Banner Portal
Fernando Pessoa’s Diasporic Ulysses of Transmutation and Settled Argonaut of Sensations Alberto Caeiro
PDF

Palavras-chave

Fernando Pessoa. Identity. Ulisses. Alberto Caeiro. Heteronyms.

Como Citar

SOUSA, Lisandra. Fernando Pessoa’s Diasporic Ulysses of Transmutation and Settled Argonaut of Sensations Alberto Caeiro. Remate de Males, Campinas, SP, v. 36, n. 2, p. 523–540, 2016. DOI: 10.20396/remate.v36i2.8647917. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8647917. Acesso em: 20 abr. 2024.

Resumo

Ulisses, o fundador de Lisboa e criador da naçãoconforme estudos etimológicos (questionáveis), é um leitmotif da transmutabilidade na obra Mensagem de Fernando Pessoa. Enquanto no épico renascentista deCamões, Os Lusíadas, Ulisses é olíder da primeira “comunidade imaginada” (Anderson) que de Portugal se dispersapelo mundo, o Ulisses da modernidade de Pessoa é uma identidade de criatividadeque, sendo ‘mudo’ e ‘brilhante’, representa o despossessado, o sem-nome, e temuma identidade em trânsito. Neste estudo o Ulisses da criatividade de Pessoa e omigrante Alberto Caeiro, seu heterónimo e mestre, são arquétipos dasidentidades diaspóricas e enraízadas do modernista. Como tal, o Ulisses dePessoa e o migrante Caeiro são identidades transnacionais e traducionais cujosdeslocamentos consistem numa “escrita-dupla” (Bhabha) de cultura em portuguêspois, para Pessoa, a poesia moderna é um espaço de interações revelador daambiguidade dos muitos nacionais sem-voz cujas contribuições para a nação nuncachegam a ser reconhecidas; elas estão, no entanto, inscritas no diálogotransversal de Ulisses e Caeiro.
https://doi.org/10.20396/remate.v36i2.8647917
PDF

Referências

ANDERSON, Benedict. Imagined Communities. London: Verso, 1991.

BHABHA, Homi. The Location of Culture. London: Routledge, 1994.

BOITANI, Piero. The Shadows of Ulysses: Figures of a Myth. Oxford: Oxford UP, 1994.

CAEIRO, Alberto. Poesia de Alberto Caeiro. Eds. Fernando Cabral Martins and Richard Zenith. 3rd ed. Lisbon: Assírio & Alvim, 2009.

CAMÕES, Luís de Vaz. Os Lusíadas. 2nd ed. Lisbon: Biblioteca Ulisseia, n.d.

CENTENO, Yvette. Fernando Pessoa: o Amor, a Morte, a Iniciação. Lisbon: A Regra do Jogo, 1985a.

CENTENO, Yvette. Fernando Pessoa e a Filosofia Hermética. Lisbon: Editorial Presença, 1985b.

Encyclopaedia Judaica. Vol. 13. Jerusalem: Keter Publishing House, 1971.

JOYCE, James. Ulysses. Oxford, UK: Oxford UP, 1922.

“Lisbon”. Encyclopædia Britannica. Encyclopædia Britannica Online. Encyclopædia Britannica Inc., 2012. Web. 25 Sep. 2012.

LOPES, Teresa Rita. Ed. Pessoa Inédito. Lisbon: Livros Horizonte, 1993.

MARTINS, Fernando Cabral. Ed. Dicionário de Fernando Pessoa e do Modernismo Português. Lisbon: Editorial Caminho, 2008.

MATTOSO, José. A identidade Nacional. Lisbon: Gradiva, 2008.

PESSOA, Fernando. Textos de Crítica e de Intervenção de Fernando Pessoa. Lisbon: Ática, n.d.

PESSOA, Fernando. Mensagem. Ed. Fernando Cabral Martins. Lisbon: Assírio and Alvim, 2004.

QUADROS, António. Escritos Íntimos, Cartas e Páginas Autobiográficas, Fernando Pessoa. Lisbon: Publicações Europa-América, 1986.

QUADROS, António. Poesias de Álvaro de Campos. 2nd Ed. Sintra: Publicações Europa-América, 1985.

RENAN, Ernest. “What Is a Nation?”. Nation and Narration. Ed. Homi K. Bhabha. London: Routledge, 1990, pp. 8-22.

RICOEUR, Paul. “Narrative Time”. Critical Enquiry 7. 1 On Narrative (Autumn, 1980): pp 169-90.

SADLIER, Darlene. “Nationalism, Modernity, and the Formation of Fernando Pessoa’s Aesthetic”. Luso-Brazilian Review 34.2 (Winter 1997), pp. 109-22.

SANTIAGO, Silviano. “Destinations of a letter, predestinations of a country”. Interventions 2.3 (2000), pp. 330-42.

SERRÃO, Joel. Fernando Pessoa sobre Portugal. Lisbon: Ática, 1979a.

WHITE, L. Luis Vaz de Camões: The Lusiads. Oxford: Oxford University Press, 1997.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.