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Retrato falado:
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Palavras-chave

Cornélio Penna
A menina morta
fantasma.

Como Citar

SANTOS, Josalba Fabiana. Retrato falado:: as meninas mortas. Remate de Males, Campinas, SP, v. 39, n. 2, p. 952–996, 2019. DOI: 10.20396/remate.v39i2.8653976. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8653976. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

Este trabalho compara uma pintura (1850) a um romance (1954), ambos denominados A menina morta. O autor da primeira é desconhecido e seu título foi atribuído, já o romance foi escrito por Cornélio Penna, inspirado pelas histórias da própria família e por essa pintura, que retrata sua tia materna falecida na infância. Há uma espécie de interseção entre um e outro, pois, se o romance está marcado pelo retrato, aqueles de nós que sabemos disso não podemos ver/ler este sem aquele. Tais considerações são ainda mais relevantes porque o retrato está presente no romance. Como um fantasma, no sentido utilizado por Didi-Huberman em A pintura encarnada (2012), ele nos toca. E, como um fantasma, o retrato aparece, desaparece e reaparece. Ele se faz ver para se tornar invisível sem deixar de, pela sua ausência, manter-se presente. É justamente tal aspecto fantasmático que nos interessa abordar.

https://doi.org/10.20396/remate.v39i2.8653976
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Referências

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