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O ensaio em diálogo. Da terra firme ao arquipélago relacional
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Keywords

Ensaio. Cultura. América Latina.

How to Cite

WEINBERG, Liliana. O ensaio em diálogo. Da terra firme ao arquipélago relacional. Remate de Males, Campinas, SP, v. 37, n. 2, p. 523–546, 2018. DOI: 10.20396/remate.v37i2.8650821. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8650821. Acesso em: 17 jul. 2024.

Abstract

Em novembro de 2013, Liliana Weinberg ministrou esta conferência na Universidade Católica de Lovaina (Bélgica), em um simpósio dedicado ao ensaio hispânico. Especialista de reconhecida trajetória nos estudos sobre a ensaística latino-americana, Weimberg apresenta aqui os lineamentos de uma perspectiva crítica que, sensível à densidade e complexidade do ensaio, leve em conta tanto a singularidade de sua configuração textual, quanto sua inscrição em um horizonte social discursivo. Essa inscrição, explica a autora, deve ser entendida não apenas como condições de produção do texto, mas também como forma de intervenção em uma comunidade imaginada para cuja constituição o próprio ensaio trabalha ao se assumir como um exercício de responsabilidade, de resposta e de representatividade da palavra. Para colocar em evidência essa dimensão dialógica do gênero, Weinberg retorna a dois momentos-chave da ensaística latino-americana propostos em estudos anteriores. No primeiro deles, denominado “o ensaio em terra firme”, analisa o processo de normalização do gênero nas primeiras décadas do século XX, o qual se sustentou na estreita aliança que a intelectualidade estabeleceu entre literatura, linguagem e cultura letrada. No segundo momento, denominado “o gênero sem margens”, a autora sinaliza as novas configurações do ensaio que, nos dias de hoje, comportam outras soluções simbólicas ante a crise de uma noção totalizadora da cultura da América Latina, a desestabilização de uma ideia moderna de literatura, o questionamento da função do intelectual no espaço público e, ainda, a interferência dos novos suportes tecnológicos na circulação da palavra.

https://doi.org/10.20396/remate.v37i2.8650821
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