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A presença de escravos carmelitas na Fazenda Capão Alto, no Paraná: questões historiográficas
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Palavras-chave

Escravidão. Escravos carmelitas. Fazenda Capão Alto (PR). Fazendas Históricas. Comunidades de Remanescentes de Quilombos.

Como Citar

GOMES, Joselia Maria Loyola de Oliveira. A presença de escravos carmelitas na Fazenda Capão Alto, no Paraná: questões historiográficas. Resgate: Revista Interdisciplinar de Cultura, Campinas, SP, v. 26, n. 1, p. 173–190, 2018. DOI: 10.20396/resgate.v26i1.8649585. Disponível em: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/resgate/article/view/8649585. Acesso em: 19 abr. 2024.

Resumo

O artigo tem como objetivo coligir questões da historiografia regional relacionadas aos escravos carmelitas da Fazenda Capão Alto (PR), apontar ações cooperativas entre os escravos carmelitas de Castro (PR), contextualizar o arrendamento e a posterior venda dos cativos para o interior de São Paulo e indicar as comunidades de remanescentes de quilombos (CRQs) na região de Castro (PR). O referencial direcionou-se para artigos, dissertações, teses e livros que se valeram de documentos compostos por listas nominativas de habitantes, registros de batismos e casamentos, processos judiciais e cartoriais, jornais e correspondências oficiais. Os escravos carmelitas administraram a Fazenda Capão Alto entre 1770 e 1867. O arrendamento dos escravos, em 1864, causou revolta e resistência. A saída definitiva dos cativos para o interior de São Paulo foi dividida em dois grupos, provavelmente em 1867. No primeiro grupo, 50 escravos foram levados para trabalhar na construção da ferrovia que ligava a cidade de Jundiaí a Campinas. No segundo grupo, foram comercializados 186 escravos da Fazenda Capão Alto ao comendador Francisco Teixeira Vilela, de Campinas (SP). Das comunidades de remanescentes de quilombos (CRQs), na região de Castro (PR), três apresentam descendência de escravos fugidos da Fazenda Capão Alto.

https://doi.org/10.20396/resgate.v26i1.8649585
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