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Discussão sobre a cultura e a política econômica dos Estados Unidos em Condenada, de Chuck Palahniuk
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Palavras-chave

Palahniuk. Política econômica dos Estados Unidos. Damned.

Como Citar

PRADO, Thiago Martins. Discussão sobre a cultura e a política econômica dos Estados Unidos em Condenada, de Chuck Palahniuk. Remate de Males, Campinas, SP, v. 36, n. 2, p. 503–521, 2016. DOI: 10.20396/remate.v36i2.8647912. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8647912. Acesso em: 24 abr. 2024.

Resumo

Este estudo analisa a construção alegórica do inferno na obra Condenada, de Chuck Palahniuk, com o objetivo de apontar a vertente corrosiva do escritor ao descrever a política, a cultura e a economia estadunidenses contemporâneas. Centrando-se no olhar da personagem Madison, uma menina de 13 anos de idade recém-chegada ao inferno, a investigação coloca em relevância as críticas palahniukianas ao padrão estético-corpóreo, à cultura midiática da inação, ao regime semiescravo sustentado por multinacionais, à retroalimentação da política de débito econômico-social disfarçada em alargamento de crédito para as minorias e ao preenchimento de parâmetros de justiça por meio da ordem do consumo. Para tanto, serão articulados a esta comunicação alguns pesquisadores que comentam a condução hegemônica do mundo corporativo no agenciamento de valores contemporâneos, como Zygmunt Bauman e Joel Bakan, alguns polemistas que divulgam o agigantamento do débito socioeconômico das nações pelo sistema do mercado bancário de reserva fracionada, como William T. Still e Peter Joseph, e alguns ideólogos que sustentam a radicalidade como instrumento necessário para o enfrentamento político, como Russel Jacoby e Hakim Bey. Ao avaliar como Madison retoma uma fala sobre a sua identidade e a função da imagem do inferno no mundo contemporâneo, verificar-se-á o paralelismo de como a personagem pode modificar seu condicionamento identitário no próprio inferno e de como o inferno pode ser interpretado como força internalizada que falsifica a vontade e que precisa ser denunciada e combatida.
https://doi.org/10.20396/remate.v36i2.8647912
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Referências

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