Banner Portal
Roland Barthes e o ensaio enquanto ficção da China
PDF

Palavras-chave

Roland Barthes. Ensaio. Ficção.

Como Citar

TADDEI BRANDINI, Laura. Roland Barthes e o ensaio enquanto ficção da China. Remate de Males, Campinas, SP, v. 37, n. 2, p. 745–761, 2018. DOI: 10.20396/remate.v37i2.8648701. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8648701. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo expor a evolução do ensaio dentro da obra de Roland Barthes, colocando em evidência suas relações com a ficção. A título de exemplo, analisaremos “E então, a China?”, ensaio de 1974, pouco conhecido na obra do escritor e que, à época, causou celeuma, em razão do momento extremamente politizado em que foi publicado. Procuraremos mostrar como o texto foi lido segundo os parâmetros próprios a um ensaio científico, argumentativo, sem, contudo, atender a eles, o que resultou em ataques ao escritor. Enfatizaremos a proposta estética do ensaio, que só adquire seu sentido pleno se for lido como dramatização de uma vivência, escrita literária, ou, no termo de Barthes, uma escritura.
https://doi.org/10.20396/remate.v37i2.8648701
PDF

Referências

BARTHES, Roland. A morte do autor. In: O rumor da língua. Trad. Mario Laranjeira. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988a, pp. 65-70.

BARTHES, Roland. Durante muito tempo, fui dormir cedo. In: O rumor da língua. Trad. Mario Laranjeira. São Paulo: Editora Brasiliense, 1988b, pp. 283-294.

BARTHES, Roland. S/Z. Trad. Léa Novaes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1992.

BARTHES, Roland. O grau zero da escrita seguido de Novos ensaios críticos. Trad. Mario Laranjeira. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

BARTHES, Roland. Critique et vérité. In: Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 2. Paris: Seuil, 2002a, pp. 759-801.

BARTHES, Roland. De l’oeuvre au texte. In: Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 3. Paris: Seuil, 2002b, pp. 908-916.

BARTHES, Roland. Écrivains et écrivants. In: Essais critiques. Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 2. Paris: Seuil, 2002c, pp. 403-410.

BARTHES, Roland. Il n’existe aucun discours qui ne soit une fiction. In: Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 4. Paris: Seuil, 2002d, pp. 937-939.

BARTHES, Roland. Leçon. In: Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 5. Paris: Seuil, 2002e, pp. 429-446.

BARTHES, Roland. Qu’est-ce que la critique? In: Essais critiques. Oeuvres complètes. Edição de Éric Marty. V. 2. Paris: Seuil, 2002f, pp. 502-507.

BARTHES, Roland. E então, a China? In: Inéditos. V. 4 (Política). Organização de Leyla Perrone-Moisés. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2004, pp. 182-190.

BARTHES, Roland. O império dos signos. Trad. Leyla Perrone-Moisés. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2007.

BARTHES, Roland. Cadernos da viagem à China. Trad. Ivone Castilho Benedetti. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2012.

KRISTEVA, Julia. Des chinoises. Paris: Éditions des Femmes, 1974.

LEYS, Simon. Les habits neufs du président Mao. Paris: Éditions Champ Libre, 1971.

MACCIOCCHI, Maria-Antonietta. De la Chine. Paris: Seuil, 1971.

MACÉ, Marielle. Le temps de l’essai. Histoire d’un genre en France au XXe siècle. Paris: Belin, 2006.

PERRONE-MOISÉS, Leyla. Texto, crítica, escritura. São Paulo: Martins Fontes, 2005[1975].

TEL QUEL, En Chine, Paris, n. 59, outono de 1974.

WHAL, François. La Chine sans utopie. I. Pi Lin Pi Kong. Le Monde, 15 de junho de 1974ª pp. 1 e 7.

WHAL, François. La Chine sans utopie. II. Tien An Men ou de l’explication avec le modele soviétique. Le Monde, 17 de junho de 1974b, p. 4.

WHAL, François. La Chine sans utopie. III. Staline, ou l’ennemi principal, c’est Le révisionnisme. Le Monde, 18 de junho de 1974c, p. 6.

WHAL, François. La Chine sans utopie. IV. Révolution culturelle ou occidentalisation? Le Monde, 19 de junho de 1974d, p. 8.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.