEE/PUC-SP, p. 43-56, 2001.

ASLANI, A.; EFTEKHARI, H.; DIDARI, M. Comparative analysis of the science and

technology parks of the US universities and a selected developing country. RISUS - Journal on Innovation and Sustainability, v. 6, n. 2, p. 25–33, 2015.

AULICINO, A. L.; PETRONI, L. M. Inovação: O processo de implantação do parque tecnológico para o desenvolvimento sustentável da região sudoeste do estado de São Paulo: O caso do município de Ribeirão Branco. XXII Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas e XX Workshop ANPROTEC, Foz do Iguaçu, Paraná, p. 1-16, 2012.

AULICINO, A.; PETRONI, M. Parque tecnológico Sudoeste Paulista: Fator motriz do processo prospectivo para o desenvolvimento territorial, Gestão & Regionalidade, v.34, n. 100, p. 161-182, 2018.

BAKOUROS, Y.; MARDAS, D.; VARSAKELIS, N. Science park, a high tech fantasy?: An analysis of the science parks of Greece. Technovation, v. 22, n. 2, p. 123–128, 2002.

BALLAND, P.-A.; BOSCHMA, R.; FRENKEN, K. Proximity and innovation: From statics to dynamics, Regional Studies, v. 49, n. 6, p. 907-920, 2015.

BALLAND, P.-A. et al. Complex economic activities concentrate in large cities. Nature Human Behaviour, v. 4, n. 3, p. 248-254, 2020.

BENNETT, A.; CHECKEL, J. Process tracing: From metaphor to analytic tool. Cambridge: Cambridge University Press, 2015.

BRASIL (Casa Civil da Presidência da República); IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada). Avaliação de políticas públicas: Guia prático de análise ex ante, Brasília: Ipea, 2018.

CASSIOLATO, M.; GUERESI, S. Como elaborar modelo lógico: Roteiro para formular programas e organizar avaliação, Nota Técnica, n. 6, Brasília: Ipea, 2010.

CHEBA, K. Polish technology parks and regional development: Are they effective? Quantitative Methods in Economics, v. XIV, n.1, p. 65–73, 2013.

CHEN, C.-J.; WU, H.-L.; LIN, B.-W. Evaluating the development of high-tech industries: Taiwan's science park. Technological Forecasting and Social Change, v. 73, n. 4, p. 452-465, 2006.

CHEN, C.-P., CHIEN, C.-F., & LAI, C.-T. Cluster policies and industry development in the Hsinchu Science Park: A retrospective review after 30 years. Innovation, v. 15, n. 4, p. 416–436, 2013.

CHEN, H. A Comprehensive Typology for Program Evaluation. Evaluation Practice, v. 17, n. 2, p. 121–130, 1996.

CIRILLO, C. Birth of an idea: The creation of Research Triangle Park and its sustained economic impact on the Research Triangle area. Durham papers. Disponível em http://sites.duke.edu/urbaneconomics/?p=899, 2013.

CÓSER, I.; GONÇALVES, E. Instrumentos de apoio financeiro para parques

tecnológicos: A experiência de Minas Gerais. Revista de Economia, v. 37, n. 7, p. 53-77, 2011.

DAVIDS, M.; FRENKEN, K. Proximity, knowledge base and the innovation process: Towards an integrated framework, Regional Studies, v. 52, n.1, p. 23-34, 2018.

DAVIES, B.; MARÉ, D. Relatedness, complexity and local growth. Regional Studies, v. 55, n. 3, p. 479-494, 2021.

ETZKOWITZ, H. The triple helix: University-industry-government innovation in action. New York: Routledge, 2008.

ETZKOWITZ, H. Is Silicon Valley a global model or unique anomaly? Industry and Higher Education, v. 33, n. 2, p. 83-95, 2019.

EUROPEAN COMMISSION. Setting up, managing and evaluating EU science and technology parks. Luxembourg: Publications Office of the European Union, 2014.

