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Civismo e questão nacional em debate no monumento à Revolución de Mayo (Buenos Aires, Argentina)
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Palavras-chave

Pedagogia cívica
Monumentos
Espaço urbano
Identidade nacional.

Como Citar

ALVES, Ana Carolina Oliveira. Civismo e questão nacional em debate no monumento à Revolución de Mayo (Buenos Aires, Argentina). Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 27, n. 1, p. 73–98, 2019. DOI: 10.20396/resgate.v27i1.8654906. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8654906. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

Desde que se tornou capital da Argentina, a cidade de Buenos Aires foi alvo de ações que transformaram seu espaço urbano buscando expressar a nação. A Plaza de Mayo foi envolvida nesse processo de articulação entre narrativas nacionalistas e estratégias de base simbólica, do final do século XIX até início do XX, quando se aproximava o centenário da independência. Na primeira década da virada, foi lançado um concurso para o monumento à Revolución de Mayo a ser colocado na praça, substituindo o anterior monumento pátrio. Do concurso emergiram propostas de intervenção no espaço da Plaza – evidenciando concepções sobre a nação, seus principais “heróis” ou protagonistas e uma leitura da História argentina bastante específica, que buscava consolidar na memória coletiva os eventos relacionados à Revolución. Atentaremos aqui às análises feitas na Revista Técnica sobre os projetos, para tangenciar embates em torno da cidade e da compreensão de monumentos como forma de pedagogia cívica.

https://doi.org/10.20396/resgate.v27i1.8654906
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