Banner Portal
Razões, benefícios e dificuldades da interação universidade-empresa
PDF

Palavras-chave

Interação Universidade-Empresa. Inovação. Ciências da computação. Rio Grande do Sul.

Como Citar

SCHAEFFER, Paola Rücker; RUFFONI, Janaina; PUFFAL, Daniel. Razões, benefícios e dificuldades da interação universidade-empresa. Revista Brasileira de Inovação, Campinas, SP, v. 14, n. 1, p. 105–134, 2015. DOI: 10.20396/rbi.v14i1.8649091. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rbi/article/view/8649091. Acesso em: 29 mar. 2024.

Resumo

O artigo analisa razões, benefícios e dificuldades da interação universidade-empresa. Realizou-se uma pesquisa survey que investigou interações da área de ciências da computação do Rio Grande do Sul em 2013. Os resultados revelam que as principais razões e benefícios, para as universidades, classificam-se como intelectuais, enquanto para as empresas são as razões proativas e os benefícios focados em inovação. Em relação às dificuldades, os dois grupos de respondentes destacaram fatores de interesse e institucionais. Para ir além de “pontos de interação”, como sugerido pela literatura enquanto uma característica da relação U-E no Brasil, é necessário não apenas expandir quantitativamente o número de interações, mas também ampliar a qualidade dos relacionamentos, remetendo ao entendimento de que essas influenciam diretamente na atividade de geração de conhecimentos e inovações. As questões apontadas na pesquisa desmistificam a ideia das universidades como “torres de marfim” e das empresas como atores passivos.

https://doi.org/10.20396/rbi.v14i1.8649091
PDF

Referências

ALBUQUERQUE, E. M. Immature systems of innovation: introductory notes about a comparison between South Africa, India, Mexico and Brazil based on science and technology statistics. Belo Horizonte: UFMG/Cedeplar, 2003 (Texto para discussão, 221).

ARVANITIS, S.; KUBLI, U.; WOERTER, M. University-industry knowledge and technology transfer in Switzerland: What university scientists think about co-operation with private enterprises. Research Policy, v. 37, n. 10, p. 1865-1883, 2008.

ARVANITIS, S. University-industry knowledge and technology transfer in Switzerland: the university view. Zurich: KOF Swiss Economic Institute, 2005 (KOF working paper, n. 119).

ARZA, V. Channels, benefits and risks of public-private interactions for knowledge transfer: a conceptual framework inspired by Latin America. Science and Public Policy, v. 37, n. 7, p. 473-484, 2010.

BONACCORSI, A.; PICCALUGA, A. A theoretical framework for the evaluation of university-industry relationships. R&D Management, v. 24, n. 3, p. 229-247, 1994.

COHEN, W. M.; NELSON, R. R.; WALSH, J. P. Links and Impacts: the influence of public research on industrial R&D. Management Science, v. 48, n. 1, p. 1-23, 2002.

COSTA, A. B.; RUFFONI, J.; PUFFAL, D. Proximidade geográfica e interação universidade-empresa no Rio Grande do Sul. Revista de Economia, v. 37, n. especial, p. 213-238, 2011.

D’ESTE, P.; PERKMANN, M. Why do academics engage with industry? The entrepreneurial university and individual motivations. Journal of Technology Tranfer, v. 36, n. 3, p. 316-339, 2011.

DUTRÉNIT, G.; ARZA, V. Channels and benefits of interactions between public research organizations and industry: comparing four Latin American countries. Science and Public Policy, v. 37, n. 7, p. 541-553, 2010.

EDQUIST, C. Systems of innovation: technologies, institutions and organizations. London: Pinter, 1997.

FELLER, I.; AILES, C. P.; ROESSNER, J. D. Impacts of research universities on technological innovation in industry: evidence from engineering research centers. Research Policy, v. 31, p. 457-474, 2002.

FERNANDES, A. C.; SOUZA, B. C.; SILVA, A. S.; SUZIGAN, W.; CHAVES, C. V.; ALBUQUERQUE, E. Academy-industry links in Brazil: evidence about channels and benefits for firms and researchers. Science and Public Policy, v. 37, n. 7, p. 485-498, 2010.

FREEMAN, C. Technology policy and economic performance: lesson from Japan. London/ New York: Pinter Publishers, 1987.

FREEMAN, C. “The National System of Innovation” in historical perspective. Cambridge Journal of Economics, v. 19, n. 1, 1995.

