Resumo
O interesse de Murilo Mendes pelas artes plásticas remonta à década de 1920, mas adquire maior espessura na década de 1940 e se desenvolve plenamente mais tarde, durante sua estada na Itália. Aqui, o ambiente de que se aproxima é o das correntes abstracionistas romanas (como os grupos Forma e Origine), que têm como referência, entre os artistas italianos da geração anterior, Alberto Magnelli e Gino Severini. Entre os críticos que apoiaram esses movimentos, os mais importantes foram Lionello Venturi e Giulio Carlo Argan. Um cotejo dos textos de L’occhio del poeta de Mendes com Salvezza e Caduta dell’ Arte Moderna, seleção de ensaios escritos por Argan nos mesmos anos, demonstra uma relação estreita entre os dois críticos, tanto na escolha das obras, quanto na argumentação.
Referências
ARGAN, Giulio Carlo. (1964). Salvezza e caduta nell’arte moderna. Milano: Il Saggiatore. Forma 1. Mensile di Arti Figurative, Roma 15 mar 1947.
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