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O que não foi contado após a independência do Brasil
Capa: Lygia Eluf (sem título, série Desenhos da Quarentena, técnica: nanquim/papel, 35x15cm, 2020) e Carlos Lamari.
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Palavras-chave

Censos
registros paroquiais
análise demográfica
Brasil Império

Como Citar

TEIXEIRA, Paulo Eduardo; FALEIROS CUNHA, Maísa. O que não foi contado após a independência do Brasil: Dinâmicas demográficas na Província de São Paulo e o crescimento da população de Campinas e Franca, 1822 – 1889. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 30, n. 00, p. e022005, 2022. DOI: 10.20396/resgate.v30i00.8669025. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8669025. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este artigo é fruto de pesquisa concluída que apontou as possíveis imbricações entre o crescimento populacional e a dinâmica demográfica (natalidade, mortalidade, migração e nupcialidade) verificados em dois municípios da Província de São Paulo, sobretudo após a independência do Brasil em 1822. À luz de processos socioeconômicos mais amplos, à localização geográfica, à disponibilidade de terras e de recursos naturais, analisamos as populações de pessoas livres e escravizadas em Campinas e Franca. As fontes utilizadas foram os registros paroquiais (batismo, óbito e casamento) e censos produzidos em São Paulo. Da análise resultante podemos destacar o papel dos fluxos migratórios no efetivo povoamento e as elevadas taxas de crescimento natural da população no período considerado.

https://doi.org/10.20396/resgate.v30i00.8669025
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