FREITAS, I. M. B.; MARQUES, R. A.; SILVA, E. M. P. University-industry collaboration and innovation in emergent and mature industries in new industrialized countries. Research Policy, v. 42, n. 2, p. 443-453, 2013.

HAIR, J. F.; BABIN, B.; MONEY, A. H.; SOMOUEL, P. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa de Inovação Tecnológica 2008. Rio de Janeiro: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 2010.

KLEVORICK, A.; LEVIN, R.; NELSON, R.; WINTER, S. On the sources and significance of interindustry differences in technological opportunities. Research Policy, v. 24, n. 2, p. 185-205, 1995.

MAZZOLENI, R.; NELSON, R. The roles of research at universities and public labs in economic catch-up. Research Policy, v. 36, n. 10, p. 1512-1528, 2007.

MEYER-KRAHMER, F.; SCHMOCH, U. Science-based technologies: industry-university interactions in four fields. Research Policy, v. 27, n. 8, p. 835-851, 1998.

MOWERY, D.; SAMPAT, B. Universities in national systems. In: FAGERBERG, J.; MOWERY, D.; NELSON, R. The Oxford handbook of innovation. Oxford: Oxford University Press, 2005, p. 209-239.

NELSON, R. R.; ROSENBERG, N. Technical innovation and national systems. In: NELSON, R. R. National Innovation Systems: a comparative analysis. Oxford: Oxford University Press, 1993.

PORTO, G. S.; KANNEBLEY JÚNIOR, S.; SELAN, B.; BARONI, J. P. M. T. Redes de interação universidade-empresa no Brasil: uma análise de redes sociais. Revista de Economia, v. 37, n. especial, p. 9-24, 2011.

PÓVOA, L. M. C. A crescente importância das universidades e institutos públicos de pesquisa no processo de catching-up tecnológico. In: Seminário sobre a Economia Mineira Cedepelar, 12, 2008, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais, 2008.

PRAGER, O. J.; OMENN, G. S. Research, innovation and university-industry linkages. Science, v. 207, n. 25, p. 379-384, 1980.

RAPINI, M. S. Interação universidade-empresa no Brasil: evidências do Diretório dos Grupos de Pesquisa no Brasil. Estudos Econômicos, v. 37, n. 2, p. 212-233, 2007.

RAPINI, M. S.; SUZIGAN, W.; FERNANDES, A. C.; DOMINGUES, E.; CARVALHO, S. S. M.; CHAVES, C. V. A contribuição das universidades e institutos de pesquisa para o Sistema de Inovação Brasileiro. In: Encontro Nacional de Economia, 37, 2009, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: Anpec, 2009.

REIS, D. R. The professor as innovation agent in the interaction process with company. In: International Conferences on Technology Policy and Innovation, 2, 1998, Lisboa. Anais... Lisboa: IST, 1998.

ROSENBERG, N. Schumpeter and the endogeneity of technology: some American perspectives. London: Routledge, 2000.

ROSENBERG, N.; NELSON, R. R. American universities and technical advance in industry. Research Policy, v. 23, n. 3, p. 323-348, 1994.

SEGATTO, A. P. Análise do processo de cooperação tecnológica universidade-empresa: um estudo exploratório. 1996. Dissertação (Mestrado em Administração) – Departamento de Administração da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1996.

SEGATTO-MENDES, A. P.; SBRAGIA, R. O processo de cooperação universidade-empresa em universidades brasileiras. Revista de Administração, v. 37, n. 4, p. 58-71, 2002.

SHIMA, W. T.; SCATOLIN, F. D. Uma comparação das universidades/institutos de pesquisa e das empresas sobre o processo de interação. Revista de Economia, v. 37, n. especial, p. 213-238, 2011.

SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. M. A interação entre universidades e empresas em perspectiva histórica no Brasil. In: SUZIGAN, W.; ALBUQUERQUE, E. M.; CARIO, S. A. F. Em busca da inovação: interação universidade-empresa no Brasil. São Paulo: Autêntica, 2011.

TARTARI, V.; BRESCHI, S. Set them free: scientists’ evaluations of the benefits and costs of university-industry research collaboration. Industrial and Corporate Change, v. 21, n. 5, p. 1117-1147, 2012.

O conteúdo dos artigos e resenhas publicados na RBI são de absoluta e exclusiva responsabilidade de seus autores.

Downloads

Não há dados estatísticos.