Banner Portal
A independência do Brasil através dos parlamentares portugueses
Capa: Lygia Eluf (sem título, série Desenhos da Quarentena, técnica: nanquim/papel, 35x15cm, 2020) e Carlos Lamari.
PDF

Palavras-chave

Cortes gerais
Liberalismo
Império português
Independência do Brasil

Como Citar

MOURÃO, Alda. A independência do Brasil através dos parlamentares portugueses: um difícil reconhecimento (1822 -1823). Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 30, n. 00, p. e022004, 2022. DOI: 10.20396/resgate.v30i1.8668860. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8668860. Acesso em: 17 jul. 2024.

Resumo

Quando o Brasil passou a ser o centro do império português, deslocado da Europa para a América, criaram-se condições para a mudança de regime: Portugal aderiu ao Liberalismo (1820). Os trabalhos parlamentares, iniciados em 1821 e  que se prolongaram até 1823, espelhavam os receios do regresso ao passado e tornavam visível a fragilidade ideológica das Cortes, onde as  discussões preparavam o regresso do absolutismo e aumentavam a vontade de separação aos brasileiros Após a declaração da indepndência do Brasil, as relações entre os dois territórios tiveram um fórum de discussão privilegiado nas Cortes. A análise da forma como os parlamentares discutiram o novo quadro político que passaria a reger as relações Portugal-Brasil é o tema deste texto.

https://doi.org/10.20396/resgate.v30i1.8668860
PDF

Referências

ALEXANDRE, Valentim. A desagregação do império: Portugal e o reconhecimento do Estado brasileiro (1824-1826). Análise Social, Lisboa, vol. xxviii (121), 309-341, 1993.

ARAUJO, Róni. Disputas políticas no Maranhão pós-independência: o postergar das distinções, rivalidades e efervescência dos partidos. In CAMPOS, A.; RIBEIRO, Geisa; SIQUEIRA, Karulliny MOTTA, Kátia (org.). Entre as províncias e a nação: os diversos significados da política no Brasil do Oitocentos. Vitória: Editora Milfontes, 2019, p.85-106.

BARATA, M. Independência e busca da unidade (1822-1823). Revista de História, São Paulo, v. 45, n. 92, p. 323-336, 1972.

BARROS, Néli P. Os deputados brasileiros nas primeiras constituintes e a Ilha da Madeira (1821 - 1823) : subsídios para a história das Constituintes de 1822 . Funchal : Centro de Estudos de História do Atlântico, 2003.

BERBEL, Márcia Regina. Os apelos nacionais nas cortes constituintes de Lisboa (1821/22). In: MALERBA, Jurandir. A Independência brasileira: novas dimensões. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 181-208.

CARDOSO, António M. A revolução liberal em Trás-os-Montes (1820-1834). O povo e as elites. 2004. Tese, Doutoramento em História Moderna e Contemporânea. ISCTE, Lisboa, 2004. https://repositorio.iscte-iul.pt/handle/10071/7115

CASTRO, Zília. O. A independência do Brasil na imprensa periódica portuguesa (1822-1823). Revista de História das Ideias, 15, 663-680, 1993.

CASTRO, Zília O. Portugal e Brasil. Lisboa : Assembleia da República. 2 vols. 1º v.: Debates Parlamentares : 1821-1836. 2002.

CATROGA, Fernando.O global e o específico na independência do Brasil. In FIOLHAIS, Carlos et alii (Orgs.). História Global de Portugal. Lisboa: Temas e Debates, 2020. 503-509.

CORDEIRO, Cecília Siqueira. António Carlos Ribeiro de Andrada Machado e Silva: um liberal a favor da união entre Portugal e Brasil (1821). In CAMPOS, Adriana P. Entre as províncias e a nação os diversos significados da política no Brasil do Oitocentos. Vitória: Milfontes, 2019. 13-33.

CORDEIRO, José M. Lopes. 1820: revolução liberal do Porto. Porto: Câmara M. Porto, 2020.

COSTA, Joana P. A primeira tentativa liberal em Portugal: o processo eleitoral vintista de 1822. Dissertação Mestrado em História Moderna, Faculdade de Letras, Universidade de Coimbra, 2019. https://eg.uc.pt/bitstream/10316/86743/1/JoanaCosta_versaofinal.pdf

COUTINHO, Clara Pereira. Metodologia de investigação em Ciências Sociais e Humanas: teoria e prática. Coimbra: Almedina, 2011.

DIÁRIO das Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza. Segunda Legislatura. 1822. Câmara dos Deputados da Nação Portuguza. Anos de 1822 e 1823. Disponivel https://debates.parlamento.pt/catalogo/mc/cd . Para confronto de texto, foi usado Diário do Governo Digital (1820-1910). Disponível https://digigov.cepese.pt/pt/homepage

DOCUMENTOS para a história das Cortes Geraes da Nação Portugueza, Tomo I, 1820-1825. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883.

DOMINGUES, José; MOREIRA, Vital. Livro das atas da Junta Constituinte de 1823-1824 em Portugal. História, São Paulo, v. 40, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-4369e2021021. Acesso em: 04 fev. 2022.

ESTEVES, Manuela. Análise de conteúdo. In: LIMA, Jorge Ávila (org.). Fazer investigação. Porto: Porto Editora, 2006. p.105-125.

