Banner Portal
Reimaginar a vida, reimaginar a forma
PDF

Palavras-chave

Inespecificidade
Estética da iminência
Ben Lerner

Como Citar

AZEVEDO, Luciene. Reimaginar a vida, reimaginar a forma . Remate de Males, Campinas, SP, v. 39, n. 2, p. 726–740, 2019. DOI: 10.20396/remate.v39i2.8655722. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8655722. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Na tentativa de contornar os diagnósticos apocalípticos que preveem o fim do literário, o presente ensaio quer investir em outra tendência, considerando o inespecífico (GARRAMUÑO, 2014) presente em obras contemporâneas menos como uma dissolução da forma do que como um rearranjo das estratégias de composição narrativa, o que garantiria a vitalidade do romance no século XXI. Assim, o ensaio parte da noção de “estética da iminência” apresentada por Canclini (2012) para discutir o romance Estação Atocha de Ben Lerner, romance que oferece ao leitor o processo de sua composição e a obra em arcabouço como um “laboratório de experimentação intelectual”. A análise busca avançar na compreensão das formas romanescas do presente, em especial aquelas que se inscrevem no hibridismo formal, colocando-se na fronteira do ensaio e do que entendo como “estética da anotação”.

https://doi.org/10.20396/remate.v39i2.8655722
PDF

Referências

AIRA, Cesar. Sobre El arte contemporâneo. Buenos Aires: Random House, 2016.

BÜRGER, Peter. Teoria da vanguarda. São Paulo: Cosac Naify, 2008.

CANCLINI, Néstor García. A sociedade sem relato. Antropologia e Estética da Iminência. Trad. Maria Paula Gurgel Ribeiro. São Paulo: Edusp, 2012.

COETZEE, J. M. Diário de um ano ruim. Trad. José Rubens Siqueira. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

CUENCA, João Paulo. Bienal de Berlim funde arte com produto e confunde público e crítica. Folha de São Paulo, Ilustrada, 14 jun. 2016. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2016/09/1813019-bienal-de-berlim-funde-arte-com-produto-e-divide-publico-e-critica.shtml. Acesso em: 9 jun. 2019.

HANNA, Christophe. Nos dispositifs poétiques. Questions Théoriques.[S.l.: s.n.,] 2010. (Collection Forbidden Beach)

HETI, Sheila. I Hadn’t Even Seen the Alhambra. London Review of Books, v. 34, n. 16, 30 ago. 2012. Disponível em: https://www.lrb.co.uk/v34/n16/sheila-heti/i-hadnt-even-seen-the-alhambra. Acesso em: 9 ago. 2017.

KNAUSGAARD, Karl Ove. Minha luta. A morte do pai. Vol. 1. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.

LADDAGA, Reinaldo. Estética da emergência: a formação de outra cultura das artes. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

LADDAGA, Reinaldo. Estética de laboratório. Trad. Magda Lopes. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2013.

LERNER, Ben. Estação Atocha. Rio de Janeiro: Rádio Londres, 2015.

LEVRERO, Mario. La novela luminosa. Barcelona: Debolsillo, 2009.

LUDMER, Josefina. Literatura pós-autônoma. Sopro. Panfleto Político-cultural, Desterro, jan. 2010[2003]. Disponível em: http://www.culturaebarbarie.org/sopro/n20.pdf. Acesso em: 9 ago. 2017.

MAMMI, Lorenzo. O que resta: arte e crítica de arte. 1. ed. São Paulo. Cia. das Letras, 2012.

MEGÉVAND, Martin. Coralidade. Urdimento. Revista de Estudos em Artes Cênicas, v. 1, n. 20, 2013, pp. 37-39. Disponível em: <http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/article/view/4021>. Acesso em: 9 ago. 2017.

NANCY, Jean-Luc. A arte hoje. Revista Otra Parte, n. 28, Oto.-inv., 2013, pp. 65-72.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento – política e filosofia. Trad. Ângela Leite Lopes. São Paulo: Ed. 34, 1996.

SMITH, Karl. Time is a flat circle: Ben Lerner interviewed The Quietus, 8 fev. 2015. Disponível em: https://thequietus.com/articles/17190-ben-lerner-interview-1004-leaving-atocha-station-poetry-time-knausgaard. Acesso em: 9 jun. 2019.

SUSSEKIND, Flora. Objetos verbais não identificados. O Globo, Prosa e Verso, 2013. Disponível em: https://blogs.oglobo.globo.com/prosa/post/objetos-verbais-nao-identificados-um-ensaio-de-flora-sussekind-510390.html. Acesso em: 9 jun. 2019.

VILA-MATAS, E. Kassel não convida à lógica. São Paulo: Cosac Naify, 2015.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.