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Da alegria como commodity
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Palavras-chave

Teoria Literária. Crítica literária. Tecnologia das Letras.

Como Citar

SANTOS, Jair Ferreira dos. Da alegria como commodity. Remate de Males, Campinas, SP, v. 29, n. 1, p. 89–102, 2010. DOI: 10.20396/remate.v29i1.8636290. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636290. Acesso em: 8 maio. 2024.

Resumo

Nas sociedades avançadas contemporâneas, a economia entrou na fase do hiperconsumo. Um sistema de comunicação e marketing onipresente e ativo em tempo integral trabalha para manter a demanda em níveis ótimos. Para isso, é preciso impregnar o social de alegria, sentimento básico na disposição para a compra. Na filosofia de Spinoza, a alegria, juntamente com a tristeza e o desejo, está na origem das paixões que compõem a alma humana. Instrumentalizada pelo mercado, a alegria perde seu caráter essencial de fundamento e incondicionalidade para se tornar uma commodity difundida por meios massivos, convertida em regulador da tonalidade humoral das populações.

https://doi.org/10.20396/remate.v29i1.8636290
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