Banner Portal
As virtudes do herege: ensaio, modernismo e escrita da história em Casa-grande & senzala
PDF

Palavras-chave

Casa-grande & Senzala. Ensaio histórico. Modernismo.

Como Citar

NICOLAZZI, Fernando. As virtudes do herege: ensaio, modernismo e escrita da história em Casa-grande & senzala. Remate de Males, Campinas, SP, v. 31, n. 1-2, p. 255–282, 2012. DOI: 10.20396/remate.v31i1-2.8636233. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636233. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

O intuito deste artigo é elaborar uma reflexão em torno da escrita da história em Casa-grande & Senzala, livro publicado em 1933 por Gilberto Freyre, notadamente dos aspectos ensaísticos que caracterizam a obra. Após uma discussão a partir de trabalhos que comentaram o ensaísmo de Gilberto Freyre, sugere-se que uma chave de leitura importante para a compreensão da sua escrita é considerá-lo em relação às tendências intelectuais do modernismo brasileiro.

https://doi.org/10.20396/remate.v31i1-2.8636233
PDF

Referências

ADORNO, Theodor W. “O ensaio como forma”. In: Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003.

ANDRADE, Mário. “A escrava que não é Isaura (discurso sobre algumas tendências da poesia modernista)”. In: Obra imatura. São Paulo: Martins, 1960.

ANDRADE, Mário. “Prefácio interessantíssimo”. In: Poesias completas. 3ª. edição. São Paulo: Martins; Brasília: INL, 1972.

ARAÚJO, Ricardo Benzaquen de. Guerra e paz. Casa-grande & senzala e a obra de Gilberto Freyre nos anos 30. 2ª. edição. São Paulo: Editora 34, 2005.

AZEVÊDO, Neroaldo Pontes. Modernismo e regionalismo. Os anos 20 em Pernambuco. João Pessoa: Secretaria de Educação e Cultura da Paraíba, 1984.

BARNES, Harry Elmer. “Recent historical tendencies”. In: History and social intelligence. New York: The Revisionist Press, 1972a.

BARNES, Harry Elmer. “The newest history”. In: History and social intelligence. New York: The Revisionist Press, 1972b.

BARNES, Harry Elmer. “The race myth”. In: History and social intelligence. New York: The Revisionist Press, 1972c.

BASTOS, Elide Rugai. “A sociologia nos anos 30. Uma revisão crítica da articulação: raça e cultura”. In: D’INCAO, Maria Angela (org.). História e ideal. Ensaios sobre Caio Prado Júnior. São Paulo: Unesp; Brasiliense, 1989.

BLANCKAERT, Claude. “1800 – Le moment ‘naturaliste’ des sciences de l’homme”. In: Revue d’Histoire des Sciences Humaines, n°. 3, 2000.

BLANCKAERT, Claude. La nature de la société. Organicisme et sciences sociales au XIXe siècle. Paris: L’Harmattan, 2004.

BOMFIM, Manoel. O Brazil na America. Caracterização da formação brazileira. Rio de Janeiro: Livraria Francisco Alves, 1929.

BRAUDEL, Fernand. “À travers un continent d’histoire. Le Brésil et l’ouvre de Gilberto Freyre”. In : FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Edição crítica coordenada por Guillermo Giucci, Enrique Rodríguez Larreta e Edson Nery da Fonseca. Paris: ALLCA XX, 2002.

BURKE, Peter. “Gilberto Freyre e a nova história”. In: Tempo Social. São Paulo, v. 9, nº 2, 1997.

CANDIDO, Antonio. “A revolução de 1930 e a cultura”. In: A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1989.

CANDIDO, Antonio. “Literatura e cultura de 1900 a 1945”. In: Literatura e sociedade. São Paulo: T. A. Queiroz, 2000.

CASTELLO, José Aderaldo. José Lins do Rêgo: modernismo e regionalismo. São Paulo: Edart, 1961.

CERTEAU, Michel de. “L’histoire, science et fiction”. In: Histoire et Psychanalyse entre science et fiction. Paris: Gallimard, 2002.

CEZAR, Temístocles. “A retórica da nacionalidade de Varnhagen e o mundo antigo: o caso da origem dos tupis”. In: GUIMARÃES, Manoel Luiz Salgado. Estudos sobre a escrita da história. Rio de Janeiro: 7Letras, 2006.

CORRÊA, Roberto Alvim. “Gilberto Freyre ensaísta”. In: GILBERTO FREYRE: sua ciência, sua filosofia, sua arte. Ensaios sôbre o autor de Casagrande & senzala e sua influência na moderna cultura do Brasil, comemorativos do 25º aniversário da publicação dêsse seu livro. Rio de Janeiro: José Olympio, 1962.

