Banner Portal
O museu é um espelho ustório
PDF

Palavras-chave

Formação identitária
Experiência de memória
Pesquisa acadêmica.

Como Citar

ANTELO, Raul. O museu é um espelho ustório. Remate de Males, Campinas, SP, v. 39, n. 1, p. 4–27, 2019. DOI: 10.20396/remate.v39i1.8654438. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/remate/article/view/8654438. Acesso em: 16 abr. 2024.

Resumo

“O museu é o espelho colossal onde o homem se contempla, finalmente, sob todos os ângulos, julga-se literalmente admirável e se abandona ao êxtase expresso em todas as revistas de arte”. De acordo com Georges Bataille (Documents, 1929), o espelho é uma metáfora do museu como um todo. Uma longa tradição intelectual no pensamento latino-americano (em especial no Chile, de Sarmiento a Lihn) manteve a divisão sujeito/objeto para analisar de que modo as construções materiais, culturais, sociais e políticas funcionam, de ambos os lados dessa relação, na medida em que ambas estão inscritas com histórias e identidades e podem até modificar-se recíprocamente no interior do espaço do museu.

https://doi.org/10.20396/remate.v39i1.8654438
PDF

Referências

ADORNO, Theodor W. Teoria estética. Trad. Artur Morão. Lisboa: Edições 70, 1993.

AIRA, César. Continuação de ideias diversas. Trad. J. Wolff. Rio de Janeiro: Papéis Selvagens, 2017.

AGAMBEN, Giorgio. Profanações. Trad. Selvino Assmann. São Paulo: Boitempo, 2007.

AS CRIANÇAS brincam de Rússia. Direção de Jean-Luc Godard. França, Vega Film, 1993. Filme (1h 00min). Título original: Les enfants jouent à la Russie.

BATAILLE, Georges. Musée. In: Oeuvres complètes I. Pref. Michel Foucault. Paris: Gallimard, 1970, pp. 239-240.

BAUDRILLARD, Jean. L’échange symbolique et la mort. Paris: Gallimard, 1976.

BAUDRILLARD, Jean. O efeito Beaubourg: implosão e dissuasão. In: Simulacros e simulação. Lisboa: Relógio D’água, 1991, pp. 81-101.

BENJAMIN, Walter. Passagens. (Org.). Rolf Tiedemann; Willi Bolle; Olgária Chaim Feres Matos. Trad. Irene Aron e Cleonice P. B. Mourão. Belo Horizonte/São Paulo: Ed. UFMG/Imprensa Oficial, 2009.

BLANCHOT, Maurice. Les deux versions de l’imaginaire. Cahiers de la Pléiade, n. 12, primavera-verão 1951, pp. 115-125.

BLANCHOT, Maurice. As duas versões do imaginário. In: O espaço literário. Trad. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 1987, pp. 255-265.

CAILLOIS, Roger. Images du labyrinthe. Ed. Stéphane Massonet. Paris: Gallimard, 2008.

CANDIDO, Antonio. Literatura e subdesenvolvimento. In: A educação pela noite e outros ensaios. São Paulo: Ática, 1987, pp. 140-162.

DELGADO, Josefina; MARTÍNEZ, Carlos. Cada cual tiene sus ilusiones. [Entrevista a Enrique Lihn]. Punto de Vista, ano 1, n. 4, nov. 1978, p. 11.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Atlas ¿Cómo llevar el mundo a cuestas? Madri: Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía, 2010.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Atlas ou a gaia ciência inquieta. Trad. Renata Correia Botelho e Rui Pires Cabral. Lisboa: KKYM+EAUM, 2013a.

DIDI-HUBERMAN, Georges. L’Album de l’Art à l’Epoque du “Musée imaginaire”. Paris: Hazan, 2013b.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Soulèvements poétiques (poésie, savoir, imagination). Po&sie, n. 143, 2013c, 1, pp. 153-157.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Soulèvements. Catalogue de l’exposition (2016- 2017) au Jeu de Paume, Concorde. Pref. Marta Gili. Colaborações de Nicole Brenez, Judith Butler, Georges Didi-Huberman, Marie-José Mondzain, Antonio Negri e Jacques Rancière. Paris: Jeu de Paume/Gallimard, 2016.

DUTHUIT, Georges. Malraux et son musée. Les lettrres nouvelles, nº.2, maio 1954, pp. 357-384.

DUTHUIT, Georges. Le musée inimaginable. Paris: Corti, 1956.

DUTHUIT, Georges. Representações da Morte. Trad. Maria José Werner Salles. Boletim de pesquisa NELIC, v. 9, n. 14, fev. 2009, pp. 224-232. [Publicado originalmente como: Représentations de la mort. Cahiers d´Art, 14ème année, n. 3, 1939, pp. 25-40.]

EINSTEIN, Carl. Rossignol. Documents, n. 2, 1929, pp.117-118.

ELUARD, Paul. Attestation. Littérature, n. 14, jun. 1920, p. 17.

ERUTARRETIL. Littérature. Nova série, n. 11-12, 15 out. 1923, pp. 24-25.

HERTZ, Robert. A preeminência da mão direita: um estudo sobre a polaridade religiosa. Religião e Sociedade, n. 6, 1980, pp. 99-128.

LIHN, Enrique. Marcuse y el surrealismo. Las notícias de la Última Hora, 7 jun. 1969, [s.p.].

LIHN, Enrique. Batman en Chile. Buenos Aires: Ediciones de la Flor, 1973.

LIHN, Enrique. La orquesta de cristal. Buenos Aires: Sudamericana, 1976.

LIHN, Enrique. Apostilla a de la chilena pintura historia. CAL, n. 4, 1979, [s.p.].

LÍSIAS, Ricardo. A vista particular. Rio de Janeiro: Alfaguara, 2016.

MAC ORLAN, Pierre. Aventure. Aventure, n. 1, nov. 1921, p. 1.

MAC ORLAN. Grandville le précurseur. Arts et Métiers Graphiques, n. 44, 15 dez. 1934, p. 24.

MENDES, Murilo. Poesia completa e prosa. Ed. Luciana Stegagno Pichio. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995.

NANCY, Jean-Luc. Las musas. Trad. Horacio Pons. Buenos Aires/Madrid: Amorrortu, 2008.

NIETZSCHE, Frederich. Sobre verdade e mentira. Ed. e trad. Fernando de Moraes Barros. São Paulo: Hedra, 2007.

SARMIENTO, Domingo Faustino. El museo de ambas Américas. In: Obras completas. Artículos críticos y literarios 1841-1842. Buenos Aires: Luz del Dia, 1948a, pp. 203-204.

SARMIENTO, Domingo Faustino. Scènes de la vie privée et publique des animaux. Études de moeurs contemporaines. In: Obras completas. Artículos críticos y literarios 1841- -1842. Buenos Aires: Luz del Dia, 1948b, pp. 236-240.

SOUPAULT, Philippe. Èpitaphes. Littérature, n. 14, jun. 1920, p. 8.

VALDÉS URRUTIA, Cecília. Gordon Matta-Clark: un Batman del arte y la sociedad. Mercurio. Artes y Letras, 6 mar. 2016. Disponível em: http://www.economiaynegocios.cl/noticias/noticias.asp?id=231758.

VITRAC, Roger. L’enlèvement des sabines. Documents, n. 6, 1930, p. 362.

Licença Creative Commons
O periódico Remate de Males utiliza a licença do Creative Commons (CC), preservando assim, a integridade dos artigos em ambiente de acesso aberto.

 

Downloads

Não há dados estatísticos.