FERGUSON, R.; OLOFSSON, C. Science parks and the development of NTBFs - location, survival and growth. Journal of Technology Transfer, v. 29, n. 1, p. 5–17, 2004.

FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Como elaborar modelo lógico de programa: Um roteiro básico. Nota Técnica, n. 2, Brasília: Ipea, 2007.

FERREIRA, H.; CASSIOLATO, M.; GONZALEZ, R. Uma experiência de desenvolvimento metodológico para avaliação de programas: O modelo lógico do programa Segundo Tempo, Texto para Discussão, n. 1369, Brasília: Ipea, 2009.

FUKUGAWA, N. Science parks in Japan and their value-added contributions to new technology-based firms. International Journal of Industrial Organization, v. 24, n. 2, p. 381– 400, 2007.

FUNNEL, S.; ROGERS, P. Purposeful program theory: Effective use of theories of change and logic models. San Francisco, California: John Wiley & Sons, 2011.

GALA, P. Complexidade econômica: Uma nova perspectiva para entender a antiga questão da riqueza das nações. Rio de Janeiro: Contraponto, 2017.

GUADIX, J. et al. Success variables in science and technology parks. Journal of Business

Research, v. 69, n. 11. p. 4870-4875, 2016.

GUERREIRO, E.; MONTEIRO, E.; NANNI, H. Desenvolvimento sustentável e

governança participativa: Arranjo produtivo local e Parque Tecnológico de Santos. Second International Workshop Advances in Cleaner Production, São Paulo, 2009.

HAUSER, G. et al. Capacidade de inovação de parques tecnológicos em países emergentes: Uma proposta metodológica. XVI Congresso Latino-Iberoamericano de Gestão e Tecnologia. Porto Alegre, Rio Grande do Sul, 2015.

HAYES, H.; PARCHMAN, M.; HOWARD, R. A logic model framework for evaluation and planning in a primary care practice-based research network (PBRN). Journal of American Board of Family Medicine, v. 24, n. 5, p. 576-582, 2011.

HENRIQUES, I.; SOBREIRO, V.; KIMURA, H. Science and technology park: Future challenges. Technology in Society, v. 53, p. 144-150, 2018.

HU, A. Technology parks and regional economic growth in China. Research Policy, v. 36,

n. 1, p. 76-87, 2007.

HU, T-S. Interaction among high-tech talent and its impact on innovation performance: A comparison of Taiwanese science parks at different stages of development. European Planning Studies, v. 16, n. 2, p. 163–187, 2008.

HU, T.-S.; LIN, C.-Y.; CHANG, S.-L. Technology-based regional development strategies and the emergence of technological communities: A case study of HSIP, Taiwan. Technovation, v. 25, n. 4, p. 367–380, 2005.

JACOSKI, C. Competitividade e desenvolvimento regional no Território da Fronteira Sul – A estruturação de um parque tecnológico regional. II Congresso Brasileiro de Engenharia de Produção, Ponta Grossa, Paraná, p. 1-10, 2012.

JANNUZZI, P. (2016), Monitoramento e avaliação de programas sociais: Uma introdução aos conceitos e técnicas, Campinas, São Paulo: Alínea.

KANG, B.-J. A study on the establishing development model for research parks. The Journal of Technology Transfer, v. 29, n. 2, p. 203-210, 2004.

KRAUSE, C. Modelo lógico para análise de políticas públicas em perspectiva histórica, Texto para Discussão, n. 2572, Brasília: Ipea, 2020.

LEE, W.-H.; YANG, W.-T. The cradle of Taiwan high technology industry

development-Hsinchu Science Park (HSP). Technovation, v. 20, n. 1, p. 55-59, 2000.

LEVY, Y.; ELLIS, J. A systems approach to conduct an effective literature review

in support of information systems research. Informing Science, v. 9, p. 181–212, 2006.

LINK, A.; SCOTT, J. On the growth of US science parks. The Journal of Technology Transfer, v. 28, n. 1, p. 81–85, 2003.

