Banner Portal
Beleza vivisseccionada e conhecimento detetivesco: sobre os primeiros escritos de Marshall Mcluhan
PDF

Palavras-chave

Teoria Literária. Crítica literária. Tecnologia das Letras.

Como Citar

KADOBAYASHI, Takeshi. Beleza vivisseccionada e conhecimento detetivesco: sobre os primeiros escritos de Marshall Mcluhan. Remate de Males, Campinas, SP, v. 29, n. 1, p. 109–123, 2010. DOI: 10.20396/remate.v29i1.8636292. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8636292. Acesso em: 7 jul. 2024.

Resumo

De 1940 a 1950, Marshall McLuhan publicou muitos artigos e resenhas sobre o modernismo em revistas de crítica literária, como a Sewanee Review. Já se observou muitas vezes que os métodos da Nova Crítica, que McLuhan adotava nestes escritos, possuíram grande influência nos seus estudos de mídia nos anos 60. Ou seja, a atitude da Nova Crítica, que delimita o objeto da crítica ao próprio texto e rejeita a reflexão sobre a imagem do autor por detrás dela na interpretação das obras literárias, e a consequente leitura formalista das obras literárias, são vistas como aquilo que tornou possivel sua teoria das mídias, que as concebe por sua forma individual ("o meio é a mensagem"), mesmo elas tendo tido inúmeros autores anônimos. No entanto, as influências do modernismo literário não se limitam a esse ponto. A tese de McLuhan de que uma mídia expande nossos corpos e transforma a "ratio sensorial" pode ser compreendida como uma apreensão fundamentalmente estética; podemos detectar as influências da estética do modernismo literário por detrás dela. Neste texto, interpreto os primeiros escritos de McLuhan a partir desta perspectiva e retraço a elaboração de seus pensamentos sobre a mídia, que caracterizo por meio dos tropos de "vivisecção" e "detetive".

https://doi.org/10.20396/remate.v29i1.8636292
PDF

Referências

ELIOT, T. S. “The Metaphysical Poets”. In: Selected Essays 1917-1932. Nova York: Houghton Mifflin Harcourt, 1932, p.241-250.

ELIOT, T. S. “Ulysses, Order, and the Myth”. In: Selected Prose of T. S. Eliot, ed. Frank Kermode. Londres: Faber, 1975, p.175-178.

FEKETE, John. The Critical Twilight: Explorations in the Ideology of Anglo-American Literary Theory from Eliot to McLuhan. Londres: Routledge, 1978.

HUMPHREY , Robert. Stream of Consciousness in the Modern Novel. Berkeley: University of California Press, 1954.

JAMES, William. The Principles of Psychology (1890). Chicago: Encyclopaedia Britannica, 1952, p.224-225.

JOYCE, James. Stephen Hero. Nova York: New Directions, 1944.

McLUHAN, Herbert Marshall. “Joyce, Mallarmé, and the Press”, Sewanee Review 62 (1943): 39 (Reimpresso em: McLuhan, Interior Landscape).

McLUHAN, Herbert Marshall. “Edgar Poe’s Tradition,” Sewanee Review 52 (1944).

McLUHAN, Herbert Marshall. “Footprints in the Sands of Crime”. In: Sewanee Review 54 (1946).

McLUHAN, Herbert Marshall. “Joyce, Aquinas, and the Poetic Process”. In: Renascence 4 (1951).

McLUHAN, Herbert Marshall. “Sight, Sound and the Fury: The New Media of Mass-communications are Having a Revolutionary Effect on Society and Culture”. In: Commonweal 60 (1954), p.7–11.

McLUHAN, Herbert Marshall. “Myth and Mass Media”. In: Daedalus 88 (1959).

McLUHAN, Herbert Marshall. The Gutenberg Galaxy: The Making of Typographic Man. Toronto: University of Toronto Press, 1962.

McLUHAN, Herbert Marshall. The Interior Landscape: The Literary Criticism of Marshall McLuhan 1943-1962, ed. Eugene McNamara. Nova York: McGraw-Hill, 1969.

STEINBERG, Erwin R. The Stream of Consciousness and Beyond in Ulysses. Pittsburgh: University of Pittsburgh Press, 1973.

WILLMOTT, Glenn. McLuhan, or Modernism in Reverse. Toronto: University of Toronto Press, 1996.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.