MARTIUS, Carlos Frederico Ph. de. “Como se deveescrever a historia do Brasil. Dissertação offerecida ao Instituto Historico e Geographico do Brasil, pelo Dr. Carlos Frederico Ph. de Martius. Acompanhada de uma Bibliotheca Brasileira, ou lista das obras pertencentes á Historia do Brasil”. In: RIHGB, tomo 6, 1866.

MEUCCI, Simone. Gilberto Freyre e a sociologia no Brasil: da sistematização à constituição do campo científico. Tese de doutorado em Sociologia. Campinas: Unicamp, 2006.

MOISÉS, Massaud. “Ensaio”. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 1974.

MORAES, Eduardo Jardim de. “Modernismo revisitado”. Estudos Históricos, vol. 1, n. 2, 1988.

NICOLAZZI, Fernando. Um estilo de história: a viagem, a memória, o ensaio. Sobre Casagrande & senzala e a representação do passado. Tese em história. Porto Alegre: UFRGS, 2008.

NICOLAZZI, Fernando. “À sombra de um mestre. Gilberto Freyre leitor de Euclides da Cunha”. In: História (UNESP), v.29, 2010.

NICOLAZZI, Fernando. “Representação e distância: naturalismo, linguagem e alteridade na escrita de Os sertões”. In: NICOLAZZI, Fernando; PEREIRA, Mateus Henrique de Faria; SILVA, Ana Rosa Cloclet. Estudos de história da historiografia brasileira. São Paulo: Hucitec; Fapemig (no prelo).

NOVICK, Peter. That noble dream. The “objectivity question” and the American historical profession. Cambridge University Press, 1998.

PALLARES-BURKE, Maria Lúcia Garcia. “O caminho para a casa-grande: Gilberto Freyre e suas leituras inglesas”. In: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. Edição crítica coordenada por Guillermo Giucci, Enrique Rodríguez Larreta e Edson Nery da Fonseca. Paris: ALLCA XX, 2002.

_____. Gilberto Freyre. Um vitoriano nos trópicos. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

RIBEIRO, Darcy. “Gilberto Freyre. Uma introdução a Casa-grande & senzala”. In: FREYRE, Gilberto. Casa-grande & senzala. 39ª. edição. Rio de Janeiro: Record, 2000.

ROCHA, João Cezar de Castro. “Notas para uma futura pesquisa: Gilberto Freyre e a Escola Paulista”. In: FALCÃO, Joaquim; ARAÚJO, Rosa Maria Barboza (orgs.). O imperador das idéias. Gilberto Freyre em questão. Rio de Janeiro: Topbooks, 2001.

ROCHA, João Cezar de Castro. “Uma curiosa hermenêutica”. In: O exílio do homem cordial. Rio de Janeiro: Museu da República, 2004.

RODRIGUES, Francisco José. “Casa-grande & senzala: ensaio e estilo”. Ciência & Trópico, vol. 2, n. 2, jul/dez., p. 233-247, 1974.

RODRIGUES, José Honório. Teoria da história do Brasil (Introdução metodológica). 3ª. edição. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.

SEVCENKO, Nicolau. “Transformações da linguagem e advento da cultura modernista no Brasil”. In: Estudos Históricos, vol. 6, n. 11, 1993.

SKIDMORE, Thomas. “Raízes de Gilberto Freyre”. In: KOSMINSKY, Ethel et alli (orgs.). Gilberto Freyre em quatro tempos. Bauru: EDUSC, 2003.

STAROBINSKI, Jean. “Peut-on définir l’essai?”. In: Pour un temps/Jean Starobinski. Paris: Centre Georges Pompidou, 1985.

TUNA, Gustavo Henrique. Viagens e viajantes em Gilberto Freyre. Dissertação de mestrado em história. Campinas: Unicamp, 2003.

VENTURA, Roberto. “Sexo na senzala: Casa-grande & senzala entre o ensaio e a autobiografia”. Literatura e sociedade, n. 6, p. 212-223, 2001/2.

VERÍSSIMO, José. “O modernismo”. In: Revista do Brasil, anno I, vol. I, 1916.

VIANNA, F. J. Oliveira. Populações merdionaes do Brazil (historia – organisação – psycologia). Primeiro volume. Populações ruraes do centro-sul (paulistas – fluminenses – mineiros). São Paulo: Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1920.

VICENTE, Silvana Moreli. “Entre o inferno e o paraíso: o ensaio de Gilberto Freyre”. Estudos Linguísticos, XXXIV, p. 680-685, 2005.

WEBER, Max. “L’objectivité de la connaissance dans les sciences et la politique sociales”. In: Essais sur la théorie de la science. Paris: Plon, 1965.

ZACH, Nathan. “Imagism and vorticism”. In: BRADBURY, Malcolm; McFARLANE, James. Modernism. 1890-1930. New York: Penguin Books, 1976.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.