Resumo
Em 1969, João Cabral de Melo Neto tomou posse na Academia Brasileira de Letras com um discurso sobre a prosa de seu antecessor na cadeira 37, sob o título de “Elogio a Assis Chateaubriand”. A partir desse escrito, intenta-se descrever algo acerca da vida cultural e literária brasileiras, considerando os lugares sociais ocupados pelo autor enquanto diplomata e acadêmico, mediados pelas relações pessoais ou familiares de que ele privou. De igual modo, serão depreendidas informações daquele texto a fim de explorar relações entre vida social e forma literária, levando em conta suas eleições temáticas e estilísticas, bem como sua compreensão sobre o desenvolvimento literário, notadamente o modernismo brasileiro. Para tanto, serão acionadas outras modalidades textuais, que sirvam de aparato ou contraponto ao discurso de posse, quais sejam, cartas, prefácios ou opúsculos pouco conhecidos do poeta que possam ampliar o entendimento de sua obra, ilustrada pelo poema “Vicente Yañez Pinzón”.Referências
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CASTELLO, José. João Cabral de Melo Neto: o homem sem alma; diário de tudo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2006.
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MELO NETO, João Cabral de. Prefácio. In: Pernambuco: imagens do Nordeste. Rio de Janeiro: Salamandra Editorial, 1988, pp. 5-7.
MELO NETO, João Cabral de. Correspondência de Cabral com Bandeira e Drummond. Rio de Janeiro: Nova Fronteira/ Fundação Casa de Rui Barbosa, 2001.
MELO NETO, João Cabral de. Poesia completa e prosa. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
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