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Reflexões sobre os 50 anos de Os inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade, no Bicentenário da Independência
Capa: Lygia Eluf (sem título, série Desenhos da Quarentena, técnica: nanquim/papel, 35x15cm, 2020) e Carlos Lamari.
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Palavras-chave

Os inconfidentes
Joaquim Pedro de Andrade
Cinema
História
Memória

Como Citar

OLIVEIRA SILVA, Meire. Reflexões sobre os 50 anos de Os inconfidentes (1972), de Joaquim Pedro de Andrade, no Bicentenário da Independência. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 30, n. 00, p. e022012, 2022. DOI: 10.20396/resgate.v30i00.8668729. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8668729. Acesso em: 25 abr. 2024.

Resumo

No Sesquicentenário da Independência do Brasil, Joaquim Pedro de Andrade estreia o filme Os inconfidentes (1972). A trama gira em torno da problemática colonial, no século XVIII. Desse modo, os anos 1970, conturbados social e politicamente, encontram-se com 1789 para questionar os reflexos de um país no qual o futuro parece continuamente atrelado a uma formação plena de fissuras e traumas. Entre referências literárias e históricas (SILVA, 2016), o enredo é desenvolvido com o Romanceiro da inconfidência (Cecilia Meireles), poemas árcades, os Autos de Devassa etc. Assim sendo, desmandos setecentistas são justapostos a violências ditatoriais (NAPOLITANO 2014) a partir de contrapontos dialógicos (BAKHTIN, 2011) que, no Bicentenário em 2022, de certa forma, aludem a memórias latentes da história do país.

https://doi.org/10.20396/resgate.v30i00.8668729
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