FAUSTO, Boris. Hª Concisa do Brasil. S. Paulo: Edusp, 2ª ed., 2006.

FLORES, Giovannia. Os sentidos de nação e independência do Brasil e a imprensa portuguesa do século XIX (1820-1823). In SOUSA, J.P. (coord.). Imprensa e mudança: Portugal e Brasil no primeiro quartel de Oitocentos, Lisboa: ICNova, 2020, p.193-231.

HOLANDA, S. Buarque (dir.) História Geral da Civilização Brasileira, O Brasil Monárquico 1. São Paulo: DIFEL, 1985.

LISBOA 30 DE JUNHO. A Gazeta de Lisboa. Lisboa, p. 7, 1 jul. 1820. Disponível em: https://babel.hathitrust.org/cgi/ptid=njp.32101080468950&view=1up&seq=7. Acesso em: 10 fev. 2022.

LIVRO das atas da Junta Constituinte de 1823-1824 em Portugal Publicado por DOMINGUES, José; MOREIRA, Vital. História (São Paulo) [online]. 2021, v. 40 [Acessado 4 Fevereiro 2022] Disponível em: https://doi.org/10.1590/19804369e2021021. https://doi.org/10.1590/1980-4369e2021021.

MAIA, Fernanda S.; MONTEIRO, Isilda. "A Questão Brasileira” nas Cortes: Para Além do Debate Parlamentar ". In Atas IV Congresso Histórico de Guimarães – Do Absolutismo ao Liberalismo. Braga: Câmara Municipal de Guimarães. Vol. 3, 2009, 177-189.

MARQUES, A. H. Oliveira. História de Portugal. Vol. III. Lisboa: Palas, 1986.

MOREIRA, Vital; DOMINGUES, José. A semente portuense de um país constitucional. História. Jornal de Notícias . Porto, N.º 11, 35-45, 2017.

MOREIRA, Vital; DOMINGUES, José. No Bicentenário da Revolução Liberal. Da Revolução à Constituição, 1820-1822, vol. I, Porto: Porto Editora, 2020.

PALMELA, Marquês de. Primeira conferência. Lisboa, 7 jul. 1823.

PERES, Damião; CARVALHO, Joaquim. A contra-revolução. In PERES, Damião (Org.). História de Portugal. Vol.VII. Barcelos: Portucalense Ed, 1935. 118-126.

PINHEIRO, Susana D. Religião, sociedade e vintismo no jornal Astro da Lusitânia. In Lusitânia Sacra, Centro de Estudos de História Religiosa. Lisboa: Universidade Católica Portuguesa 2ª série, 16 , 345-358, 2004.

PORTUGAL. [Constituição (1822)] Constituição Política da Monarchia Portugueza de 1822. Lisboa: Imprensa Nacional, 1822. Título T. II, Capítulo Único.CAP. Da Nação Portugueza, e seu territorio, religião, governo, e dynastia.

PORTUGAL. Diário das Cortes Geraes e Extraordinarias da Nação Portugueza. Segunda Legislatura. 1822-1823. Lisboa: Câmara dos Deputados da Nação Portuguza [1822-1823]. Disponível em: https://debates.parlamento.pt/catalogo/mc/cd. Acesso em: 10 fev. 2022.

PORTUGAL. Para confronto de texto, foi usado Diário do Governo Digital (1820-1910). Disponível em: https://digigov.cepese.pt/pt/homepage. Acesso em: 22 jan. 2022.

PORTUGAL. Documentos para a história das Cortes Geraes da Nação Portugueza, 1820-1825. Lisboa: Imprensa Nacional, 1883. t. 1.

RIBEIRO, Gladys. A liberdade em construção. Identidade nacional e conflitos antilusitanos no primeiro Reinado. Rio Janeiro: Relume Dumará/Faperj, 2002.

RIBEIRO, J. Martins . Liberalismo e revolução liberal de 1820: novas interpretações. História. Revista da FLUP. Porto. Vol. 10, IV Série, nº 2, 2020.

SÁ, Victor. A subida ao poder da burguesia em Portugal: dificuldades e condicionalismos. Revista de História, Porto, v. 8, p. 273-280, 1988. Disponível em: https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/13090/2/6454000069790.pdf. Acesso em: 06 jan. 2022.

SERRÃO, Joel (dir.). Dicionário de História de Portugal. Lisboa: Iniciativas Editoriais, 4 vols., 1963-1971.

SOUSA, Jorge P. A imprensa portuguesa sob o signo da mudança: a Gazeta de Lisboa antes e depois da Revolução liberal de 24 de Agosto de 1820. In SOUSA, J.P. (coord.) Imprensa e mudança: Portugal e Brasil no primeiro quartel de Oitocentos, Lisboa: ICNova, 2020, p.139-191.

VARGUES, Isabel. A aprendizagem da cidadania em Portugal (1820-1823). Coimbra: Minerva, 1997.

VARGUES, Isabel; TORGAl, Luís (1993). Da revolução à contra-revolução: vintismo, cartismo, absolutismo. O exílio político. In MATTOSO, JOSÉ (dir.). História de Portugal., TORGAL, Luís; LOURENÇO, João (coord.), O Liberalismo, 1890. Lisboa: C. Leitores, 65-87.

Creative Commons License

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.

Copyright (c) 2022 Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura

Downloads

Não há dados estatísticos.