LINK, A.; SCOTT, J. The economics of university research parks. Oxford Revue of

Economic Policy, v. 23, n. 4, p. 661–674, 2007.

LÖFSTEN, H., & LINDELÖF, P. Science parks in Sweden: Industrial renewal and

development? R&D Management, v. 31, n. 3, p. 309-322, 2001.

MALEKAN, M. Designing marketing strategies for development of e-business using quality function deployment model (Case study: Companies of the Pardis Science and Technology Park). Applied Mathematics in Engineering, Management and Technology, v. 3, n. 2, p. 21-29, 2015.

MCCARTHY, I. A typology of university research park strategies: What parks do and why

it matters. Journal of Engineering and Technology Management, v. 47, p. 110-122, 2018.

MCLAUGHLIN, J.; JORDAN, G. Using logic models. In: WHOLEY, J.; HATRY, H.; NEWCOMER, K. (Eds.). Handbook of practical program evaluation. San Francisco: Jossey-Bass, p. 70-90, 2015.

MELLO, J.; ROCHA, F. Networking for regional innovation and economic

growth: The Brazilian Petrópolis technopole. International Journal of Technology Management, v. 27, n. 5, p.488–497, 2004.

MILES, M.; HUBERMAN, A.; SALDAÑA, J. Fundamentals of qualitative data analysis. In MILES, M.; HUBERMAN, A.; SALDAÑA, J. Qualitative data analysis, a methods sourcebook, Thousand Oaks, California: Sage Publications, p. 36-52, 2014.

OH, D.; KANG, B. Creative Model of Science Park Development: Case Study on Daedeok Innopolis, Korea. In BUTLER, J.; GIBSON, D. (Eds.), Global Perspectives on Technology Transfer and Commercialization: Building Innovative Eco-systems, Cheltenham, UK: Edward Elgar, p. 162-188, 2011.

PARK, S. Science parks in Sweden as regional development strategies: A case study on Ideon Science Park. AI & Society, v. 16, n. 3, p. 288–298, 2002.

PEREIRA, M.; OLIVEIRA, E.; OLIVEIRA, A. Origens dos Parques Tecnológicos e as

Contribuições para o Desenvolvimento Regional Brasileiro. Latin American Journal of

Business Management, v. 7, n. 1, p. 117-138, 2016.

QUERE, M. Sophia-Antipolis as a “reverse” science park: From exogenous to endogenous development. In FRANKEN, K. (Ed.), Applied evolutionary economics and economic geography, Cheltenham, UK: Edward Elgar, p. 48–66, 2007.

SÃO PAULO. Decreto N˚ 50.504, de 06 de fevereiro de 2006. Institui o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. São Paulo, SP: Governo do Estado, 2006. Disponível em:

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2006/decreto-50504-06.02.2006.html. Acesso em: 8 jun. 2022.

SÃO PAULO. Decreto N˚ 50.196, de 02 de abril de 2009. Regulamenta o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, de que trata o artigo 24 da Lei Complementar nº 1.049, de 19 de junho de 2008, e dá providências correlatas. São Paulo, SP: Governo do Estado, 2009.

Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2009/decreto-54196-02.04.2009.html. Acesso em: 8 jun. 2022.

SÃO PAULO. Decreto N˚ 60.286 de 25 de março de 2014. Institui e regulamenta o Sistema Paulista de Ambientes de Inovação – SPAI e dá providências correlatas. São Paulo, SP: Governo do Estado, 2014.

Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/decreto/2014/decreto-60286-25.03.2014.html. Acesso em: 8 jun. 2022.

SECCHI, L. Políticas públicas: Conceitos, esquemas de análise, casos práticos. São

Paulo: Cengage, 2010.

SECCHI, L. Análise de políticas públicas: Diagnóstico de problemas, recomendações de soluções, São Paulo: Cengage, 2016.

