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A prestação de contas com a morte: um olhar sobre os testamentos e inventários post-mortem (nordeste paulista, séculos XVIII e XIX)
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Palavras-chave

História regional. Preço da morte. Inventários. Testamentos.

Como Citar

OLIVEIRA, Lelio Luiz de. A prestação de contas com a morte: um olhar sobre os testamentos e inventários post-mortem (nordeste paulista, séculos XVIII e XIX). Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 25, n. 2, p. 105–122, 2017. DOI: 10.20396/resgate.v25i2.8649575. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8649575. Acesso em: 26 abr. 2024.

Resumo

Este artigo é resultado de um estudo sobre os comportamentos e estratégias dos indivíduos frente à morte, relatadas em testamentos e inventários post-mortem, bem como sobre os bens e valores deixados para custear os rituais, funerais e instituições religiosas, com a intenção de preservar a alma. A pesquisa comprova a permanência das atitudes humanas influenciadas pelos ditames religiosos relacionados à morte, e as tentativas de demonstração de piedade para com as pessoas próximas durante a vida, mesmo diante do processo de laicização da sociedade. Para a análise foram selecionados documentos que representam comportamentos semelhantes entre os moradores do Sertão do Rio Pardo, nordeste paulista, entre os anos de 1786 a 1858, período de efetiva ocupação populacional e dinamização das atividades econômicas do território voltadas para o abastecimento interno.

https://doi.org/10.20396/resgate.v25i2.8649575
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