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Vozes de papel, tinta, luz
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Palavras-chave

Poesia concreta brasileira
Poesia visual
Intermedialidade.

Como Citar

SILVA, Andréa Catrópa da. Vozes de papel, tinta, luz: reflexões sobre a materialidade das palavras na literatura. Remate de Males, Campinas, SP, v. 39, n. 1, p. 149–170, 2019. DOI: 10.20396/remate.v39i1.8653997. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8653997. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

A história da literatura costuma dar pouco destaque às produções textuais que erigem sua voz na fronteira entre as artes e as Letras. No entanto, desde fins do século XIX, a materialidade das palavras foi posta em relevo por Mallarmé e, posteriormente, expoentes da vanguarda europeia como Apollinaire, Zdanovitch e Marinetti. Essa ênfase no aspecto visual do texto foi recuperada, em solo nacional, pela poesia concreta. Ancorados na teorização de seus pressupostos, os poetas concretos foram alvo tanto de admiração quanto de rechaço por parte da crítica literária. Como estratégia de resistência a essa vocação polemista, seus próceres objetivaram suas ideias com a ajuda do conceito poundiano de paideuma, estabelecendo critérios para seu trabalho a partir da identificação de procedimentos criativos em um rol seleto de autores que os precederam. Devemos acatar essa linhagem autoestabelecida de uma poesia de invenção ou seria melhor inserí-los no legado de uma textualidade expandida, que caminhou em paralelo à história literária canônica e antecipou potencialidades intermidiáticas?

https://doi.org/10.20396/remate.v39i1.8653997
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Referências

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