SOENARSO, W.; NUGRAHA, D.; CENTER, E. Development of science and

technology park (STP) in Indonesia to support innovation-based regional economy:

Concept and early stage development. World Technopolis Association, v. 2, n.18, p. 32-42, 2013.

SONOBE, T.; ZHANG, H. An Inquiry into the Development of Science and Technology Parks in China. Economics Discussion Papers, n. 2010-26, Kiel Institute for the World Economy, 2010. Disponível em:

http://www.economics-ejournal.org/economics/discussionpapers/2010-26.

STEINER, J.; CASSIM, M.; ROBAZZI, A. Parques Tecnológicos: Ambientes de Inovação. Revista IEA – USP, 2008.

TOLA, A.; CONTINI, M. From the diffusion of innovation to tech parks, business incubators as a model of economic development: The case of “Sardegna ricerche”, Procedia - Social and Behavioral Science, v. 176, n. 1, p. 494-503, 2015.

UKHANOVA, I.; VORONOVA, E. Creation science and technology parks as a component of innovation in economic development. Socio-Economic Research Bulletin, v.1, n. 41, p. 107–114, 2011.

VEDOVELLO, C., JUDICE, V.; MACULAN, A. M. Revisão crítica às abordagens a parques tecnológicos: Alternativas interpretativas às experiências brasileiras recentes. Revista de Administração e Inovação, v. 3, n. 2, p. 103–118, 2006.

VELLENICHE, A. et al. A influência dos parques tecnológicos nos cursos da área de TI e no desenvolvimento econômico. Revista Científica On-line - Tecnologia, Gestão e Humanismo, v. 2, n. 1, p. 24-32, 2013.

VENNESON, P. Case studies and process tracing: Theories and practices. In: PORTA, D. D.; KEATING, M. (eds.), Approaches and methodologies in the social sciences: A pluralist perspective. New York: Cambridge University Press, p. 223–239, 2008.

VILISOVA, A.; QIANG, F. Analysis of Russia and Other Countries Economic Parameters and Their Connection with the Development of Science Parks. International Journal of Economics and Finance, v. 6, n. 6, p. 49-56, 2014.

W. K. KELLOGG FOUNDATION. Using logic models to bring together planning, evaluation and action: Logic model development guide. Battle Creek, Michigan: W.K. Kellogg Foundation, 2004.

WALLSTEN, S. The role of government in regional technology development: The effects of public venture capital and science parks. In BRESNAHAN, T.; GAMBARDELLA, A. (Eds.), Building high-tech clusters: Silicon Valley and beyond, Cambridge: Cambridge University Press, p. 229-279, 2004.

WOJEWNIK-FILIPKOWSKA, A. Investing in industrial-technology parks in city

development: A cost-benefit analysis. Real Estate Management and Valuation, v. 23, n. 1,

p. 24–41, 2015.

YANG, C.; LIAO, H. Backward linkages of cross-border production networks of Taiwanese PC investment in the Pearl River Delta, China. Tijdschrift Voor Economische

en Sociale Geografie, v. 101, n. 2, p. 199-217, 2010.

YANG, C.-H.; LEE, W.-C. Establishing science parks everywhere? Misallocation in R&D and its determinants of science parks in China, China Economic Review, v. 67, 101605, 2021.

ZEN, A.; HAUSER, G. A articulação e o desenvolvimento dos parques tecnológicos: O caso do Programa Porto Alegre Tecnópole - Brasil. XI Seminário de Gestão Tecnológica, Salvador, Bahia, 2005.

ZHANG, H.; SONOBE, T. Development of Science and Technology Parks in China, 1988–2008. Economics: The Open Access Open-Assessment E-Journal, v. 5, p. 1–25, 2011.

ZHENG, S. et al. The birth of edge cities in China: Measuring the effects of industrial

parks policy. Journal of Urban Economics, v.100, p. 80-103, 2017.

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Copyright (c) 2023 Revista Brasileira de Inovação

Downloads

Não há dados estatísticos.